Castelo de Paiva-Alvarenga: Em BTT à vista do Rio Paiva Miradouro sobre o "Rapido dos três saltinhos" - Rio Paiva Ondas da Serra

Castelo de Paiva-Alvarenga: Em BTT à vista do Rio Paiva

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Para os amantes das bicicletas há um percurso que aconselhamos a fazer entre Castelo de Paiva e Alvarenga, pela estrada nacional 225. Este trajeto é muito calmo, tranquilo e dotado duma serena natureza. Por estas terras existe um equilíbrio entre a natureza e humanização da paisagem. É um percurso difícil, com subidas acentuadas pela serra, com o abismo e passadiços do Rio Paiva à vista. Há muito tempo que procurávamos e encontramos finalmente uma zona sem manchas florestais queimadas. Não foi fácil esta demanda e releva o que se tem passado nos últimos anos em Portugal.

Percurso de bicicleta pela EN 225 entre Castelo de Paiva e Alvarenga

Percurso de bicicleta pela EN 225 entre Castelo de Paiva e Alvarenga

Esta estrada tem pouco movimento, está sempre ladeada de arvoredo e pode-se avistar as serras em redor ou o desfiladeiro em baixo por onde serpenteia o Rio Paiva. O percurso tem cerca de 25 quilómetros para cada lado, quase sempre em asfalto bem conservado, mas tem um grau de dificuldade elevado. A cada pedalada ouvem-se os grilos e pássaros cantar e riachos a correr. O ar é adocicado pelos perfumes da Primavera e dá gosto saborear os seus aromas.

Como há pouco trânsito os condutores confiam e cortam curvas duma forma completamente louca, quem for fazer este trajeto tem que estar atento a esta situação.

Durante o nosso caminho perto das aldeias e nos campos em redor viam-se fumos e fogueiras e pessoas mais ou menos vigilantes a controlar, num caso porem isso não estava a acontecer e as labaredas consumiam as ervas e silvas junto a uma casa, isto quer dizer que os comportamentos negligentes e perigosos continuam.  

A visita à freguesia de Fornos - Castelo de Paiva

Fornos - Castelo de Paiva

Nós temos o hábito de por vezes sair da estrada para explorar as aldeias em redor e por isso fomos visitar Fornos, que está bem plantada numa planície, onde as vinhas do verde da região, parecem ondas que vão rebentar junto a Igreja de São Pelágio.

História da freguesia de Fornos - Castelo de Paiva

"A freguesia de Fornos ocupa o território de confluência do rio Paiva pelo nascente e o Douro pelo Norte. Numa doação do ano de 1110 ao Mosteiro de Alpendurada por Elvira Froilaz, indica-se bem a sua situação: "Subtus mons, Serra Sicca discurrentem Rivulo Pávia terrirorio Portumgalie", a Serra Seca designava o conjunto de serrania que vinha do Sul, do monte de Gamarão.

A dominar a confluência referida eleva-se a colina de Crasto que dá o nome de Castelo ao disperso populacional que serviu no século passado à honorabilização do concelho, juntando-se à designação antiga de Paiva a de Castelo.

A primeira associação documental dos dois topónimos aparece registada numa acta do dia 4 de Março de 1852, passando a partir daí, a designar-se o concelho pelo nome de Castelo de Paiva. A povoação do Castelo julga-se que seja de origem antiquíssima como o atesta a existência, em tempos, de um "castro". Ficava-lhe fronteiro, do outro lado do Paiva, no concelho confinante, o castro de Escamarão. Reduzido o de Paiva a cultura agrícola e erosionado pelas chuvas e exploração de pedra, nada de típico se encontra à superfície. No entanto, o achado ali de mós justifica o seu nome.

Um pouco abaixo desta povoação, junto ao rio Douro, existe um lugar denominado de Castelo de Baixo onde terá havido outro povoado castrejo. Pinho Leal no seu "Portugal Antigo e Moderno" fala mesmo de um dólmen que se destacava pelas suas enormes proporções e "( ..) se encontrava na povoação do Castelo, na freguesia de Fornos, junto ao rio Douro". Do mesmo não restam hoje quaisquer vestígios, mas segundo o mesmo autor era constituído por "(...) sete pedras dispostas verticalmente, que pareciam calhaus arredondados, devido ao atrito causado pela corrente".

Mas outros povos terão habitado este lugar e toda a freguesia de Fornos. Dos romanos, foram há já bastantes anos encontradas, por aqui, moedas dessa época. Da presença germânica fala-nos o topónimo Cardia, cujo significado é "quinta".

Nas Inquirições de 1258 a freguesia surge como término de Paiva e segundo a informação prestada pelo pároco João Martinho, a apresentação do padre à igreja era da responsabilidade da Ordem do Hospital e Cavaleiros. Em 1537 a apresentação já estava a cargo de padroeiros leigos com confirmação do bispo. Em 1758 o pároco era apresentado por D. Manuel de Ataíde Azevedo Pinto, senhor da honra de Barbosa, situada em Arrifana de Sousa.

