Ecopista Póvoa do Varzim-Famalicão novo desafio aliciante Grupo de ciclistas na ecopista Póvoa do Varzim - Vila Nova de Famalicão Ondas da Serra

Ecopista Póvoa do Varzim-Famalicão novo desafio aliciante

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No dia 10 de julho de 2021, o ramal ferroviário que liga Póvoa do Varzim a Vila Nova de Famalicão voltou a expelir fuligem e a resfolgar de vapor, não das antigas locomotivas, mas da nova vida que ganhou. Encerrado ao tráfego em 1995, regressou da reforma para se ver transfigurado numa atrativa ecopista, por onde passam graúdos e miúdos, a caminhar ou a correr, montados em bicicleta de todos os tamanhos e feitios, empurrando carrinhos de bebé, uns mais lentos outros mais rápidos, mas todos cheios de vida e com vontade de ver as bonitas vistas sem comprarem bilhete.

Inauguração da Ecopista de Póvoa do Varzim – Vila Nova de Famalicão 

Ciclista na ecopista Póvoa do Varzim - Vila Nova de Famalicão

Esta obra foi inaugurada por Aires Pereira e Paulo Cunha, presidentes das Câmaras da Póvoa de Varzim e Famalicão, na fronteira entre os dois concelhos, entre as freguesias de Balasar e Gondifelos. A ecopista tem uma extensão de 27 quilómetros, possuindo separação para a circulação de ciclistas e peões.

Ecopista Póvoa do Varzim-Famalicão a ligar serra ao litoral

O Ondas da Serra cedo teve conhecimento desta nobre iniciativa e como somos amantes do Minho, não demoramos para a ir conhecer. O dia que escolhemos foi o domingo do dia 26 de julho 2021. O dia amanheceu tristonha em Ovar, lá fora morrinhava, a prudência dizia que não devíamos sair de casa, a meteorologia para a Póvoa do Varzim não dava chuva, arriscamos e tivemos sorte.  

Monumento ao escritor romancista Eça de Queiróz

Antes de começar o percurso ainda fomos ver o bonito edifício dos Paços do Concelho e como amantes da literatura e dos nossos mestres prestar homenagem junto da estátua do grande romancista Eça de Queiroz, cujos livros tantos dias nos acompanharam nesta jornada da vida e ainda restam alguns para devorar até a vista alumiar, “Jacinto esmurrava o joelho:  - 'Mas pôr que pára este infame comboio? Não há tráfico, não há gente! Ó esta Espanha!...' A sineta badalava, moribunda. De novo fendíamos a noite e a borrasca.” QUEIROZ, Eça de, A Cidade e as Serras, Lisboa, Livros do Brasil.

Eram cerca de 10h00 quando começamos a fazer o percurso e podemos dizer que de todas as ecopistas que já percorremos esta apesar do tempo fechado foi a mais movimentada e enérgica. O seu percurso em contacto com a natureza, passa por meio de aldeias e onde o ar marítimo vai dando lugar ao serrano. No Minho nesta época do ano os campos estão cobertos de milheirais, que bailam junto da pista aos acordes do vento como arraial de verão.

Ecopista Póvoa do Varzim - Vila Nova de Famalicão - Quinta na berma da pista

Nas bermas vão surgindo todo o tipo de culturas, em hortas bem cuidadas, onde se podem encontrar cebolas, couves, alfaces, viveiros de morangos ou cabaças espalhadas pela terra ou em equilíbrio precário nos muros. Nos improvisados galinheiros os galináceos paravam de esgravatar e penicar o chão e olhavam-nos com alguma desconfiança. Neste jardim zoológico até vimos uma porca preta com os seus bácoros a revolverem a terra com a focinheira.

O gosto por estes pormenores depende de cada um, no nosso caso gostamos muito dum jardim de dálias, que eram muito usadas na nossa infância por serem de fácil criação, mas que agora estão esquecidas por serem efémeras.

