Percurso Pedestres PR2 - Rota do Vale
O PR2 - Rota do Vale é um dos nove percursos pedestres que o município de Cinfães, distrito de Viseu, sinalizou para o pedestrianismo. Este trilho desenvolve-se pelo Vale da Bestança, por onde corre o seu rio de águas livres.
O seu vaidoso vale exibe-se vestido de verde exuberante, com um passado rural de terra de arados de bois e carros de mulas. O tempo ainda não apagou o tinido de sinos de cabras, ovelhas, vacas e do canto das cigarras, de tardes quentes de verão e de água gelada das nascentes.
Ao longo dos anos temos vindo a calcorrear trilhos em Portugal e Espanha e podemos afirmar que o verdadeiro entusiasta pela natureza, aldeias tradicionais e paisagens de arrebatar deve percorrer estes caminhos, pela sua riqueza a nível do património natural e arquitetónico.
O percurso é difícil pelos seus 18,8 km de extensão, por antigas calçadas e trilhos, que chega quase a parecer uma etapa dos caminhos de Santiago e pode ser utilizado para treinar o seu corpo e mente se quiser fazer esta peregrinação. Nós que somos experientes nestas andanças, praticamos desportos e temos boa condição física, fizemos os últimos quilómetros em esforço.
Neste artigo procuramos aprofundar a informação já existente sobre este percurso que é escassa e levá-lo a conhecer um dos recantos magníficos do nosso Portugal. Esperamos que a Associação para a Defesa do Vale do Bestança, continue a defender e divulgar o seu património e a impedir a construção de mini-hídricas no rio que é um caminho para a destruição deste paraíso da biodiversidade.
Pode ler esta reportagem na totalidade ou clicar no título abaixo inserido para um assunto específico:
- Informação técnica do Percurso Pedestres PR2 - Rota do Vale
- Descrição do percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
- Caminhos do percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
- Localização do percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
- Como chegar ao percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
- Mapa do percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
- Download do mapa do percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
- Pontos de interesse do percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
- Perfil de altimetria do percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
- Ficha técnica do percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
- Código de Conduta do percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
- Pontos de Interesse em destaque do PR2 - Rota do Vale
- Estações de Biodiversidade do Vale da Bestança
- História e identidade de Cinfães
- Património natural do Vale da Bestança- Cinfães
- Património arquitetónico do Vale da Bestança- Cinfães
- Montanhas Mágicas - Rota da Água e da Pedra - Linha M - Montemuro
- Pessoas no Percurso Pedestres PR2 - Rota do Vale
- Animais no Percurso Pedestres PR2 - Rota do Vale
- Avaliação e grau de dificuldade do Percurso Pedestres PR2 - Rota do Vale
- Gastronomia e Vinhos de Cinfães
- Contactos úteis de Cinfães
- Caminhe no distrito de Aveiro e pedale de bicicleta pelo norte de Portugal
Informação técnica do Percurso Pedestres PR2 - Rota do Vale
Descrição do percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
"A Rota do Vale é um percurso linear, com duas portas de entrada, que pode ser iniciado no Largo da Nogueira , na aldeia de Vila de Muros, ou nas Portas de Montemuro, junto da capela das Portas. Desenrola-se num dos vales mais bonitos de Portugal, o Vale de Bestança, e ao longo de um dos rios mais limpos da Europa - o rio Bestança.
Este percurso conduz-nos por locais de elevado interesse paisagístico, cultural e arquitetónico, tais como: o Prado do Bestança; Ribeira de Tendais; Rio Bestança; Ponte de Soutelo; Eira Comunitária do Bustelo; Serra de Montemuro; Capela e Muralha das Portas de Montemuro."1
Caminhos do percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
"A Rota do Vale é um percurso pedestre linear e tem uma das portas de entrada no Largo da Nogueira, na aldeia de Vila de Muros. Tem início no largo e segue pela estrada de asfalto para sul em direção a Vale Verde. Aqui a percurso desce o vale do rio Bestança por uma das várias calçadas antigas em direção à zona do Prado.
Cruza com uma estação de biodiversidade que descreve, em vários pontos de informação, a Fauna e Flora mais representativa deste local. O percurso passa a ribeira de Tendais, por duas pontes de madeira, e depois prossegue sobre o rio Bestança por uma outra edificação (cimento).
Sobe por uma calçada estreita em direção às fragas da Arruinha no Caminho da Chã e contínua para o lugar de Tendais, passando por Chã e Soutelo, duas pequenas povoações na encosta Este da Serra de Montemuro. Passando a ponte romana do Soutelo, sobe por uma antiga calçada até Tendais, volta-se a cruzar o Rio Bestança, subindo depois até à povoação de Bustelo.
Ao atravessar a povoação, segue em direção a Alhões por antigas calçadas. Ao sair de Alhões, começa a deixar o vale (abrigado) e entra numa paisagem mais montanhosa, até chegar ao seu final nas Portas de Montemuro."5
Localização do percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
O Percurso Pedestres PR2 - Rota do Vale fica localizado no município de Cinfães, distrito de Viseu, sendo de tipologia linear e com dois pontes para iniciar/finalizar:
- Largo da Nogueira - Vila de Muros - Cinfães;
- Portas de Montemuro - Cinfães
No entanto, de acordo com a informação oficial municipal é aconselhável fazer o percurso a partir da Vila de Muros e acabar nas Portas de Montemuro, no sentido ascendente.
Como chegar ao percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
O percurso pedestres PR2 - Rota do Vale, é de tipologia linear e como é habitual nestes percursos, que não regressam ao ponto de partida, a logística para o fazer é um pouco mais difícil. No nosso caso, como só viajamos num automóvel, optamos por fazer o percurso no sentido aconselhado, da Vila de Muros até às Portas de Montemuro.
Começamos por dirigir-nos de automóvel para as Portas de Montemuro onde deixamos a nossa bicicleta, devidamente amarrada com cadeado, perto do Restaurante Estrela da Serra, com autorização do responsável, onde também funcionam umas bombas de combustível.
Depois dirigimos então para o começo do percurso em Vila de Muro, no Largo da Nogueira, tendo estacionado o veículo no pequeno largo junto ao cemitério, ali próximo. No final dos 18 km do percurso, bastou descer com a bicicleta os 13 km até ao automóvel. Ainda bem que não foi preciso pedalar muito porque o percurso é muito longo, exigente e estávamos fatigados.
Se foram para o local vários automóveis podem deixar um nas Portas de Montemuro para no final levar as pessoas para o começo.
Localização e Acessos: A25 (Aveiro – Vilar Formoso), saída em Viseu e seguir na A24 em direção a Lamego.
Mapa do percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
Download do mapa do percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
No parágrafo seguinte pode fazer o download do mapa do Percurso Pedestre PR2 - Rota do Vale. Este documento é disponibilizado pelo município de Cinfães e onde estão inseridos os seis percursos, sendo por isso a consulta e estudo mais difícil, bem como a identificação dos pontos de interesse. Nestes casos o habitual é ser disponibilizado um panfleto com a informação individualizada.
