Pode ler esta reportagem na totalidade ou clicar no título abaixo inserido para um assunto específico:
- Rio Paiva um dos menos poluídos da Europa
- Ambiente fauna e flora do Rio Paiva
- Preservação e biodiversidade do Rio Paiva
- Vegetação nas margens do Rio Paiva
- Qualidade da água do Rio Paiva
- Características da fauna e flora do Rio Paiva
- Tipo da vegetação no Rio Paiva
- Tipo e Estado da vegetação ripícola do Rio Paiva
- Diversidade florística do Rio Paiva com proteção europeia
- Percurso final do Rio Paiva com aumento do eucaliptal
- Fritilária-dos-lameiros com proteção europeia
- Libélulas indicadoras da qualidade da água no Rio Paiva
- Répteis no Rio Paiva
- Aves e Peixes no Rio Paiva
- Mamíferos no Rio Paiva
- Espécies do Rio Paiva com proteção europeia
- Espécies piscícolas endémicas do Rio Paiva
- Espécies ex-líbris do rio Paiva, lontra e toupeira-de-água
- Matas em destaque no Rio Paiva
- Ameaças ambientais do Rio Paiva
- Rios que desaguam no Rio Paiva
- Passadiços do Paiva e Ponte 516 Suspensa - Arouca
- Praias fluviais e zonas de recreio e lazer do Rio Paiva em destaque
- Aldeias em destaque junto ao Rio Paiva
- Pontes em destaque do Rio Paiva
- Desportos náuticos no Rio Paiva
- Percursos pedestres em destaque no Rio Paiva
- Poluição no Rio Paiva
- Galeria de fotos do Rio Paiva
Rio Paiva um dos menos poluídos da Europa
Caracterização do Rio Paiva
"O rio Paiva, típico de montanha, de leito pedregoso e recurvado, nasce na Serra de Leomil e corre mais ou menos paralelo ao Douro, mas separado dele pelo maciço do Montemuro e as suas serras vizinhas. Quando este relevo se esbate, o Paiva inflete para Norte para se juntar ao Douro junto a Castelo de Paiva. As suas águas são das menos poluídas da Europa e as suas margens estão, em alguns locais, cobertas de uma vegetação rica e pouco degradada. Apresenta uma fauna muito rica e variada, destacando-se a presença de espécies com medidas de proteção e conservação a nível europeu.
Este rio é muito procurado pelos apreciadores de desportos como o Rafting e o Kayaking. Em alguns locais, as suas margens formam praias fluviais, como por exemplo, a de Folgosa, em Castro Daire."11
Localização do Rio Paiva
"O rio Paiva, considerado um dos rios menos poluídos da Europa, situa-se no centro-norte de Portugal, tem habitats naturais e semi-naturais e está incluído em território da Rede Natura 2000, correspondendo ao Sítio de Interesse Comunitário (SIC) Rio Paiva.
Nasce no planalto da Nave, na Serra de Leomil, concretamente na aldeia de Carapito, freguesia de Pêra Velha, do concelho de Moimenta da Beira, a cerca de 500 m de altitude. Deságua no concelho aveirense de Castelo de Paiva, na margem esquerda do rio Douro, no lugar de Castelo, local assinalado pela famosa “Ilha dos Amores” ou “ilha do Castelo”, a única que existe ao longo do troço nacional do rio Douro. Abrange, ainda que parcialmente, os concelhos de Arouca, Castelo de Paiva, Castro Daire, Cinfães, Moimenta de Beira, São Pedro do Sul, Sátão, Sernancelhe, Vila Nova de Paiva e Viseu."11
Mapa do Rio Paiva10
Percurso do Rio Paiva
O seu percurso de água corre num vale com vertentes de declive suave, prevalecendo os matos, campos agrícolas e prados. Assim, no troço médio, o rio encaixa-se com matos e manchas de pinheiro, enquanto que nas margens revezam troços rochosos com afloramentos, bancos de pedras e troços com margens de terra, exibindo uma vegetação ripícola bem conservada e desenvolvida.