Desde sempre que a freguesia de Fornos teve uma importância considerável e uma atividade comercial elevada. A "Grande Enciclopédia Portuguesa Brasileira" escreve que "na margem do Douro fica o lugar de Castelo, ponto importante de embarque de mercadorias, que tem um intenso tráfego, pois serve todo o vale do Paiva, baixo Cinfães e todo o norte e centro de Castelo de Paiva".

Essa importância surge com a atracão pela cidade do Porto que se verifica a partir do século XIII. O grande mercado citadino absorvia muitos dos produtos aqui cultivados e progressivamente o porto do Castelo vai-se tornar um ponto fulcral em toda a estratégia comercial. Recebia também os produtos originários das Beiras e embarcava-os com destino à grande cidade e à outra margem do Douro. Fervilhava, o grande entreposto de mercadorias e mercadores.

Apesar de o Douro ser difícil de navegar, sobretudo a passagem do Cachão de Valeira e do Touro, nunca os destemidos marinheiros, que daqui partiam, deixaram de fazer chegar os "Rabeias" à Ribeira. Depois de muito tempo de intenso movimento, uma fase de apagamento surgiria até à chegada da Grande Guerra. Com ela, ressurgiu a vida do rio e o cais do Castelo registava ainda uns 12 barcos rabelos que aí carregavam lenha em achas, carvão de madeira e frutas.

Também aqui nasceram os chamados "Rabões da Esquadra Negra", barcos adaptados à carga e transporte de carvão de Paiva. Foram assim denominados por oposição aos rabões brancos que só transportavam areia. O estaleiro foi montado na Praia do Castelo.

Esta praia é um dos atrativos da freguesia a que se junta a Ilha do Castelo, outrora uma espécie de península, mas que por via da barragem e consequente subida do nível de água, se transformou em encantadora ilha, na confluência dos rios Paiva e Douro.

Para além do lugar do Castelo, toda a vasta e formosa baixada de Fornos é verdadeiramente fabulosa, com a Igreja Paroquial, a Capela do Santo António, as casas de Vila Nova de Cardia brasonada e a do Covelo." Fonte: fornos.jfreguesia.com

Um percurso que acompanha o Rio Paiva

Praia Fluvial da Espiunca - Rio Paiva - Arouca

A estrada a dada altura começa a descer a encosta e acompanha durante muitos quilómetros o Rio Paiva, no fundo do vale passamos uma ponte junto a um ponto de captação de água.

"O rio Paiva nasce na serra de Leomil, no concelho de Moimenta da Beira, e desagua no rio Douro, em Castelo de Paiva. É um dos mais importantes afluentes da sua margem esquerda. Intersecta a região noroeste do território classificado pela UNESCO como Arouca Geoparque, desde Meitriz até Espiunca.

Se fosse possível recuar no tempo geológico cerca de dois milhões de anos, veríamos um rio distinto do atual, fluindo numa região então aplanada, mas que, paulatinamente, se foi encaixando, aproveitando as falhas e fraturas e erodindo as rochas, transportando os sedimentos e moldando a paisagem.

O facto de algumas das rochas intersectadas serem ricas em substâncias minerais, especialmente em ouro, incentivou a exploração romana há cerca de dois mil anos nestas margens. Pode observar os vestígios dessa atividade mineira junto da povoação de Janarde, visitando os geossítios “meandros do Paiva” e “Conheiros de Janarde”.

Mais tarde e durante os Descobrimentos, o Paiva terá sido a principal via de escoamento dos troncos de castanheiro e carvalho que, cortados nestas serranias, se destinavam à construção de caravelas e naus no Porto. Existem ainda algumas referências orais à “arte de paivar”, que mais não seria do que a capacidade demonstrada por alguns indivíduos de caminhar sobre estes troncos rio abaixo e, munidos de varas com ganchos, conduzi-los ao destino. Essa tarefa pode atualmente ser replicada, de forma mais segura e como desporto de aventura, em rafting ou canoagem de águas bravas, naquele que é considerado o mais emblemático local para a sua prática em Portugal.

Na atualidade, o vale do Paiva é o principal foco de atracão turística do Arouca Geoparque. Ao longo das suas margens, poderá visitar um património natural biótico e abiótico singular e reconhecido internacionalmente. Além dos dois geossítios já referidos, são imperdíveis os estratos de quartzito verticalizados da “Livraria do Paiva”, em Janarde, ou o “Sítio de Mira Paiva” e os “icnofósseis de Cabanas Longas”, junto da povoação de Paradinha. A partir da ponte do Paiva, pode ainda planear a visita de mais cinco geossítios: “Garganta do Paiva”, “Cascata das Aguieiras”, “Praia Fluvial do Vau”, “Gola do Salto” e “Ocorrências geotectónicas de Espiunca”.