Download do mapa do percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
Pontos de interesse do percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
- Prado;
- Ribeira de Tendais;
- Ponte de Soutelo;
- Rio Bestança;
- Eira Grande do Bustelo;
- Serra de Montemuro;
- Capela e Muralha das Portas de Montemuro;
- Portas de Montemuro
Perfil de altimetria do percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
Ficha técnica do percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
- Distância: 18,8 km;
- Início: Vila de Muros/Praça das Nespereira - Cinfães, sentido Norte/Sul;
- Coordenadas GPS: 41.042775, -8.061397;
- Duração: 6/8 horas;
- Tipo de percurso: Linear;
- Desnível acumulado:
- +1460 m;
- -650 m;
- Sentido aconselhado: Vila de Mouros - Portas de Montemuro (ascendente);
- Época aconselhada: O percurso pode ser efetuado em qualquer altura do ano, tendo os seus utilizadores que tomar algumas precauções por causa das elevadas temperaturas que se podem fazer sentir no Verão e ao piso escorregadio no Inverno;
- Pontes: 04;
- 1 madeira - Prado;
- 1 cimento - Prado;
- 1 medieval - Tendais;
- 1 pedra;
- Aldeias do Vale da Bestança:
- Vila de Muros;
- Valverde;
- Chã;
- Soutelo;
- Tendais;
- Imediações da aldeia de Granja;
- Bustelo;
- Alhões;
- Proteção do património natural e arquitetónico
- Vale da Bestança:
- Rede Natura 2000;
- "Paisagem de vertentes íngremes e declivosas, o vale é uma das mais belas experiências naturais. Pelo grau de conservação e importância do ecossistema, foi integrado na Rede Natura 2000, assumindo uma referência ecológica de exponencial valor."6
- Associação para a Defesa do Vale do Bestança;
- Rede Natura 2000;
- Ruínas da Muralha das Portas do Montemuro:
- As Ruínas da Muralha das Portas do Montemuro são consideradas Imóvel de Interesse Público;
- Vale da Bestança:
Código de Conduta do percurso pedestres PR2 - Rota do Vale5
- Seguir apenas pelo trilho sinalizado;
- Evitar fazer ruídos desnecessários;
- Observar a fauna sem perturbar;
- Não danificar a flora;
- Não deixar lixo ou outros vestígios da sua passagem;
- Não fazer lume;
- Não colher amostras de plantas ou rochas;
- Ser afável com as pessoas que encontre no local;
Pontos de Interesse em destaque do PR2 - Rota do Vale
Nesta secção vamos desenvolver a informação dos seguintes pontes de interesse do Percurso Pedestre PR2 - Rota do Vale:
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Vale da Bestança - Cinfães;
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Rio Bestança - Cinfães;
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Centro de Interpretação do Vale da Bestança;
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Prado - Vale da Bestança - Cinfães;
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Campos floridos e extensas florestas;
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Ponte de Soutelo - Tendais - Cinfães;
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Bustelo ou Bustelo da Lage - Cinfães;
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Capela de Bustelo - Cinfães;
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Igreja Matriz de Bustelo - Cinfães;
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Eira Grande do Bustelo - Cinfães;
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Capela de Alhões - Cinfães;
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Serra de Montemuro;
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Abrigo de Pastores - Serra de Montemuro - Cinfães;
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Portas de Montemuro - Cinfães;
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Capela de Nª Srª do Amparo - Portas de Montemuro - Cinfães;
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Ruínas da Muralha das Portas de Montemuro - Cinfães;
Vale da Bestança - Cinfães
"O Vale do Bestança, integrado na Rede Natura 2000, caracteriza-se pela sua importância ecológica nacional e pelo exponencial valor que representa a nível internacional. O Centro de Interpretação, perfeitamente enquadrado com a envolvência natural, funciona como uma montra para a linha do vale, e para o rio que lhe dá o nome.
Neste espaço, o visitante pode ficar a conhecer as características biofísicas e paisagísticas do Vale. Nasceu com o propósito de divulgar os valores naturais, patrimoniais e riqueza cénica que se gera do encontro do rio Bestança com as encostas do vale, associados a uma componente didática e formativa.
Ao percorrem as várias salas, os visitantes terão a oportunidade de experienciar, num único espaço, uma visita virtual e interativa, conhecer a fauna e flora, e explorar todo o território através dos percursos possíveis de realizar a pé ou de bicicleta."6
Rio Bestança - Cinfães
Rio Bestança nasce nas Portas de Montemuro e tem 13,5 km
"O rio Bestança nasce nas Portas de Montemuro, na serra do mesmo nome, e morre em Porto Antigo, na margem esquerda do rio Douro. São 13,5 Km de curso, numa extensão de verdura e águas sempre cristalinas que o fazem um dos rios mais limpos da Europa. Espécies como a Lontra, Truta e Ginetas dependem do equilíbrio ecológico do vale sulcado pelo rio.
Por outro lado, e desde tempos imemoriais, os velhos moinhos reclamam as águas livres do rio para moerem o milho e outros cereais, representando um valioso e genuíno património."2
Centro de Interpretação do Vale da Bestança
"O Centro de Interpretação do Vale da Bestança, perfeitamente enquadrado com a envolvência natural do vale, funciona como uma montra para a linha do território que lhe dá o nome. Aqui, poderá conhecer as suas características biofísicas e paisagísticas, os valores naturais e patrimoniais, e toda a riqueza cénica que se gera do encontro do rio Bestança com as encostas do vale."6
Prado - Vale da Bestança - Cinfães
"A planície central do Vale do Bestança é um dos recantos mágicos do território, tanto pelo excelente valor patrimonial e paisagístico, como o habitat."6
Campos floridos e extensas florestas
O percurso pedestre PR2 - Rota do Vale é caracterizado pelo seu luxuriante Vale da Bestança, com extensas florestas autóctones de majestosas árvores centenárias. Os campos na primavera cobrem-se de mantos floridos a perder de vista, que abrigam muitas espécies de insetos, pequenos mamíferos e répteis.
Por sua vez, esta abundância de alimento é caçada por algumas espécies de águias que vimos a sobrevoar os céus. Nestes artigos temos sempre alguns limites para as fotos que exibimos, embora sempre o ultrapassemos, mas não podemos inserir algumas com flores duma beleza cativante.
Soutelo - Tendais - Cinfães
"A Freguesia de Tendais é composta por 17 lugares, na sua maioria localizados na margem esquerda do rio Bestança, à exceção do lugar de Soutelo, o único situado na margem direita daquele curso de água. Tendais não existe enquanto povoação, correspondendo à designação da freguesia que congrega todas as aldeias."11
Ponte de Soutelo - Tendais - Cinfães - Viseu
Antiga via entre Emérita Augusta (Mérida) e Bracara Augusta (Braga)
"Antiga via que servia a descida da Serra do Montemuro em direção ao Douro, e que tem vindo a ser interpretada como parte de um importantíssimo itinerário romano entre duas capitais: Emérita Augusta (Mérida), e Bracara Augusta (Braga)."6
Características técnicas da Ponte de Soutelo
"Ponte em granito lançada sobre o rio Bestança, de um arco de volta perfeita, medindo 9 m de diâmetro; piso de cavalete, com 2,5 m de largura (face interior das guardas); piso lajeado com blocos e lajes de grandes dimensões; guardas de ambos os lados, formadas por blocos e lajes, com talhe grosseiro, dispostas segundo o lado maior; os elementos em falta foram restaurados com cimento (parte central da ponte).
Ponte de Soutelo da Idade Média
Segundo o autor deste verbete constante do sítio Portal do Arqueólogo, Domingos de Jesus da Cruz (que efetuou prospeção em 2005), data a ponte de Soutelo como obra da Idade Média.