Instalação artística de alunos do Agrupamento de Escolas de Gondifelos

Instalação artística de alunos do Agrupamento de Escolas de Gondifelos

Junto a uma pequeno túnel uma instalação artística, pensamos nós de alunos do Agrupamento de Escolas de Gondifelos, destaca a poluição dos mares pelo plástico e que relembra a importância dos meios de transporte não poluentes, colocado num local indicado para transmitir esta mensagem de esperança, para a redução dos combustíveis fósseis e gases que contribuem para o aquecimento global.

Quando chegamos a Famalicão uma pequena parte da ecopista ainda se encontra por fazer, a que vai em direção à estação de comboios. Por esta razão a sua entrada está um pouco escondida na Rua Daniel Rodrigues, junto ao n. 301.

Fomos almoçar à cidade e verificamos que a proximidade das eleições provoca em todas as autarquias um fervor construtor, que neste caso particular transformou todo o centro num autêntico estaleiro, com várias obras em simultâneo.

Passamos junto da estação da CP de Vila Nova de Famalicão e ficamos impressionados com o antigo edifício da fábrica desativada de relógios "A Boa Reguladora", onde se destaca naturalmente o relógio, que não foi disso notificado e que intrépido continua a laborar, resistindo ainda e sempre ao tempo, teimando em lhe trocar as horas.

Ciclopista da Póvoa do Varzim - Ecopista Ramal de Famalicão

A ecopista da Póvoa de Varzim – Famalicão tem 18 km, em Balazar une-se ao percurso de Vila Nova de Famalicão, que tem 10 Km, numa extensão total perto de 27/28 Km, sendo caracterizado pela sua pouca inclinação.  

Vídeo da Ecopista Póvoa do Varzim – Vila Nova de Famalicão

Descrição da Via Ciclo Pedonal Póvoa do Varzim – Vila Nova de Famalicão

A Ciclo pedonal Póvoa-Famalicão é uma via dedicada à mobilidade pedonal e ciclável. Esta via envolve as paisagens naturais de entre o Douro e Minho. Esta infraestrutura interliga-se com as redes pedonais e cicláveis de ambas as cidades da Póvoa e Famalicão, sendo resultado de um projeto intermunicipal desenvolvido pelas duas autarquias.

Os 27 quilómetros são percorridos em medida em 2h20 pelos ciclistas e 7h00 a caminhar. Nesta ecopista é permitido circular a pé ou de bicicleta, sendo o transito proibido a veículos automóveis, motociclos e de tração animal.

Família Enes na ecopista composta por um casal com três filhos

Família Enes na ecopista composta por um casal com três filhos

Nos ficamos muito felizes por encontrar inúmeras famílias a percorrer a ecopista, com rostos abertos e descontraídos, onde os pais esperavam pelos filhos e se fossem de bicicleta os pequeninos iam atrás na cadeirinha sempre atentos aos acontecimentos.

Interrompemos um pouco o passeio dos cinco desportistas da família Enes de Braga, começamos pela menina Mariana Enes, com 9 anos, que nos disse “Estou aqui para fazer exercício físico e treinar um bocadinho para depois ser melhor”, o irmão João Enes, com 12 anos, disse-nos “Gosto de andar de bicicleta e estou aqui para treinar e ajudar nas aulas de educação física para não serem tão difíceis”, a mãe dos meninos Márcia Enes, “Volta e meia costumamos fazer algumas ecopistas, com o objetivo de conhecer novos percursos, contacto com a natureza, relaxar, fazer bem à saúde e estarmos em forma.”

Atento aos acontecimentos estava um menino mais pequenino, transportado pelo pai na cadeirinha, com o seu capacete vermelho, que atento nem nos deixou fazer as perguntas e disparou logo, Lourenço Enes, três anos”, provocando o riso geral.