Características do vale do Rio Paiva
O vale do Rio Paiva divide-se em duas partes. A Região do Alto Paiva (de Moimenta da Beira a Vila Nova de Paiva) distingue-se pelo planalto formado por bosques de carvalhos e castanheiros. A partir do Baixo Paiva (entre Castro Daire até à foz), o rio ganha força e aparecem os famosos rápidos por uma zona montanhosa e de grandes desfiladeiros que o tornam inacessível em grande parte do percurso.
Bacia hidrográfica do Rio Paiva
"O rio Paiva, com uma bacia hidrográfica de 77 km2 correspondente a uma área de 14 562 ha, tem aproximadamente 110 km de extensão. Corre mais ou menos paralelo ao Douro, mas separado dele pelo maciço do Montemuro e suas serras vizinhas.
Por entre as serras de Leomil, da Lapa, do Montemuro e da Freita, atravessa granitos, xistos e quartzitos. De feição torrencial, os grandes caudais são atingidos nas épocas de maior pluviosidade e abastecidos pelos principais afluentes: Ardena, Covo, Frades, Mau, Paivô, Sonso, Teixeira, Tenente, Vidoeiro e Carvalhosa. Ao longo do rio Paiva e seus afluentes existem 128 moinhos cuja energia utilizada para o seu funcionamento é a água."11
Rio Paiva em Arouca
"Desníveis vários entre apertadas gargantas e rochedos fazem do Paiva uns dos melhores rios para a prática, nos meses de Inverno, de atividades de águas bravas, tais como, rafting, kayaking, hidrospeeding e canoagem. É considerado pelos especialistas como uma das melhores pistas de águas bravas a nível nacional e uma referência a nível internacional. Aqui decorrem o Paiva Fest e o FIAB - Festival Internacional de Águas Bravas.
No Verão, as suas águas cristalinas convidam a momentos de pura descontração nas zonas balneares do Areinho, Paradinha, Vau, Espiunca, Janarde e Meitriz. Ao longo do seu trilho é possível encontrar alguns geossítios de significativa relevância como:
- A Cascata das Aguieiras - queda de água da ribeira homónima que, após percorrer Alvarenga, cai vertiginosamente sobre as escarpas graníticas que ladeiam o rio Paiva;
- A Gola do Salto, local no leito do rio Paiva marcado por um desnível com cerca de quatro metros muito apreciado pelos praticantes de rafting, sendo a sua passagem classificada por estes últimos como de máxima dificuldade;
- A Garganta do Paiva, localizada junto à ponte de Alvarenga, que se encontra em sítio estratégico, de acordo com a geologia do rio, pois aqui o Paiva corre mais apertado devido à existência de uma rocha de elevada dureza."1
Ficha técnica do Rio Paiva11
- Nascente do Rio Paiva: O Rio Paiva nasce na Serra de Leomil, mas concretamente na aldeia de Carapito, freguesia de Pêra Velha, do concelho de Moimenta da Beira, a cerca de 500 m de altitude;
- Foz do Rio Paiva: O Rio Paiva tem a sua foz no Rio Douro, em Castelo de Paiva, em frente à Ilha dos Amores, a única que existe no troço nacional do Rio Douro e Praia Fluvial do Castelo;
- Concelhos por onde passa o Rio Paiva: 10;
- Abrange, ainda que parcialmente, os concelhos de Arouca, Castelo de Paiva, Castro Daire, Cinfães, Moimenta de Beira, São Pedro do Sul, Sátão, Sernancelhe, Vila Nova de Paiva e Viseu;
- Caracterização do percurso do Rio Paiva: O Rio Paiva corre mais ou menos paralelo ao Douro, mas separado dele pelo maciço do Montemuro e as suas serras vizinhas. Quando este relevo se esbate, o Paiva inflete para Norte para se juntar ao Douro junto a Castelo de Paiva;
- Tipo de rio: Rio típico de montanha, com leito pedregoso e recurvado;