Créditos da foto: turismo.cm-cinfaes.pt
"Atente-se ao que autor anónimo escreveu no jornal cinfanense a Justiça, de 1892, e repare-se no nosso sublinhado:
Soutello é uma pittoresca povoação da freguezia de Tendaes, situada na margem direita do rio Bestança. Habitada por um povo laborioso, ha muito que tem sido completamente esquecida dos municipios, que no partilhar do dinheiro destinado a viação pública, a tem deixado ao mais completo abandono; por isso os caminhos são em grande parte, intransitaveis, e como a povoação está separada do resto da freguezia pelo Bestança, difficeis se tornam as comunicações, sendo necessário, ás vezes, dar grandes voltas, para tomar a unica ponte que a liga á freguezia.
Ha talvez 20 annos que nada se faz em beneficio d’esta importante povoação, e apenas ha menos de um anno, a camara mandou alli fazer um pequeno concerto (sic) n’um caminho, o que é muito pouco para as necessidades da povoação, e para o que é justo e equitativo.
A freguezia de Tendaes, cortada por differentes ribeiros, contem em si umas seis ou sete pontes, algumas importantes, sendo curioso que sómente uma fosse mandada construir pelo municipio: a de Enxidró [sic], situada sobre o ribeiro Fervença, construida de pedra, notavel por ligar a freguezia de Tendaes á de Sinfães.
A não ser esta, e uma compostura feita o anno passado, na ponte que liga esta freguezia a Bustello, todas as outras são devidas a expensas de particulares; assim, a importante ponte chamada a Nova, ou de Covellas, que une Tendaes a Ferreiros, e mede 36 metros de cumprimento por 3 de largo, foi mandada fazer em 1762, por Diogo de Sequeira Vasconcellos, natural de Covellas. A ponte da Sadorninha também de pedra, sobre o riacho da Egreja, que une os 2 povos de Meridãos e Quinhão, foi feita pelos proprietários de Tendaes, ignoramos a epocha.
O povo de Quinhão mandou fazer sobre o mesmo ribeiro, em 1840, uma ponte de madeira para sua servidão, a qual mais tarde, foi reformada e feita de pedra. Em 1842 foi também construida a expensas do povo de Soutello, Granja e Cabo de Tendaes, uma ponte de madeira sobre o Bestança, sendo mais tarde substituida por uma ponte de pedra, que lá existe actualmente. Sobre o ribeiro de Fadazes, perto de Chã, foi tambem em 1842, construida uma ponte de madeira, pelo povo de Soutello, que está hoje muito velha.
D’esta relação, que não garantimos ser completa, se vê que o municipio concorreu apenas com a menor parcella: e, todavia, a freguezia de Tendaes, e por tanto o povo de Soutello, todos os annos tem pago para o municipio as contribuições que lhe são devidas.
Não é por isso de mais que agora a camara municipal contemple de algum modo aquelle desprotegido povo; ha muito que elle vem fazendo sentir a urgente necessidade de uma ponte sobre o Bestança, que, perto de Chã, os una a Tendaes; esta ponte é de grande utilidade não só para o povo de Soutello, mas também para o da parte norte de Tendaes, que para passar áquella povoação, ou para Bustello e mais freguezias da serra, com carro, tem de dar uma grande volta, que não daria se esta ponte existisse. E o que se diz da parte norte de Tendaes póde dizer-se com egual razão da freguezia de Sinfães.
Este periodico apezar de politico, advoga, como sempre tem feito, os interesses dos povos, quando justos, os quaes põe em primeira plana, e superiores a toda a politica. Recommendando pois, á vereação municipal a mencionada ponte quando o estado do seu thesouro o permitta, não fazemos mais do que cumprir o nosso dever; assim como não regatearemos elogios a quem concorrer para o bem d’este concelho, por meio de melhoramentos julgados necessarios, seja grego ou seja troyano o auctor d’elles."12
Bustelo ou Bustelo da Lage - Cinfães
"Localizada na encosta do Rio Bestança, a aldeia de Bustelo (ou Bustelo da Lage) carateriza-se pelo seu aglomerado rural, a envolvente de caminhos empedrados, os moinhos, palheiros e espigueiros. As eiras, característicos espaços planos, lajeados de granito, com boa exposição solar, onde ainda hoje os habitantes partilham as tarefas agrícolas e é ponto de encontro e convívio.
As tradições estão ainda muito presentes no quotidiano e a agricultura é uma parte integrante da vida nesta aldeia. Sendo um reflexo da cultura popular da Serra, nesta localidade são percetíveis as disparidades geográficas, ambientais e paisagísticas entre a Serra do Montemuro e o Vale do Bestança."16
Capela de Bustelo - Cinfães
Igreja Matriz de Bustelo - Cinfães
"Bustelo começou por ser vila no sentido de fundo agrário romano, continuando na Idade Média no sentido administrativo. Em 1118 foi emitida carta de foral, com vista à povoação desta “villa” rústica, por D. Teresa e Múnio Froiaz.
Pertenceu ao concelho de Ferreiros de Tendais até à sua extinção em 1855, passando depois a integrar o concelho de Cinfães. A Igreja é um templo modesto, construído com grandes blocos de granito, com torre sineira adossada à esquerda.
No adro, ainda hoje estão duas arcas tumulares antropomórficas, que parecem pertencer ao culto cristão na época da monarquia suevo-visigótica. O interior do templo é simples, embelezado pelas imagens de São João Baptista e Nossa Senhora de Fátima no altar-mor e Sagrado Coração de Jesus, Menino Jesus, Santa Bárbara e Santo António, Senhora do Rosário, Santa Teresa, São José e São Sebastião nos altares laterais.
No adro da Igreja guardam-se duas arcas tumulares antropomórficas, uma delas com uma doble cruz nas extremidades e ao centro uma figura humana apenas delineada e posta de frente, flanqueada por duas cruzes de pontas em leque até fecharem em círculo."15
Eira Grande de Bustelo - Cinfães
A Eira Grande de Bustelo, uma laje de granito de grandes dimensões que se destaca no meio dos socalcos. As eiras no passado serviam principalmente para secar o milho e depois malhá-lo para separar os grãos do milho da maçaroca.
Este espaço também era usado nos bailaricos para as gentes do campo cantarem e bailarem. "Localizada na encosta do Rio Bestança, a aldeia de Bustelo (ou Bustelo da Lage) carateriza-se pelo seu aglomerado rural, a envolvente de caminhos empedrados, os moinhos, palheiros e espigueiros.
As eiras, característicos espaços planos, lajeados de granito, com boa exposição solar, onde ainda hoje os habitantes partilham as tarefas agrícolas e é ponto de encontro e convívio. As tradições estão ainda muito presentes no quotidiano e a agricultura é uma parte integrante da vida nesta aldeia.
Sendo um reflexo da cultura popular da Serra, nesta localidade são percetíveis as disparidades geográficas, ambientais e paisagísticas entre a Serra do Montemuro e o Vale do Bestança."8
Capela de Alhões - Cinfães
Serra de Montemuro
Portas de Montemuro com marco assinalar os 1.215 metros de altitude
Nas Portas de Montemuro, na fronteira entre os concelhos de Castro Daire e Cinfães, o visitante tem uma visão a perder de vista sobre a paisagem circundante. No local existem mesas e bancos para se sentar a desfrutar o momento. Se quiser observar melhor as serras e terras que nasceram nas encostas das serra pode utilizar uns binóculos que estão no local ou levar os seus. A estrada nacional 321 que aqui passa é muito popular entre ciclistas, tendo um poste a assinalar os 1215 metros de altitude.
"A Serra de Montemuro situa-se nos concelhos de Arouca, Cinfães, Resende e Castro Daire e Lamego (distrito de Viseu) e entre as regiões do Douro Litoral e da Beira Alta. A altitude média é de 838 metros. Está compreendida entre o rio Douro, a Norte e o rio Paiva, a sul, confina com a cidade de Lamego.