André Soares Enes o homem da família, “Tenho por hábito fazer ciclovias, porque é um circuito ao ar livre, nesta fase de pandemia são uma mais valia para podermos respirar o ar puro das ecovias e estarmos mais espaçados entre utilizadores. De facto, é para nós uma experiencia muito enriquecedora no sentido que conhecemos as terras, vemos outras paisagens e como eu gosto muito de fotografia faço muitas pelo percurso e até às vezes coloco-as no facebook que têm bastante adesão, porque depois as pessoas acabam por as ver e quererem ir também fazer os percursos e tem sido muito positivo. Nós não conhecíamos esta ecopista de Famalicão, quando anunciaram no jornal a abertura do percurso inteiro até à Póvoa do Varzim, decidimos vir hoje experimentá-la. Agora vamos até Famalicão e noutra altura fazemos outras etapas por causa dos miúdos não terem tanta resistência, então fazemos por etapas que é ainda mais engraçado.”

Família Sousa na ecopista composta por um casal com um filho

Família Sousa na ecopista composta por um casal com um filho

A família Sousa, de Novais – Vila Nova de Famalicão, também estavam a fazer esta ecopista de bicicleta, começamos pelo Rafael Sousa, com 9 anos de idade, que disse gostar de andar de bicicleta, a mãe Juliana Sousa, disse-nos, “Estamos a praticar mais exercício ultimamente, mas não é habitual” e Vítor Sousa rematou a conversa, “O pai também gosta de andar de bicicleta e estava ansioso por isso. Como a esposa e o filho anda não a tinham feito vim com eles para fazerem uns quilometrositos até Gondifelos. Se não pode ser muito para ele (filho)”

História do ramal ferroviário Póvoa do Varzim – Vila Nova de Famalicão

O Ramal de Famalicão (entre a Póvoa de Varzim e Vila Nova de Famalicão) fazia parte da Linha da Póvoa, que ligava a cidade do Porto à Póvoa de Varzim. Inaugurada em finais do Século XIX, chegou primeiro à cidade balnear da Póvoa de Varzim. Posteriormente, fez a ligação a Fontainhas - em Balazar, e, em 1881, chegou finalmente a Famalicão. No último dia do ano de 1995 foi desativada toda a circulação, neste Ramal, tanto de mercadorias como de passageiros.

No seguimento desta nova realidade, a Refer e as Autarquias envolvidas, Vila Nova de Famalicão e Póvoa de Varzim celebraram um protocolo com vista à recuperação da antiga linha ferroviária e consequente reconversão em espaço de lazer e desporto.

Então, a Autarquia Famalicense deitou mãos à obra e recuperou todo o trajeto que era percorrido pelo comboio em território concelhio. Assim nasceu, em meados de 2007, o primeiro Percurso da Ecopista do Ramal de Famalicão, entre a cidade de Vila Nova de Famalicão e os limites do concelho, na freguesia de Gondifelos.

Em janeiro de 2012 foi a vez da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim dar início às obras de requalificação do Percurso concelhio, com inauguração nesse mesmo ano de um curto trajeto, com cerca de 1257 metros, entre Gondifelos (V. N. de Famalicão) e Balasar (P. de Varzim). Poucos meses depois, a Autarquia requalificou, também, cerca de 9 quilómetros de Ecopista entre a cidade balnear e a antiga Estação CP de Laúndos, através do balizamento do trajeto e respetiva sinalização rodoviária.

Mais recentemente, em 6 de fevereiro de 2019, o Município Poveiro retomou os trabalhos de construção do restante trajeto, fazendo a ligação da Estação do Metro da Póvoa de Varzim à Freguesia de Balasar e ao Concelho vizinho e respetivo Percurso de Vila Nova de Famalicão. A Autarquia prevê a sua inauguração para abril de 2020.