- Bacia hidrográfica do Rio Paiva: 77 km2 correspondente a uma área de 14 562 ha;
- Extensão do Rio Paiva: O Rio Paiva tem aproximadamente 110 km de extensão;
- Estado das águas do Rio Paiva: As suas águas são das menos poluídas da Europa e as suas margens;
- Proteção do Rio Paiva:
- O Rio Paiva está classificado como Sítio de Interesse Comunitário da rede de áreas protegidas da União Europeia (Natura 2000);
- Estado da fauna e flora do Rio Paiva: O Rio Paiva em alguns locais, apresenta margens cobertas de uma vegetação rica e pouco degradada. Apresenta uma fauna muito rica e variada, destacando-se a presença de espécies com medidas de proteção e conservação a nível europeu;
- Prática de desportos náuticos no Rio Paiva: Este rio é muito procurado pelos apreciadores de desportos de aventura como o rafting, kayaking, hidrospeeding, canoagem e canyoning;
- Eventos desportivos: Paiva Fest e o FIAB - Festival Internacional de Águas Bravas;
- Pesca no Rio Paiva: Ainda é possível com as autorizações devidas a pesca da truta em certos locais do Rio Paiva;
- Praia fluviais em destaque no Rio Paiva;
- Praia Fluvial da Folgosa, em Castro Daire;
- Poço Negro - Aldeia de Sernadinha – Manhouce – São Pedro do Sul;
- Praia Fluvial de Meitriz - Arouca;
- Praia Fluvial da Paradinha - Arouca;
- Praia fluvial da Zona de recreio e lazer de Janarde - Arouca
- Praia fluvial do Areinho - Arouca;
- Praia fluvial da Zona de recreio e lazer do Vau - Canelas - Arouca
- Praia fluvial da Zona de recreio e lazer de Espiunca - Arouca
- Praia fluvial do Castelo - Foz do Rio Paiva no Rio Douro - Castelo de Paiva;
- Pontos de interesse em destaque junto ao Rio Paiva;
- Afluentes do Rio Paiva: 11 afluentes;
- Rio Ardena ou Ribeira da Noninha. Nasce na aldeia da Noninha - Alvarenga - Arouca;
- Rio Covô ou Rio Touro. Nasce na costa sul da Serra da Nave - Viseu;
- Rio de Frades. Nasce na Serra da Freita - Arouca;
- Rio Mau. Nasce na Serra da Cascalheira, em Pendilhe, no concelho de Vila Nova de Paiva;
- Rio Paivô ou Rio Covelo. Nasce na Serra da Arada;
- Rio Paivó. Nasce na Lameira do Padre a norte da aldeia de Relva;
- Rio Sonso. Nasce no lugar da Faifa, na Serra de Montemuro;
- Rio Teixeira. Nasce na Serra de Montemuro;
- Rio Tenente. Nasce no lugar de Sobreda, na Serra de Montemuro;
- Rio Vidoeiro ou Rio Pombeiro. Nasce na aldeia do Mezio, em plena Serra de Montemuro;
- Ribeira da Carvalhosa. Nasce no sítio dos Aguilhões da Carvalhosa, em plena Serra de Montemuro;
- Destaques da Flora:
- Mata do Bugalhão: Situada na encosta sul da serra de Montemuro, no vale da ribeira da Carvalhosa, nas proximidades da aldeia de Picão, no concelho de Castro Daire. Esta aldeia é um bom ponto de observação da Mata;
- Mata do Souto de Molgos: Situada a poente da Vila de Castro Daire, a cair sobre o Rio Paiva. Esta mata, entre a vila de Castro Daire e o “Poço de Molgos”, é atravessada pelo antigo caminho carreteiro que levava à “Quinta de S. Bento” e “Vale de Matos” e é considerada o pulmão verde da vila, de acordo com o professor e historiador Abílio Carvalho, nos seus vídeos sobre a Mata do Souto de Molgos;
- A diversidade florística é considerável e assinala-se a ocorrência de narcisos (Narcissus bulbocodium e Narcissus triandrus), gilbardeira (Ruscus aculeatus), rosmaninho (Lavandula pedunculata) e Anarrhinum longipedicellatum, espécies com medidas de proteção a nível europeu. O endemismo lusitano Anarrhinum longipedicellatum é um endemismo acidófilo (de solos derivados de rochas ácidas, sobretudo xistosas), que habita em fendas, plataformas terrosas, em escarpas rochosas e, ainda, em taludes, clareiras abertas pelo fogo e orlas de bosque;