O ponto mais alto da Serra de Montemuro tem 1.381 metros de altitude
O ponto mais alto da serra é denominado por Talegre ou Talefe, a 1.381 metros de altitude. Toda a serra tem bastante relevo e é íngreme praticamente de todos os lados. A serra é povoada até cerca dos 1.100 metros de altitude, as aldeias encontram-se espalhadas por toda a serra, mas quase sempre perto de cursos de água, como o rio Bestança que a divide na direcção Sul-Norte.
A Serra de Montemuro faz parte da 1ª fase da lista nacional de sítios da Rede Natura 2000. Está classificada como BIÓTOPO CORINE, com designação de Serra do Montemuro/Bigorne.
Na descrição que o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) faz, destaca-se a grande biodiversidade, resultado do bom estado de conservação dos vários tipos de habitat que aí se encontram representados – alguns deles de considerável valor conservacionista, como as turfeiras ativas (habitat prioritário) e mais concretamente a vasta comunidade de vertebrados, da qual fazem parte inúmeras espécies com estatuto de ameaça, como, por exemplo, o lobo (Canis lupus)."9
Penedos da Serra de Montemuro - Cinfães
A parte superior do percurso pedestre PR2 - Rota do Vale, desenvolve-se na Serra de Montemuro, caracterizada pelos seus imponentes maciços graníticos. Por onde a vista alcança encontram-se espalhados pela paisagem montanhosa, grandes pedregulhos, com as formas mais originais que a natureza esculpiu com ajuda da exposição aos elementos por milhares de anos.
Algumas das suas formas fazem lembrar rostos de pessoas, animais, partes do corpo, barcos encalhados, mãos divinas ou formas mais burlescas e sensuais.
Nós sentimos a necessidade de pontualmente submergirmos nesta selva granítica e beber da sua energia. Nunca abandonamos estes locais sem fazer uma oferenda aos Deuses e beijamos as lajes aquecidas pelo sol e que nos ajudam a carregar as nossas baterias.
Nestes locais sentimos sempre que estas pedras escondem algum segredo e que um dia iremos entender e aproveitar melhor as suas vibrações, que acreditamos os povos primordiais conheciam.
Abrigo de Pastores - Serra de Montemuro - Cinfães
Ao percorrermos o percurso pedestre PR2 - Rota do Vale, já na parte final do trilho na Serra de Montemuro, encontramos um antigo abrigo de pastores. Este tipo de construções costuma aproveitar as estruturas naturais do relevo granítico para coberturas ou paredes, poupando materiais e trabalhos.
Portas de Montemuro - Cinfães
Nas Portas de Montemuro em Cinfães poderá visitar:
- Capela da Nª Srª do Amparo;
- Miradouro da Serra de Montemuro;
- Muralhas das Portas de Montemuro, perto do miradouro acima referido;
- Percursos pedestres:
- GR47 - Grande Rota de Montemuro;
- Fim/Início do PR2 - Rota do Vale;
- Placas com informação das distâncias cadeias montanhosas:
- Peneda-Gerês - 108 km;
- Serra da Estrela - 121 km;
- Serra Nevada - 744 km;
- Picos da Europa - 449 km;
- Pirinéus - 809 km;
- Monte Branco - 1713 km;
Capela de Nª Srª do Amparo - Portas de Montemuro - Cinfães
"Localizada nos limites do concelho de Cinfães, na parte mais elevada do mesmo, esta capela teve origem num nicho com imagem de Nossa Senhora do Amparo, ao qual começavam a acorrer peregrinos, aumentando significativamente o número de devotos.
Foto: Créditos13
Em 1758, a população da aldeia de Alhões constrói no mesmo local uma capela. Hoje em dia esta é apenas utilizada para celebrar a eucaristia no dia em que aqui se realiza a feira anual, no terceiro domingo de Agosto. Devido à sua localização, há já alguns anos que esta capela não possui qualquer imagem no seu interior, pois todas as que aí se encontravam foram furtadas."18
Muro da Capela de Nª Srª do Amparo - Portas de Montemuro - Cinfães
A ladear a Capela de Nª Srª do Amparo - Portas de Montemuro - Cinfães, foi construído um alto muro em pedra para a salvaguardar dos elementos, mas que não a protegeu dos ladrões humanos que já a saquearam e roubaram imagens religiosas.
Ruínas das Muralha das Portas de Montemuro
Ruínas da Muralha das Portas do Montemuro considerado Imóvel de Interesse Público
"As ruínas da Muralha das Portas do Montemuro é um sítio arqueológico e está considerado como Imóvel de Interesse Público desde 1974. A estação arqueológica é partilhada com o concelho de Cinfães.
No século XIII já era mencionado nas Inquirições de 1258. Segundo vários autores, o sítio apresenta parcos vestígios de um povoado fortificado da Idade do Ferro, podendo-se considerar como fazendo parte da cultura castreja. Posteriormente, o Castro terá sido reutilizado pelos romanos e durante a Reconquista por D. Afonso Henriques (alguns dos terrenos circundantes terão pertencido a Egas Moniz).
Foto: Créditos:14
Portas de Montemuro já referidas no século XIII
As primeiras referências ao topónimo Portam de Muro surgem no século XIII, no foral que Egas Gosendes concedeu à Vila de Bustelo. Portas refere-se a um ponto de passagem e Muro à muralha do povoado. Também era designado pelos pastores e caçadores como Muro das Portas ou apenas Muro. Existe uma capela perto do local que apresenta características adoptadas pela religião cristã dos locais sagrados ou supostamente sagrados da época pagã"10
Portas de Montemuro situadas num local privilegiado da serra
"Pode considerar-se como uma cerca de cronologia incerta, situada num privilegiado ponto de passagem da Serra do Montemuro, com vista para o Douro, Bestança, Paiva, Marão e muito mais. A identificação funcional tem, contudo, sido um mistério ao longo das décadas, tendo já sido teorizado como castro, acampamento romano, castelo medieval e proteção ao gado - sempre, com base no aparecimento de algumas inscrições que surgem registradas pela população."6
Estações de Biodiversidade do Vale da Bestança
Identificação das Estações de Biodiversidade do Vale da Bestança
No Vale da Bestança, nas imediações e planície do Prado foram colocados 08 cartazes, denominados Estações de Biodiversidade, pelo Município de Cinfães e Associação para a Defesa do Vale da Bestança, com apoio de outros organismos, com informações da fauna e flora deste vale:
- Estação P1:
- Diversidade das espécies ameaças;
- Borboletas: Nesta estação pode observar as duas borboletas que voam em Portugal, que figuram no anexo II da Directiva Habitats
- Aurinia - Euphydryas aurinia | Insecta / Lepidoptera / Nymphalidae. Muito ameaçada noutros países europeus, em Portugal a Aurinia encontra-se em todo o país. É a borboleta mais comum no Vale do Bestança durante o mês de Maio;
- Quadripuntária - Euplagia quadripunctaria Insecta/Lepidoptera / Arctiidae. Apesar de pertencer ao grupo das borboletas nocturnas, esta espécie tem actividade diurna;
- Outras espécies protegidas na Europa;
- Gilbardeira - Ruscus aculeatus Monocotiledônea / Asparagaceae. Planta muito usada em arranjos de Natal e apreciada pelos seus efeitos medicinais. A apanha excessiva causou danos às suas populações e teve que ser legalmente protegida;
- Cabra-loura - Lucanus cervus Insecta / Coleoptera / Lucanidae. Os machos são maiores e têm grandes "cornos";
- Diversidade das espécies ameaças;
- Estação P2:
- Plantas típicas dos muros;
- Como distinguir duas lagartixas;
- Plantas típicas dos muros;
- Estação P3:
- Plantas comuns;
- Insetos comuns;
- Estação P4:
- Árvores a identificar pelo tipo de folha;
- Estação P5:
- Diversidade de borboletas;
- Estação P6:
- Diversidade de anfíbios;
- Estação P7:
- Diversidade de libélulas;
- Estação P8:
- Espécies típicas das margens do rio;
História e identidade de Cinfães
História de Cinfães
Cinfães com 5 milénios de ocupação
"Cinfães situa-se na margem esquerda do rio Douro, a menos de 1 hora das cidades do Porto, Vila Real e Viseu. É território de fundação multissecular, com uma história que chega a atingir 5 milénios de ocupação. Desde os povos pré-celtas, que deixaram monumentos megalíticos, e Romanos, que desenvolveram civilizações e redes viárias, os povos foram, mais recentemente, evoluindo de acordo com as transformações associadas à ordem da Igreja.