Deste modo, temos uma Ecopista, contínua, a ligar a serra e o interior rural - Vila Nova de Famalicão, ao litoral e às praias atlânticas - Póvoa de Varzim, numa extensão total de mais de 28 quilómetros. Fonte: ciclovia.pt

Os antigos apeadeiros do ramal ferroviário

Ecopista Póvoa do Varzim - Vila Nova de Famalicão, antigo apeadeiro de Balazar

Esta ecopista passa pelos antigos apeadeiros do ramal ferroviário: Póvoa do Varzim, Amorim, Terroso, Laúndos, São Pedro de Rates, Balasar, Gondifelos, Cavalões, Outiz, Louro e Vila Nova de Famalicão. Algumas destas antigas estruturas estão em ruínas, mas há planos das autarquias para reabilitarem alguns deles. Poderia ser uma mais valia pensarem colocar algum painel informativo sobre a história destas terras e respetivos apeadeiros.

Características duma ecopista

As Ecopistas - designação adotada, em Portugal, pela Refer para identificar a requalificação de Canais Ferroviários desativados - são caracterizadas por se tratar de uma infraestrutura praticamente ininterrupta, fácil, segura e agradável de percorrer e cujo traçado é facilmente reconhecido pelas suas características físicas e pelo modo como se inserem na paisagem. Fonte: Refer

Dados técnicos da ecopista

Ecopista Póvoa do Varzim - Vila Nova de Famalicão - Atleta a praticar atletismo

A ecopista tem iluminação pública em toda a sua extensão, está pavimentada com asfalto e pintura a distinguir os espaços para peões e bicicletas, e conta com sinalética vertical e horizontal. Tem uma largura de 3,30 metros e uma extensão de 27 Km. A mesma tem duas faixas, sendo a menor para peões e a mais larga para bicicletas. Em toda a sua extensão existem marcações laterais com os quilómetros percorridos. Nos cruzamentos com vias rodoviárias existe sinalização horizontal com a tradicional bicicleta pintada a branco no asfalto. Tenha muita atenção ao atravessar estas estradas, que em muitos casos são muitos movimentadas e onde tem o sinal de STOP para parar. Nesta ecopista é proibido o tráfego de veículos automóveis, motociclos e de tração animal.

Os pontos de interesse que destacamos

Pela ecopista vão surgindo placas informativas sobre os pontos de interesse da região, alguns fomos ver de perto, outros ficaram para uma nova visita. Para os nossos leitores que pretendam planear a visita, a seguir enumeramos os pontos de interesse que pode visitar e a menor distância que os separa da ecopista.

Amorim

Antiga Igreja Matriz de São Tiago – Amorim (250 m)

Antiga Igreja Matriz de São Tiago – Amorim

Antiga igreja paroquial. Igreja maneirista datada de 1595, com planta de três naves e decoração interior de talha neoclássica. Templo simples, apresenta um bom trabalho de granito e um conjunto de pormenores que prendem a atenção. É do ano de 1995 a última intervenção no templo e arranjo da zona envolvente. Vários indícios remetem-nos para um templo românico pré-existente como alguns dos cachorros integrados na estrutura da atual igreja e o capitel ricamente decorado que, no início do século XX, daqui foi levado para o Museu Soares dos Reis, no Porto. Amorim orgulha-se de ainda possui esta sua antiga igreja paroquial, caso raro em Portugal e que funcionou até 1922. Fonte: CM Póvoa do Varzim

Nova Igreja de São Tiago – Amorim (150 m)

Nova Igreja de São Tiago – Amorim

Em 1922, foi inaugurada a nova igreja paroquial, projetada pelo arquiteto Arnaldo Redondo Adães Bermudes, um monumental edifício de avultadas proporções e traça arquitetónica ao gosto romântico, eclético e revivalista da primeira metade do século, construído à custa de uma família de ricos brasileiros “Os Bonitos de Amorim”. Descendentes de emigrantes portugueses no Brasil, desde o início do século XIX, os Bonitos de Amorim rapidamente se tornaram notáveis face à riqueza conseguida através da cultura e comercialização da cana de açúcar. Todavia, não foi só a riqueza que notabilizou esta família. Foi, acima de tudo, a sua benemerência. A esta família se deve a construção da nova Igreja Paroquial, ou igreja nova como é popularmente conhecida. Fonte: weebly.com