Passadiços do Rio Paiva - Arouca

Passadiços do Rio Paiva - Arouca

Para tal recorra aos Passadiços do Paiva, que o conduzem ao longo de 8,6 quilómetros pela margem esquerda do rio, desde a Praia do Areinho até Espiunca. Irá usufruir de uma infraestrutura já galardoada pelos óscares do turismo mundial. Ao longo desse percurso, avista-se um património natural biótico onde pontificam uma flora e uma fauna de seres pouco comuns ou em vias de extinção, com especial destaque para os endemismos, que fazem hoje do vale do Paiva um Sítio de Importância Comunitária da Rede Natura 2000. Para que a descoberta e a aventura sejam completas, não deixe de vivenciar a experiência única de cruzar a “516 Arouca”, a ponte pedonal suspensa e transparente mais longa do mundo, que permite observar, com muita adrenalina à mistura, parte das belezas naturais do vale do Paiva. Afinal de contas, estará como que a pairar, a 170 metros de altura, sobre aquela que é a principal artéria natural desta região, uma verdadeira “aorta” do desenvolvimento sustentável do território." Fonte: nationalgeographic.pt

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Almoçamos na Carvalha onde o cabrito e a posta arouquesa são reis e bem acompanhados pelo verde vinho da região.

O trajeto a dada altura passa também por Travanca – Cinfães – distrito de Viseu, onde nos prendeu atenção um casebre em granito, com um jardim todo florido, onde vivem Maria Alice Sousa e Adriano de Sousa, com 56 e 59 anos, que nos contaram um pouco da sua terra.

As Giestas do Jardim da Maria Alice - Vila Viçosa

As Giestas do Jardim da Maria Alice - Vila Viçosa

Continuando a viagem, em Vila Viçosa, no final duma íngreme subida, talvez para amenizar o esforço, encontramos numa curva um jardim que começava na berma e se precipitava para o interior duma casa. O que mais havia eram giestas de várias cores e qualidades. Ali reside há muitos anos, Maria Alice Soares, que nos matou a sede e contou histórias para outro artigo.  

Leia também: As Giestas da Maria Alice

Perto deste ponto uma mulher, de nome Deolinda Conceição de 79 anos, lavava a roupa à mão num tanque publico e desconfiou com muita razão dos nossos nobres objetivos, infelizmente há para aí muita malandragem.

Miradouro do Rápido dos três saltinhos - Rio Paiva

Rápido dos três saltinhos - Rio Paiva

A dada altura do percurso em Janarte é necessário fazer uma importante escolha quando surgir um entroncamento com as indicações “Cinfães, Arouca, Nespereira e Canelas/Espiunca”. Se seguir em direção a Canelas/Espiunca, pode visitar a aldeia de Espiunca, falha geológica, praia fluvial e uma das entradas para os passadiços do Paiva. Se tomar esta opção deve contar depois com uma forte subida para Alvarenga e aproveitar para visitar o miradouro sobre o "Rápido dos três saltinhos", que tem uma vista soberba sobre o Rio Paiva e os passadiços. Este miradouro necessita como podem se pode ver pelas fotos de manutenção urgente já que há tábuas de proteção partidas.

Estrada Nacional 225 - Castelo de Paiva - Cinfães - Alvarenga

Apesar do esforço nós aconselhamos esta opção e no regresso vir por Cinfães que irá sair ao entroncamento acima referido, trajeto um pouco mais curto. Se quiser uma estrada mais suave segue as placas em direção a Nespereira e sem passar por Canelas/Espiunca.

"Ao percorrer os Passadiços do Paiva somos muitas vezes surpreendidos por barcos de rafting, o desporto de aventura mais praticado neste rio. As diferentes rochas do vale do Paiva e a sua erosão diferencial, diversas vezes associada a falhas, originam zonas com rápidos que garantem a adrenalina a quem se aventura a praticar os diferentes desportos de águas bravas. Entre o Vau e a Espiunca, os aficionados por estes desportos encontram os rápidos da «Parede», «Salto», «Escadinhas», «Esses», «Três Saltinhos». " Arouca Geopark

A chegada a Alvarenga - Arouca

Alvarenga - Arouca

Chegamos por fim a Alvarenga, terra que brotou no meio duma planície cercada por serras, onde o azul e o verde amainam os espíritos. No local os restaurantes da posta à Arouquesa são muitos e as vacas que os alimentam pastam nos campos em redor.