Por Cinfães passou grandes figuras históricas
Daqui saiu D. Egas Moniz, enquanto senhor de Ribadouro, e por estas terras passou D. Afonso Henriques - 1.o rei de Portugal, que repartiu a infância pelas redondezas. Mas recentemente, as condições de navegabilidade do rio Douro e a importante localização de Porto Antigo, a par da liberalização das produções agropecuárias, vieram trazer cada vez mais Senhores ao território. E, entre famílias poderosas e bons trabalhadores, nasceu o General Alexandre Serpa Pinto. Daqui saiu para descobrir e inventariar África, e aqui voltou para passar o conhecimento ao mundo.
Cinfães possui grandes riquezas naturais e arquitetónicas
Com o conjunto de marcas dos tempos, o canal do rio Douro potencia hoje as melhores experiências de chegada. A serra de Montemuro, espaço de excelência para os bovinos da raça arouquesa, é hoje um dos locais com maior presença da ruralidade.
O Vale do Bestança e o Vale do rio Paiva, com belezas ímpares, exibem ainda formas naturais repletas de verdes prados, ribeiras e riachos, bem como as mais verdadeiras amostras da biodiversidade ibérica - numa envolvente repleta de encantos protegidos à invasão. Por tudo o que lhe está associado, Cinfães é, como diz o poeta: "a amena região onde em favores os Deuses se esmeram" (J. Saraiva)"6
Identidade do concelho de Cinfães
- Área: 239,29km 2;
- Freguesias: 14 - Cinfães, Espadanedo, Ferreiros de Tendais, Fornelos, Moimenta, Nespereira, Oliveira do Douro, Santiago de Piães, São Cristóvão de Nogueira, Souselo, Tarouquela, Tendais, Travanca e União das freguesias de Alhões, Bustelo, Gralheira e Ramires;
- População: 20.427 habitantes (Censos 2011);
- Ponto mais alto: 1381m - Pico do Talegre (Serra do Montemuro);
- Vales em destaque: 02;
- Vale do Paiva;
- Vale do Bestança;
- Rios em destaque: 03;
- Rio Douro;
- Rio Paiva;
- Rio Bestança;
Património natural do Vale da Bestança- Cinfães
Associação para a Defesa do Vale do Bestança
Principal objetivo da associação é impedir a construção de mini-hídricas no Rio Bestança
"A Associação para a Defesa do Vale do Bestança, constituída em 1993, visa a divulgação e proteção do património do Vale do Bestança."3
"A Associação para a Defesa do Vale do Bestança, constituiu-se legalmente por escritura pública de 22 de Junho de 1993, com sede no lugar de Vila de Muros, da freguesia de Tendais. Tem como objeto social fomentar campanhas de sensibilização geral para a proteção, preservação e salvaguarda do rio Bestança e zona envolvente; inventariação de ecossistemas; inventariação das espécies piscícolas; classificação da fauna e flora circundantes ao rio; defesa do património; levantamento e recolha etnográfica.
Objetivo crucial da Associação: impedir a implantação de mini-hídricas ao longo do rio"4
Contactos da Associação para a Defesa do Vale do Bestança
- Morada: Associação para a Defesa do Vale do Bestança, Apartado 22, 4690 – Cinfães
- Telefones: 255 562 233 e 968 013 140
- Endereço eletrónico: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Vale da Bestança - Cinfães
Vale da Bestança várias espécies com especial interesse conservacionista
"O Vale Bestança apresenta, ao longo do seu curto trajeto, motivos de especial interesse conservacionista, que importa relevar. O rio nasce na serra de Montemuro, a uma altitude de cerca de 1230 metros de altitude, e depois de um trajeto de 13 km repleto de aventura ecológica, vai desaguar ao rio Douro, no lugar de Pias, a cerca de 50m de altitude.
A bacia hidrográfica é condicionada pelo clima húmido da barreira de condensação da serra de Montemuro, o que lhe permite ter água todo o ano. Esta maravilha, que se carateriza por um relevo granítico essencialmente acentuado, percorre todos os bio patamares (socalcos) com uma heterogeneidade definida pela particular orografia - o que condiciona indelevelmente os vários habitats e ecossistemas presentes ao longo do seu percurso.
Esta condição natural e altamente privilegiada, em que num tão reduzido espaço geográfico, se constata tal elevado índice de heterogeneidade, representa um verdadeiro caso de estudo que importa, acima de tudo, respeitar, preservar e conservar. Este é, sem dúvida, um laboratório vivo.
Cuidado. As comunidades que dependem exclusivamente deste meio, são particularmente sensíveis a processos degenerativos, quer ao nível das propriedades físico-químicas da envolvente, quer da própria constituição do habitat."7
Rio Bestança - Cinfães
Descrição do Rio Bestança
"O rio Bestança apresenta ao longo do seu curto trajeto, motivos de especial interesse conservacionista, que importa relevar. Nasce na serra de Montemuro, a uma altitude de cerca de 1230 metros de altitude, e depois de um trajeto de apenas 13 km - mas repleto de aventura ecológica, vai desaguar ao rio Douro, no lugar de Pias, a cerca de 50m de altitude.
Esta maravilha, que se carateriza por um relevo granítico essencialmente acentuado, percorre todos os bio-patamares (socalcos) com uma heterogeneidade definida pela particular orografia - o que condiciona indelevelmente os vários habitats e ecossistemas presentes ao longo do seu percurso.
Esta condição natural e altamente privilegiada, em que num tão reduzido espaço geográfico se constata tal elevado índice de heterogeneidade, representa um verdadeiro caso de estudo que importa, acima de tudo, respeitar, preservar e conservar. Este é, sem dúvida, um laboratório viva."5
Descrição técnica do Rio Bestança2
- Descrição: O rio Bestança nasce na Serra de Montemuro - Cinfães e desagua no rio Douro. Tem 13,5 Km de curso, numa extensão de luxuriante verdura e águas sempre cristalinas que o fazem um dos rios mais limpos da Europa.