- Destaques da Fauna:
- O Rio Paiva apresenta uma fauna muito rica e variada, destacando-se a presença de espécies com medidas de proteção e conservação a nível europeu, tais como a toupeira-de-água (Galemys pyrenaicus), a lontra (Lutra lutra), o lagarto-de-água (Lacerta schreiberi), a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica), a rã-ibérica (Rana iberica) e o tritão-marmorado (Triturus marmoratus);
- As duas espécies ex-líbris do rio Paiva são a lontra e a toupeira-de-água, mamífero incrível que sobreviveu a impressionantes alterações ambientais, ao longo de milhões de anos;
- De referir que algumas destas espécies só existem na Península Ibérica (borboleta nêspera-dos-lameiros, boga, bordalo, panjorca, verdernã, toupeira-de-água, salamandra lusitânica, lagarto-de-água…) e muitas delas estão ameaçadas, tornando esta uma área de elevada importância para a conservação, confirmada pela classificação do rio Paiva como Sítio de Interesse Comunitário da rede de áreas protegidas da União Europeia (Natura 2000);
- O Rio Paiva possui muitas espécies de borboletas, como é o caso da fritilária-dos-lameiros (Euphydrias aurinia), protegida pela legislação europeia;
- O Rio Paiva é habitat de cerca de 14 espécies de peixes;
- Merece ainda destaque a presença de algumas espécies piscícolas endémicas, como a boga (Chondrostoma polylepis) e uma das raras populações de mexilhão-do-rio (Margaritifera margaritifera) que tinha sido considerada extinta.
Ambiente fauna e flora d Rio Paiva
Preservação e biodiversidade do Rio Paiva
"O rio Paiva, os seus afluentes, as lagoas de altitude, as turfeiras e os charcos temporários são ecossistemas dinâmicos que suportam uma elevada diversidade de espécies. A biodiversidade está ameaçada e a diminuir em quase todo o planeta, pelo que áreas conhecidas de elevada diversidade biológica são, cada vez mais, consideradas preciosas.
Refúgio de biodiversidade, o Paiva proporciona água para consumo, irrigação e diluição de águas residuais, bem como oportunidades para desenvolver atividades relacionadas com a pesca, a observação da natureza, a reflexão, o turismo e o lazer. O homem deixou, ao longo do rio Paiva, vestígios que refletem a sua relação com o rio: levadas, moinhos, pisões, poldras, pontes, minas para peixes, barcos, muros e socalcos."11
A vegetação nas margens do Rio Paiva
"A vegetação ripícola existente ao longo do Rio Paiva são espécies como amieiros, salgueiros, borrazeira branca, borrazeira preta e freixo. Em relativo bom estado de conservação. Também, é frequente encontrar outra espécie, carvalho alvarinho fragmentados. As acácias e os eucaliptos também constituem uma ameaça.
Há muito tempo que é justo a fomentação de uma área protegida devido aos aspetos faunísticos, florísticos, geológicos, paisagísticos, arquitetónicos, etnográficos e recursos naturais.
O rio mas também a sua bacia agrega condições naturais de enorme qualidade bem como expressivos valores sócio-culturais."2
Numa das nossas caminhadas encontramos pegadas de um animal com crias nas margens do Rio Paiva em Arouca, poderá ler o artigo e as fotos que fizemos em 01-11-2016, no âmbito do trabalho "De Vila Cova a Espiunca".