Eduardo Sousa, Natinda Cunha, Fernando Cunha e Joaquim Costa - Alvarenga - Arouca

Quisemos saber mais sobre o local e quatro pessoa que trauteavam num banco de madeira lá nos contaram um pouco sobre o local, Eduardo Sousa, Natinda Cunha, Fernando Cunha e Joaquim Costa, com 59, 77, 88 e 75 anos de idade. Numa horta desta vila encontramos um uso diferente para bonecas, que foram colocadas de forma engenhosa distribuídas pelas culturas para assustar a passarada. No regresso viemos por Nespereira onde abundam os rebanhos de ovelhas e passamos junto à capela de São Brás em Vila Chã - Cinfães.

Começamos esta aventura eram 10h00 da manhã e terminamos já passava das 19h00, porque vamos parando para tirar fotos, falando com as pessoas e visitando certas aldeias que nos captam atenção. Estamos agradecidos à natureza por termos feito esta viagem e que continue assim por muitos anos para que outros também o possam desfrutar.

Caminhe no distrito de Aveiro e pedale de bicicleta pelo norte de Portugal

O distrito de Aveiro tem dezenas de caminhadas e percursos pedestres muito bonitos, na serra, junto do mar, ria e rios, que pode aproveitar para os conhecer. No norte de Portugal há muitas ciclovias, ecovias e ecopistas que se pode percorrer, a caminhar ou de bicicleta, muitas delas por antigas linhas ferroviárias, agora convertidas em pista para as pessoas passearem. 

Créditos e Fontes pesquisadas

Texto: Ondas da Serra com exceção do que está em itálico e devidamente referenciado.
Fotos: Ondas da Serra.


Galeria de fotos do percurso de bicicleta entre Castelo de Paiva e Alvarenga

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Autor

Ondas da Serra

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Ecovia do Arda passeio ribeirinho por passadiços e moinhos

A Ecovia do Arda, situada em Arouca, com início no coração da vila, é um percurso ribeirinho junto ao rio que lhe inspirou o nome. Os seus 11 quilómetros passeiam pelo interior profundo de seis freguesias, onde se desenrola a vida agrícola, num ambiente bucólico e profundamente rural, com a lida do campo, criação de animais ou o desenrolar diário da vida do seu povo. O visitante ao caminhar ou pedalar pelo seu percurso é surpreendido pela riqueza do seu património natural e arquitetónico, com a profusão de fauna, flora e antigos monumentos. Pelo caminho foram construídos parques de merendas, descanso, atividades radicais e recuperação de moinhos. O percurso foi bem desenhado com construção eficiente do corredor ecológico, passadiços e estruturas metálicas, algumas com 70 metros e passagens vertiginosas sob antigas pontes. O mesmo está bem sinalizado a nível da orientação, sinalização e informação. Em suma, se for conhecer este passeio irá ter uma surpresa agradável e passar um dia tranquilo e sair com forças revigoradas.

Assustadora Estrada do Portal do Inferno na Serra da Arada

A Estrada do Portal do Inferno é uma estreita via sinuosa, com perto de 18 km, a cerca de 1000 metros de altitude que percorre uma crista altaneira da Serra da Arada, caracterizada pelas suas falésias abruptas e precipícios infinitos, que metem medo ao olhar e fazem temer os incautos. O seu percurso em pleno coração do Maciço da Gralheira, começa perto da Capela de São Macário em São Pedro do Sul e termina na aldeia de Ponte de Telhe em Arouca, nos distritos de Viseu e Aveiro. A sua beleza é enaltecida na primavera quando a serra se pinta de tons verdes, amarelos, laranjas e lilases da carqueja, urze e giestas e que perfumam o ambiente e inebriam os sentidos. No seu percurso passa pelo geossítio do Portal do Inferno da Garra, com uma visão panorâmica de arrepiar sobre o vale por onde corre o Rio Paivô e Aldeia de Portugal de Covas do Monte. Os pontos de interesse são variados, desde as aldeias típicas de montanha em xisto, mariolas dos pastores, gado bovino e caprino que pasta livremente, fauna e flora. A mesma é muito popular entre os ciclistas e motociclistas, embora alguns corajosos condutores de automóvel também se aventurem pelos seus domínios.

Conheça a Cascata das Aguieiras das mais belas de Portugal

A Cascata das Aguieiras fica localizada na freguesia de Alvarenga, concelho de Arouca, distrito de Aveiro. Esta queda de água é o geossítio de interesse com a identificação G35 do Arouca Geopark. Esta maravilha geológica destaca-se pelos sucessivos desníveis por onde a água, proveniente da ribeira com o mesmo nome, se precipita e que no conjunto totalizam cerca de 160 metros. A torrente em queda é descarregada na Garganta do Rio Paiva, onde este curso de água adquire um carácter violento e feroz para vencer as encostas estreitas. A sua importância é reforçada pela forma como pode ser observada pelo miradouro integrado nos Passadiços do Paiva ou Ponte Suspensa 516 Arouca.