- Nascente: Na Serra de Montemuro, junto às Portas de Montemuro, a uma altitude de 1229 m;
- Foz: Souto do Rio, a uma altitude de 110 m;
- Extensão: 13,5 KM;
- Direcção: Nascente/Foz: SSE/NNV;
- Principais afluentes:
- Margem esquerda: ribeiro de Barrondes, ribeiro de Enxidrô;
- Margem direita: Ribeiro de Alhões, ribeiros de Soutelo e Chã;
- Bacia hidrográfica: A bacia hidrográfica do rio Bestança está representada na Carta Militar de Portugal, escala 1: 25.000, folhas 136 e 146 dos Serviços Cartográficos do Exército, bem como na Carta Geológica de Portugal, escala 1:50.000, folha 14-A, dos Serviços Geológicos de Portugal;
- Povoamento do Vale do Bestança:
- Terço superior: Povoamento de montanha mais aglomerado e espaçado entre os núcleos;
- Terço médio e inferior: povoamento disperso apenas mais aglomerado junto das principais vias de comunicação e núcleos populacionais. A localização das casas dispersas não ultrapassa os 600 m de altitude, dominando a partir daí a floresta ou os terrenos onde a rocha aflora;
- Exploração agrícola: disposição dos campos em socalco e lameiros declivosos no terço superior (solos de origem granítica – rocha-mãe: granito);
- Economia do vale:
- Moinhos (em laboração ainda em Soutelo, Valverde, Pelisqueira, Pias, Cinco Rodas);
- Produtos agrícolas (milho, feijão, batata, vinho, castanha, mel);
- Flora:
- Na área de maior altitude predomina a vegetação subarbustiva ou herbácea; Castanheiro (Castanea sativa Miller): em Soutelo e Daixa; Carvalho (Quercus sp), nas faldas de Alhões, Pelisqueira; Pinheiro bravo (Pinus pinaster Aiton), Mourelos e Valverde;
- No leito do rio desenvolve-se o amieiro (Alnus glutinosa), freixo (fraxinus) e salgueiro (Salix sp);
- Dispersos pelo vale, também podemos encontrar Crataegus monoginea, Prunus sp;
- Fauna:
- Lontra, ginetes, gatos-bravos, raposa, javali, texugo, salamandra lusitânica, melro-de-água; alvéola, gaio, ujo, coruja, milhafre;
- Espécies piscícolas: truta, iró, boga;
- Geologia do leito do rio: Granito porfiróide de grão médio;
Fauna em destaque no percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
Lagarto de água (Lacerta schreiberi)
"O lagarto-de-água é uma espécie monotípica, endógena na Península Ibérica, há muito reconhecida como distinta das suas espécies-irmãs (lagartos verdes). Apresenta tamanho médio, com uma longa cauda (até duas vezes o corpo) e padrão variável, que vai do verde e amarelado, até castanho; e esbranquiçado ou azul na zona da garganta." durante a reprodução.
O habitat natural inclui florestas temperadas ou subtropicais, com vegetação abusiva e proximidade de linhas de água. É dependente da água. Pode camuflar-se ou até largar a cauda, quando ameaçado."7
Rã Ibérica (Rana ibérica)
"A rã ibérica é uma espécie frequente no norte-ocidental e central da Península Ibérica, principalmente em zonas de montanha. É um anfíbio normalmente encontrado em habitats sombrios tais como florestas de vegetação abundante/excessiva, e sempre perto de linhas de água ou pântanos.
É esbelta e de focinho pontiagudo, com olhos grandes e pele lisa com pequenos grânulos na região dorsal. Pode apresentar pequenas manchas negras. Desconhece-se a longevidade. A criação e desenvolvimento ocorrem, principalmente, em massas de água estagnada."7
Camila (Limenitis camilla)
"A Camila (white admiral) é uma espécie de inseto (borboleta) da floresta. Os adultos são inconfundíveis. Tem corpo (asa) escuro com bandas brancas que, além de uma inigualável beleza, lhe permitem camuflar perante o perigo dos predadores.
É fantástico admirá-la, especialmente a forma como desliza no ar, praticamente sem qualquer esforço. São vulgarmente apelidadas de planador. Tem origem na Inglaterra e alguns relatos no leste de Gales. Em Portugal, foi conhecida no Gerês e não era vista há mais de 30 anos. É observada no Vale do Bestança desde 2010."7
Flora em destaque no percurso pedestres PR2 - Rota do Vale
Carvalho (Quercus robur)
"O carvalho-alvarinho é uma árvore de grande porte, que pode atingir 40 m de altura e chegar até aos 1000 anos. É uma espécie proveniente da Eurásia, bem adaptada aos climas temperados húmidos, e com grande resistência ao frio. Desenvolve-se por terrenos frescos e ricos em nutrientes.
Tem tronco forte e geralmente direito, copa arredondada e extensa, e folha caduca - o que permite observar contrastes entre cada uma das estações do ano. Só tem flores em idade adulta (cerca de 100 anos). É frequentemente utilizada como sombra em parques e áreas de lazer."7
Praias fluviais e sítios de veraneio em destaque do Vale do Bestança2
- Poço do Morangueiro (Cinco Rodas);
- Pias (a montante e jusante da ponte de Pias);
- Poçoa das Aveleiras (Açoreira);
- Poço Negro;
- Poço das Mulheres (Covelas).
Património arquitetónico do Vale da Bestança- Cinfães2
- Património religioso:
- Igreja de Ferreiros de Tendais, com especial atenção para os altares barrocos e caixotões do tecto;
- Igreja de Santa Cristina de Tendais;
- Igreja matriz de Cinfães;
- Capela de São Pedro do Campo;
- Alminhas e cruzeiros:
- Muitas alminhas e cruzeiros dispersos ao longo dos caminhos;
- Destacamos o cruzeiro no adro fronteiro à capela de São Sebastião, em Mourelos, Tendais;
- Zonas arqueológicas:
- Castro do Monte das Coroas em Ferreiros e Castêlo de Tendais em Tendais (povoados da Idade do Ferro);
- Quinta da Chieira (vestígios da ocupação romana) em Cidadelhe;
- Aldeias com motivos de interesse:
- Alhões: (relevam no centro da aldeia os solhais, as alminhas incrustadas nas paredes do casario e a igreja de Alhões em cujo adro os habitantes negociavam com os maiorais a renda a pagar pelos rebanhos da Serra da Estrela na época da transumância);
- Bustelo: Nesta aldeia destaca-se a laje que funciona como eira comunitária e que deu o nome à aldeia; o casario é muito interessante também, assim como os caminhos medievos que levam ao Bestança e aos moinhos da Costa Limpa;
- Chã: Foi nesta aldeia que existiu a célebre torre de Chã edificada por Geraldo Geraldes o Sem Pavor e donde se avista o cerro do Monte Faião; interessante os castanheiros seculares à saída para norte da aldeia, no caminho para o Bestança, que dois homens mal abarcam;
- Boassas: Esta aldeia foi classificada em 1938 como a segunda aldeia mais portuguesa de Portugal. Interessante o casario apinhado da Arribada e a capela oitocentista onde sobressai no seu interior dois altares laterais e os caixotões do tecto que retratam a paixão de Cristo;
- Pias: A merecer vista também as aldeias de Pias (pelo seu casario em que relevam exemplares de arquitetura tradicional), Vila de Muros (de que destacamos a casticidade da aldeia e o bonito edifício da Escola Primária ” Andrade “);
- Outras aldeias com interesse: Vila Viçosa, Marcelim, Mourelos, Meridãos (com interessante cruzeiro do centenário) e Soutelo (do caminho que parte da aldeia para o Bestança alcança-se uma magnífica vista sobre o vale do Bestança e as leiras estratificadas da Granja que atestam com o rio);
Montanhas Mágicas - Rota da Água e da Pedra - Linha M - Montemuro
Descrição da Linha M - Montemuro
"Local de passagem milenar, as Portas do Montemuro são um ponto privilegiado para observação da morfologia e da paisagem da serra do Montemuro. A sul, com encostas declivosas, pode-se observar o vale do Paiva e avistar algumas das serras do centro de Portugal, como a serra da Estrela, o Caramulo e o maciço da Gralheira.