Qualidade da água do Rio Paiva
"Em termos de qualidade da água, o rio Paiva é considerado um dos melhores da Europa, assumindo bastante importância para a conservação da fauna aquática e ribeirinha. Consideradas das águas mais límpidas e cristalinas, estas também constituem a melhor pista de águas bravas de Portugal desafiando, os mais aventureiros, a desportos de aventura como o rafting, o kayak (Covelo de Paiva) e a canoagem."11
Características da fauna e flora do Rio Paiva11
Tipo de vegetação no Rio Paiva
"De dimensão média, este curso de água percorre, no seu troço inicial, um planalto onde predominam os matos, campos agrícolas, prados e carvalhais, apresentando uma vegetação de carácter continental.
No seu troço médio, segue em vale encaixado com encostas revestidas por manchas plantadas de pinheiro e eucalipto, por matos e ainda por carvalhais e sobreirais. Em parte deste troço, a orientação do rio, as vertentes de declive elevado e a predominância de substrato xistoso determinam a existência de vegetação de carácter termo-mediterrânico.
Nas margens, as zonas rochosas de afloramentos e bancos de pedra alternam com zonas de terra, onde existe uma grande diversidade de espécies de fauna e flora.
Tipo e estado de vegetação ripícola do Rio Paiva
Apresenta uma vegetação ripícola, relativamente bem conservada, com bosques de amieiros (Alnus glutinosa), salgueiros (Salix atrocinerea), choupos (Populus nigra) e freixos (Fraxinus angustifolia) formando galeria, frequentemente ladeada por carvalhais de carvalho-alvarinho (Quercus robur) fragmentários.
Na sua sombra, e dependentes da humidade, proliferam musgos e fetos, entre os quais o feto-real (Osmundo regalis), o feto-fêmea (Athyrium filix-femina), o feto-macho (Dryopteris filix-mas) e o polipódio (Polypodium vulgare). Outras espécies vão acompanhando a galeria ripícola, tais como: o folhado (Viburnum tinus), a escrofulária (Scrophularia scorodonia), a gilbardeira (Ruscus aculeatus), o embude (Oenanthe crocata), o sanguinho (Frangula alnus), o raro hipericão-do gerês (Hypericum androsaoemum), as violetas (Viola spp.), tufos de ciperáceas (Carex spp. e Cyperus spp.) e numerosas trepadeiras (madressilva, norças e heras).
Diversidade florística do Rio Paiva com proteção europeia
A diversidade florística é considerável e assinala-se a ocorrência de narcisos (Narcissus bulbocodium e Narcissus triandrus), gilbardeira (Ruscus aculeatus), rosmaninho (Lavandula pedunculata) e Anarrhinum longipedicellatum, espécies com medidas de proteção a nível europeu. O endemismo lusitano Anarrhinum longipedicellatum é um endemismo acidófilo (de solos derivados de rochas ácidas, sobretudo xistosas), que habita em fendas, plataformas terrosas, em escarpas rochosas e, ainda, em taludes, clareiras abertas pelo fogo e orlas de bosque.
Percurso final do Rio Paiva com aumento do eucaliptal
Na sua parte final, apesar do aumento da área plantada com eucaliptos (Eucalyptus), as vertentes evidenciam elevada cobertura e boa densidade vegetal, denunciando já um carácter atlântico.
Fritilária-dos lameiros com proteção europeia
As folhas de salgueiro-preto (Salix atrocinerea), sanguinho (Frangula alnus), amieiro (Alnus glutinosa) e de violetas (Viola riviana) colocava o nome científico também, nas margens do Paiva, servem de alimento às lagartas de diversas espécies de borboletas, como é o caso da fritilária-dos- lameiros (Euphydrias aurinia), protegida pela legislação europeia.
Libélulas indicadoras da qualidade da água no Rio Paiva
Já as libélulas são excelentes indicadores da qualidade das águas, pois passam a maior parte das suas vidas submersas, na forma de larva, predando vorazmente invertebrados e girinos. É o caso da libélula-anelada (Cordulegaster boltonii) observada, em adulto, a partir de maio, a patrulhar as águas.
Répteis no Rio Paiva
As numerosas linhas de água possibilitam a existência de répteis, como o lagarto-de-água (Lacerta schreiberi) e de anfíbios, como a rã-ibérica (Rana iberica) e a singular salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica) espécies que só existem na Península Ibérica.