Capela de S. António de Cadilhe (400 m)

Laúdos

Monte de São Félix

Monte de São Félix

A dada altura do percurso elevou-se nos céus o Monte de São Félix, com a suas escadarias para o santuário da Srª da Saúde. Não podemos ir visitar este local porque fica um pouco distante da ecopista, mas que merece uma visita separada numa próxima oportunidade.

Este é o ponto mais elevado da serra de Rates, com 202 m de altitude. Ponto panorâmico privilegiado, daqui pode-se observar toda a região e notar a sua diversidade marítima, campesina e urbana, sendo também facilmente percetível a transição entre a planície litoral e a ondulada região interior. Apesar de já não cumprirem a sua missão original, encontram-se ainda aqui alguns moinhos tradicionais, para além da capela dedicada ao eremita São Félix e uma unidade hoteleira com o mesmo nome. No Monte de São Félix nasce o Rio Alto, que desagua na freguesia da Estela, precisamente na Praia do Rio Alto. Fonte: cm-pvarzim.pt

Srª da Saúde e Monte de São Félix (2 Km)

Nos finais da 2.ª Guerra a Ação Católica teve momentos altos da sua vivência cristã junto do mundo operário e do agrícola. Um sacerdote, poveiro de coração, promoveu uma peregrinação da Póvoa até Laúndos, iniciando-se assim o culto ao Santuário. Entre o espólio encontrado (1907) no local do antigo castro, existe um par de arrecadas em ouro no Museu de Póvoa. A romaria à Senhora da Saúde é no 1.º Domingo de Agosto e a romaria a São Félix é no 1.º Domingo de Setembro. Fonte: cm-pvarzim.pt

Rates

Um momento importante para nós foi a chegada a Rates, por onde passamos em 2020, quando fizemos o Caminho da Costa para Santiago de Compostela, por esta razão tivemos que fazer uma paragem junto da Igreja de São Pedro de Rates.

Leia também: Partindo do Porto com fé a Caminho de Santiago pela Costa

Igreja de S. Pedro de Rates (75 m)

Igreja de S. Pedro de Rates

Templo monástico, documentado já no séc. XI, foi doado em 1100 pelos Condes D. Henriques e D. Teresa à ordem de Cluny. Está assente sobre uma igreja pré-existente descoberta nas escavações realizadas em 1997/1998, em local com presença de ocupações anteriores. É uma construção característica do românico, de planta composta, de cruz latina, de três naves. Toda a igreja é profundamente decorada com figuras antropomórficas, destacando-se a dos portais e a dos arcos interiores de separação das naves. Fonte: CM da Póvoa do Varzim.

Pela manhã quando visitamos este templo estava a decorrer a missa, quando voltávamos à tarde já estáva serena e podemos fazer as nossas orações como crentes que somos.

Centro histórico de Rates (100 m)

Centro histórico de Rates

O Centro histórico de Rates foi requalificado, é muito bonito e merece ser visitado.

Fontanário de São Pedro (250 m)

Balasar

Túmulo de Alexandrina (1.3 Km)

Os restos mortais da Beata Alexandrina guardam-se na Igreja Paroquial de Balasar

Gondifelos

Edificado de Interesse (640 m), Castro de Penices (990 m), Ponte da Gravateira (530 m), Parque de Lazer (560 m)

Igreja de Gondifelos

Igreja de Gondifelos

Louro

Ecovia da Formiga, Parque da Formiga (1.2 Km), Santo do Monte (600 m)

Cavalões

Capela de São Gonçalo (700 m), Ponte S. Veríssimo (730 m)

Ecopista município da Póvoa do Varzim

Cicilistas na Ecopista município de Póvoa do Varzim

Início/Fim:

Começa muito próximo da Estação do Metro da Póvoa de Varzim. No entroncamento das Ruas António Leite Dourado, do Salvador, António Gonçalves Linhares e Flávio Gonçalves.