A norte destaca-se o espetacular vale de fratura do rio Bestança que nasce aqui perto, estendendo-se na paisagem até desaguar no Douro, bem como as serras do Gerês e Marão. Neste local encontra-se erigida a capela da Nossa Senhora do Amparo, construída em 1758, assinalando um lugar de culto de vários séculos."13
Mapa da Linha M - Montemuro
Créditos do mapa: Projeto Montanhas Mágicas - Rota da Água e da Pedra
Portas de Montemuro - Cinfães
"Conhecidas também por "muro", supõe-se que as muralhas das portas sejam vestígios de um povoado fortificado da Idade do Ferro (1200 a. C.), pertencente ao período da cultura castreja. Posteriormente foi utilizado na época romana e, mais tarde, pelas forças de D. Afonso Henriques nas batalhas da Reconquista."13
Elementos da fauna e flora em destaque
"As Portas do Montemuro situam-se na parte mais alta da serra, e apresentam características muito particulares devido às rigorosas condições atmosféricas aqui registadas.
Neste local, no meio de pedras e penedos das mais variadas formas, pode-se encontrar diversa flora peculiar e rara, como o narciso-das-astúrias, endemismo ibérico protegido que surge em serras do norte peninsular de maior altitude, e que aqui brota pontualmente em fissuras entre as rochas com maior humidade.
Também espécies endémicas florescem nesta paisagem, como a margarida-das-rochas, a caldoneira e o pólio-das-rochas. Relativamente à fauna, nestas duras condições podemos observar espécies como o sardão, a víbora-cornuda, o peneireiro ou o raro melro-das-rochas.
- Margarida-das-rochas;
- Peneireiro;
- Narciso-das-astúrias;
- Centáurea;
- Genciana;
- Pólio-das- Rochas"13
Pessoas no Percurso Pedestres PR2 - Rota do Vale
Maria Ferreira - Café Bustelo - Cinfães
No percurso pedestre PR2 – Rota do Vale em Bustelo, a maioria das aldeias não tem nenhum estabelecimento para poder tomar uma bebida ou comer algo. O único que encontramos foi o Café Bustelo, nesta aldeia, sendo necessário fazer apenas um pequeno desvio do trilho. No final pode regressar pelo mesmo caminho ou seguir pela estrada nacional até voltar a encontrar a continuação do percurso.
No local estivemos à conversa com Maria Ferreira, proprietária do mesmo desde 1986, que é gerido por ela com ajuda do marido e do filho. Os seus familiares estavam a trabalhar na agricultura e ela tomava conta da neta Maria Inês, com 3 anos de idade, que como é normal nestas idades não parava quieta e mostrava curiosidade pelos forasteiros. Esta família que também se dedicam à agricultura produzem batata, milho, feijão, hortaliça e criam também 20 ovelhas.
Pastora de gado bovino da raça arouquesa
Ao percorrermos o percurso pedestre PR2 – Rota do Vale, depois de sairmos de Bustelo, num caminho ladeado por pequenos muros de pedra, fomos ultrapassados por um mulher e seu cão, que muito apressados dirigiram-se para o monte onde ruminava gado de raça arouquesa, ovelhas e cabras.
A noite apressava-se a chegar e a mulher foi recolher o gado para passarem a noite nos redis. Nós sempre à procura da melhor foto sentamo-nos no alto do muro à espera da passagem da procissão animal.
Passados alguns momentos lá chegou o cortejo, aberto pelas vacas como deve ser e seguido pelo restante gado menor. As vacas exibiam vaidosamente colares de chocalhos e na passagem fizeram-nos olhinhos e mostraram a sua melhor focinheira para as fotos, no entanto uma delas pode não ter gostado da intromissão e olhou-nos de má cara.
Bonifácio Correia - Pastor de ovelhas de Alhões - Cinfães
Já estávamos a sair da aldeia de Bustelo quando vimos a passar à nossa frente no caminho, saindo das giestas, um casal de perdizes, que se caracterizam pela sua corrida sincronizada e cores garridas. O estranho foi os animais não se terem assustado em demasia com a nossa presença e até pararam para se deixarem ver melhor.
Foi neste momento que surgiu um pastor com o seu cão, que disse chamar-se Bonifácio Correia, com 76 anos de idade. O homem disse ser de Alhões e que o cão se chamava Max e tinha 3 anos. O animal veio da Suíça e foi um presente do filho para substituir um outro que tinha morrido. Em relação à mansidão das perdizes disse que eram descendentes de algumas domésticas que alguém largou no local.
O mesmo andava a pastorear as suas 15 cabras, 1 chibo e 20 ovelhas e 1 carneiro, disse que sempre trabalhou na pastorícia e agricultura. Este homem ainda combateu no ultramar e desde que regressou sempre viveu nesta terra. A sua vida foi pródiga e tem 9 filhos. Entretanto lá o deixamos porque o pôr-do-sol estava próximo e ele precisava levar os animais para o redil.
Animais no Percurso Pedestres PR2 - Rota do Vale
Encontro com um esquilo na floresta
Pelos caminhos do Percurso Pedestres PR2 - Rota do Vale, estivemos atentos à fauna e à flora. Devemos percorrer estes trilhos com os sentidos apurados, voltamos a relembrar que o objetivo não é chegar o mais rápido possível, mas viver o momento. Devemos olhar para ver e ouvir para escutar. Dizem os mestres que se nos abrirmos para a natureza ela abre-se para nós.
Nós estivemos atentos à beleza das flores, formas das árvores, marulhar das águas e curvas dos penedos. Vimos águias nos céus, à procura de presas na terra e pássaros pequenos nos campos à cata de insetos e sementes.
Contudo o nosso encontro mais feliz deu-se com um pequeno esquilo numa densa floresta. A técnica para encontrar e apreciar estes e outros animais é mal detectamos movimentos, imobilizamo-nos como estátuas e estudarmos o ambiente em redor, movendo os membros muito lentamente até identificarmos a fonte do ruído, por vezes nem fotos dá para tirar. Se as pessoas fizerem movimentos bruscos ou falarem, os animais fogem assustados. Por isso é importante a sua equipa no local saber parar ao mínimo ruído ou quando alertada, por isso devem de antemão combinar os sinais e as técnicas para o fazerem.
Este esquilo ao ouvir ruído escondeu-se na sombra da árvore e como nós também procurava movimento para detetar a possível ameaça e a origem do barulho. A dada altura cansado de esperar e convicto que não havia perigo decidiu continuar com a sua vida calmamente e pulou entre duas árvores mesmo à nossa frente permitindo que o acompanhássemos por muito tempo.
Gado caprino no percurso pedestre PR2 – Rota do Vale
Gado bovino da raça arouquesa no percurso pedestre PR2 – Rota do Vale
"A raça bovina Arouquesa define-se como uma raça local de montanha
A raça bovina Arouquesa define-se como uma raça local de montanha, uma vez que permanece praticamente circunscrita às encostas montanhosas entre os vales do Vouga ao Douro, região onde teve origem e onde continua a ser explorada pelos seus criadores. Dotada de uma elevada rusticidade, vive perfeitamente adaptada a um clima austero e aos poucos recursos dos solos pobres que caracterizam a montanha desta região.
A raça bovina Arouquesa produz carne grande qualidade
São animais com boa capacidade dinamófora, produzindo carne de invejável valor gastronómico. São fundamentais nos trabalhos agrícolas, pois reúnem à sua robustez física, a paciência e uma forte capacidade de tração. As suas excecionais qualidades maternais complementam-se pela capacidade de produzir leite de excelente qualidade.