Aves e Peixes no Rio Paiva
Tipicamente ribeirinhas, aves como o guarda-rios (Alcedo atthis) a alvéola cinzenta (Motacilla cinerea) e o melro-d´água (Cinclus cinclus) dependem do rio para se alimentarem e reproduzirem. Alcunhado de “truteiro”, o rio Paiva é habitat de cerca de 14 espécies de peixes.
Mamíferos no Rio Paiva
Estão, também, presentes mamíferos como a raposa (Vulpes vulpes), o ouriço-cacheiro (Erinaceus europaeus), o javali (Sus scrofa), o lobo (Canis lupus) e o coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus). No caso do lobo (Canis lupus), constitui uma importante zona de passagem entre as Serras de Montemuro, Freita/Arada e Lapa/Leomil. Os morcegos, únicos mamíferos com voo ativo, escolhem como locais de abrigo os moinhos abandonados da bacia do Paiva.
Espécies do Rio Paiva com proteção europeia
Assim, apresenta uma fauna muito rica e variada, destacando-se a presença de espécies com medidas de proteção e conservação a nível europeu, tais como a toupeira-de-água (Galemys pyrenaicus), a lontra (Lutra lutra), o lagarto-de-água (Lacerta schreiberi), a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica), a rã-ibérica (Rana iberica) e o tritão-marmorado (Triturus marmoratus).
Espécies piscícolas endémicas do Rio Paiva
Merece ainda destaque a presença de algumas espécies piscícolas endémicas, como a boga (Chondrostoma polylepis) e uma das raras populações de mexilhão-do-rio (Margaritifera margaritifera) que tinha sido considerada extinta.
Espécies ex-líbris do rio Paiva, lontra e toupeira-de-água
As duas espécies ex-líbris do rio Paiva são a lontra e a toupeira-de-água, mamífero incrível que sobreviveu a impressionantes alterações ambientais, ao longo de milhões de anos.
Matas em destaque no Rio Paiva
Mata do Bugalhão - Castro Daire - Uma das maiores florestas de Portugal
"Ao nível da flora salienta-se a Mata do Bugalhão que se situa na encosta sul da serra de Montemuro, no vale da ribeira da Carvalhosa, nas proximidades da aldeia de Picão, no concelho de Castro Daire. Esta aldeia é um bom ponto de observação da Mata.
Reza a lenda que o seu nome provém de uma aldeia que existia junto à ribeira da Carvalhosa, à qual as populações chamavam “villa de bugallion” tendo sido abandonada entre o século XII e o século XV devido aos maus ares do sítio. D. Dinis, numa das suas expedições, passou por lá, chamando-a de “vila desmantelada”.
A mata do Bugalhão com uma área aproximada de 200 hectares constitui uma impressionante floresta, composta por carvalhos-alvarinho e castanheiros muitos deles centenários sendo, possivelmente, das maiores matas do género em Portugal e um dos pontos da Rota da água e da Pedra das montanhas mágicas. De facto, não é fácil conhecer-se esta floresta sozinho, porque assenta sobre socalcos seculares feitos pelo homem como se fossem escadas gigantes na montanha. Assim, para percorrer tal Mata será melhor fazer-se acompanhar de um habitante da região que conheça a Mata."11
Mata do Souto de Molgos - Castro Daire5
"Ao nível da flora salienta-se também a Mata do Souto de Molgos que se situa a poente da Vila de Castro Daire, a cair sobre o Rio Paiva. Esta mata, entre a vila de Castro Daire e o “Poço de Molgos”, é atravessada pelo antigo caminho carreteiro que levava à “Quinta de S. Bento” e “Vale de Matos” e é considerada o pulmão verde da vila, de acordo com o professor e historiador Abílio Carvalho, nos seus vídeos sobre a Mata do Souto de Molgos.