Caracterização do Percurso:

Passa por diversas localidades do concelho Poveiro, nomeadamente, a freguesia de Laúndos onde se situa o Monte de S. Félix. Realce, também, para a Vila de S. Pedro de Rates, caracterizada pela sua Igreja Românica. Esta Vila é também ponto de passagem do Caminho de Santiago Português, onde se localiza o primeiro Albergue de Peregrinos de Portugal.

Fim/Início:

Termina em Balasar, entre a Rua Nossa Senhora dos Caminhos (Póvoa de Varzim) e a Rua dos Fiães (Vila Nova de Famalicão).

Extensão:

17.946 metros.

Infraestruturas de apoio:

A Autarquia Poveira decidiu recuperar dois dos antigos edifícios do património ferroviário, o da Estação de Rates e o da Estação das Fontainhas que vão ser aproveitados para apoio aos utilizadores da Ecopista.

Divisão entre concelhos:

Em Balasar une-se ao Percurso de Vila Nova de Famalicão. Fonte: ciclovia.pt

Ecopista município de Vila Nova de Famalicão

Cicilistas na Ecopista município de Vila Nova de Famalicão

Início/Fim:

Começa em Vila Nova de Famalicão, no lado Norte da Rua Daniel Rodrigues.

Fim/Início:

Termina em Gondifelos, entre a Rua de Fiães, no Lugar de Fiães (Vila Nova de Famalicão) e, a Rua Nossa Senhora dos Caminhos, em Balasar (Póvoa de Varzim).

Extensão:

10.148 metros.

Caracterização do Percurso:

O Percurso de Famalicão desenvolve-se ao longo de zonas rurais e florestais. Por entre aldeias típicas e quintas vinícolas, o Percurso oferece um excelente meio para se desfrutar da Natureza característica da Região do Verde Minho e, para a prática desportiva e de lazer, num ambiente de grande beleza e tranquilidade.

Divisão entre concelhos:

Em Gondifelos une-se ao Percurso da Póvoa de Varzim, em direção ao Atlântico. Fonte: ciclovia.pt

Avaliação da ecopista

Paisagem dum campo de milho junto à Ecopista Póvoa do Varzim - Vila Nova de Famalicão

A nossa avaliação desta ecopista é muito positiva e que recomendamos vivamente, pela sua distância equilibrada, pouca inclinação, curvas suaves, grandes retas e a conjugação harmoniosa das paisagens naturais, agrícolas e transformadas pelo homem. Há muito património para visitar e aldeias para conhecer, que não se esgota numa visita.

Pelo caminho encontramos ruínas dos antigos apeadeiros, entendemos que não se pode fazer tudo ao mesmo tempo, mas fica aqui o apontamento, Fontainhas, Gondifelos e Outiz. Em relação aos ciclistas compreendemos que queiram treinar, mas alguns nesse domingo não se incomodaram muito com a grande afluência de pessoas a caminhar e continuaram com a sua prova contrarrelógio.

Proposta de conjugação de dois percurso

Para aqueles ciclistas de BTT que gostam de desafios nos propomos um percurso com cerca de 70 quilómetros. A nossa proposta é utilizarem o comboio da linha do Norte, saírem no apeadeiro de General Torres – Vila Nova de Gaia e fazerem a costa até à Povoa do Varzim, conforme nos já fizemos. Nessa viajem fomos só até Vila do Conde, mas a Póvoa fica logo a seguir a poucos quilómetros, depois é só procurar a estação de Metro para fazerem esta ecopista até Famalicão. No final podem sempre regressar ao Porto de comboio.

Leia também: Parta de bicicleta do Porto à descoberta de Vila do Conde

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Ondas da Serra

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