Bovino Auroque poderá ser o antepassado do gado de raça arouquesa
O nome oficial da raça poderá estar ligado ao bovino Auroque, hoje extinto, embora alguns autores o relacionem à toponímia de Arouca. A raça no passado estava subdividida em vários ecótipos ligados à região onde eram explorados: Sulanos (S. Pedro do Sul), Paivotos (margens do Rio Paiva), Caramuleiros (Serra do Caramulo), Canaveses, (Marco de Canaveses e Baião), sendo ainda hoje utilizado por alguns criadores também a denominação de Serrano.
No fim do século XIX o solar da Raça Arouquesa, segundo a descrição de Silvestre Bernardo Lima (1919), "estende-se em toda a região da Beira que, partindo das alturas de Lamego e endireitando ao Caramulo, se compreende principalmente entre o Douro e o Vouga, fora da beira-mar". A sua influência atingia, a norte, do rio Ave às abas do Marão.
A sul, chegavam à Guarda e desciam pelo vale do Mondego até Coimbra, na parte ocidental deste distrito, entre o Mondego e o Zêzere. Daqui, dispersavam-se até à confluência com o Tejo, onde apareciam nalguns concelhos de Castelo Branco, Leiria e Santarém (Machado et al., 1981).
Origem geográfica onde existem mais gado da raça arouquesa
A região geográfica onde existe o maior número de bovinos da raça arouquesa são os concelhos de Cinfães, Castro Daire, S. Pedro do Sul, Arouca, Vale de Cambra, Resende e Castelo de Paiva a sul do rio Douro e Baião, Amarante e Marco de Canaveses a norte do mesmo rio.
No maneio do gado Arouquês, podem referir-se raros sistemas comunitários de pastoreio, pastoreio em baldios e ainda sistemas de estabulação permanente, estabulação invernal e semi-extensivo (apenas pernoitam no estábulo).
Na sua adaptabilidade e rusticidade, o animal desta raça, conforma-se com os parcos recursos forraginosos da região, aproveitando as ervas espontâneas que medram no monte frequentemente agreste onde aproveita alimentos grosseiros como seja os rebentos do tojo, carqueja, giesta, carvalho, etc."17
Avaliação e grau de dificuldade do Percurso Pedestres PR2 - Rota do Vale
Avaliação do Percurso Pedestres PR2 - Rota do Vale
O Percurso Pedestres PR2 - Rota do Vale é muito rico a nível do património natural e arquitetónico, onde se destacam o Vale e Rio da Bestança, Serra de Montemuro e Portas de Montemuro. O mesmo está bem assinalado, com marcas homologadas pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, sendo fácil de seguir as suas indicações, com exceção da parte superior na Serra de Montemuro, se fizer o mesmo no sentido Vila de Muros - Portas de Montemuro.
Neste ponto as marcas estão espalhadas pelos penedos e deverá prestar mais atenção para as encontrar. O mesmo só tem um maior grau de dificuldade devido à sua extensão, quase 19 km.
Grau de dificuldade do Percurso Pedestres PR2 - Rota do Vale
Nível de dificuldade: O grau de dificuldade é representado segundo 4 itens diferentes, sendo cada um deles avaliado numa escala de 1 a 5 (do mais fácil ao mais difícil);
- Nível de dificuldade: Moderado;
- Adversidade do meio: 1;
- Orientação: 2;
- Tipo de piso: 3;
- Esforço físico: 1;
Gastronomia e Vinhos de Cinfães
Gastronomia em destaque de Cinfães
Posta Arouquesa
A Posta Arouquesa é "um dos melhores sabores regionais. Assada em lume e pouco condimentada, serve-se com ervas aromáticas e molho. É uma experiência inesquecível."6
Arroz de Aba
O Arroz de Aba é feito com vitela arouquesa, sendo "um dos melhores exemplos da herança gastronómica local. Cozinhado a lume e vasto em vegetais, esta maravilha provoca uma infinidade de sensações."6
Doces de Manteiga (Matulos)
Os conhecidos doces de manteiga, Matulos são "Bolos macios e delicados, de teor adocicado, são uma das maiores tradições desta região. A melhor opção para o melhor final em cada refeição."6
Vinho em destaque de Cinfães
Vinho Verde de Cinfães
O vinho verde é "exclusivamente produzido na região demarcada dos vinhos verdes, sai das melhores castas da região, preservando uma tipicidade de aromas e sabores diferenciados a nível mundial."6
Contactos úteis de Cinfães
- SOS: Telefone 112
- Floresta: Telefone 117
- Câmara Municipal de Cinfães Telefones: 255 560 560 - Email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. - Web: www.cm-cinfaes.pt
- Centro de Saúde de Cinfães - Telefone: 255 561 275
- GNR Cinfães Telefone: 255 560 070
- Bombeiros Voluntários de Cinfães - Telefone: 255 561 567
- Loja Interativa de Turismo. Telefone: 255 561 051
- Centro de Interpretação do Vale do Bestança - Pias: 255 560 560
- Onde comer em Cinfães: Restaurantes em Cinfães
- Onde dormir em Cinfães: Alojamento em Cinfães
Caminhe no distrito de Aveiro e pedale de bicicleta pelo norte de Portugal
O distrito de Aveiro tem dezenas de caminhadas e percursos pedestres muito bonitos, na serra, junto do mar, ria e rios, que pode aproveitar para os conhecer. No norte de Portugal há muitas ciclovias, ecovias e ecopistas que se pode percorrer, a caminhar ou de bicicleta, muitas delas por antigas linhas ferroviárias, agora convertidas em pista para as pessoas passearem.
Créditos e Fontes pesquisadas
Texto: Ondas da Serra, com exceção do que está em itálico e devidamente referenciado.
Fotos: Ondas da Serra, com exceção das que estão referenciadas
1 - https://turismo.cm-cinfaes.pt/viver/caminhadas/item/92-pr2-rota-do-vale
2 - http://www.bestanca.com/
3 - O Rio Bestança | Associação para a Defesa do Vale do Bestança
4 - A Associação para a Defesa do Vale do Bestança
5 - Painel informativo do Percurso Pedestres PR2 - Rota do Vale colocado no início do trilho na Vila de Muros/Praça das Nespereira - Cinfães, da responsabilidade do Município de Cinfães
6 - Brochuras informativas sobre Cinfães, disponíveis no site munícipal do turismo de Cinfães: https://turismo.cm-cinfaes.pt/
7 - Painel informativo colocado no começo do Percurso Pedestres PR2 - Rota do Vale , na Vila de Muros, Largo do Nogueira;
8 - Bustelo da Lage
9 - Serra de Montemuro - Turismo Centro Portugal
10 - Património - Ruínas da Muralha das Portas de Montemuro
11 - Freguesia de Tendais
12 - A Ponte de Soutelo, em Tendais. – História de Cinfães
13 - Painéis informativos colocados nas Portas de Montemuro pelo projeto Montanhas Mágicas - Rota da Água e da Pedra - Linha M - Montemuro
14 - Foto das ruínas das muralhas das Portas de Montemuro: https://www.visitviseudaolafoes.pt/wp-content/uploads/2020/07/muralha.jpg
15 - Igreja Matriz de Bustelo - cm-cinfaes.pt
16 - https://turismo.cm-cinfaes.pt/bustelo-da-lage
17 - https://www.dgav.pt/wp-content/uploads/2021/01/Folheto-Bovinos_Arouquesa-FINAL.pdf
18 - Capela das Portas de Montemuro - cm-cinfaes.pt