A Mata do Souto de Molgos apresenta uma grande diversidade de flora, composta essencialmente por carvalhos-alvarinho, castanheiros, azevinho e fetos. Nesta mata também existem dois locais com história e de grande beleza, o Poço de Molgos e a Mesa dos Mouros."11
Ameaças ambientais do Rio Paiva
Rio Paiva protegido pela Rede Natura 2000
"De referir que algumas destas espécies só existem na Península Ibérica (borboleta nêspera-dos-lameiros, boga, bordalo, panjorca, verdernã, toupeira-de-água, salamandra lusitânica, lagarto-de-água…) e muitas delas estão ameaçadas, tornando esta uma área de elevada importância para a conservação, confirmada pela classificação do rio Paiva como Sítio de Interesse Comunitário da rede de áreas protegidas da União Europeia (Natura 2000)."11
Ameaças à fauna e flora do Rio Paiva
No entanto, há diversas ameaças a este curso de água: a invasão por acácias; a instalação frequente de povoamentos monoculturais de eucalipto e de pinheiro-bravo; a implementação de empreendimentos hidroelétricos; a exploração de inertes; os fogos; a construção de açudes; as construções clandestinas; a implantação de aviários e pisciculturas e a florestação de terras agrícolas, sobretudo lameiros, malhadais e cervunais."11
Pressões ambientais sobre o Rio Paiva
"O rio Paiva sofre pressões relacionadas com perturbações recorrentes no uso do solo, tais como incêndios florestais, atividades agrícolas, urbanização e pressões que afetam a condição hidromorfológica natural e a continuidade dos cursos e água. As pressões observadas incluem a invasão da acácia, a remoção da vegetação nativa e das florestas para a agricultura e desenvolvimento urbano, para fornecer às indústrias da pasta de papel e da construção.
O próprio rio também é afetado pela presença de pequenas e grandes instalações hidroelétricas, açudes, a extração e lavagem de cascalho e areias para o agregado na indústria da construção, bem como pelas descargas de matéria orgânica com origem nas estações de tratamento de águas residuais.
Isto contribuirá para a priorização de investimentos locais, nacionais e internacionais, públicos e privados, na área (por exemplo, silvicultura, turismo e agricultura) que melhor atinjam o objetivo comum de melhorar a biodiversidade e a prestação de serviços de ecossistemas, enquanto melhoram indicadores socioeconómicos."11
Rios que deságuam no Rio Paiva
Rio Ardena ou Ribeiro de Noninha
"O Rio Ardena também conhecido por Ribeiro de Bustelo ou Ribeiro de Noninha, nasce no lugar de Noninha, na vertente sul da Serra de Montemuro, na freguesia de Alvarenga. A sua extensão é de 13 quilómetros, atravessando, na maior parte do seu percurso, a freguesia de Nespereira e deságua no rio Paiva, na freguesia de Espiunca.
É um rio com um curso de água pequeno quer em comprimento, quer em largura, caraterizando-se pelas suas águas frias, piscícola, com desníveis que alternam remansos e corredeiras e que se encontra integrado numa bacia hidrográfica de formação granítica. Apesar da água ser de boa qualidade e ter boas condições ecológicas, uma mini-hidroelétrica altera as espécies de peixes entre jusante e montante da mesma."11
Rio Côvo
"Ao Rio Côvo também chamam de Rio Touro nasce na costa sul da Serra da Nave, atravessa os lugares de Touro, Adomingueiros e Vila Cova à Coelheira, deságuando na margem direita do Rio Paiva, no lugar de Covelo de Paiva. É um rio de montanhas, perene, com corredeiras, de águas frias e ideal para a prática de rafting e pesca."11
Rio de Frades
"O Rio de Frades nasce a 1097 metros de altitude, na Serra da Freita, no concelho aveirense de Arouca, desaguando na margem esquerda do Rio Paiva."11
Rio Mau
"O Rio Mau é um pequeno curso de água com o comprimento de 12 quilómetros, que nasce na Serra da Cascalheira, a 953 metros de altitude, junto ao Santuário da Senhora da Piedade, em Pendilhe, no concelho de Vila Nova de Paiva. Deságua no rio Paiva, na aldeia da Granja, no concelho de Castro Daire, concretamente no lugar de Várzea de Moinhos. Nas margens deste rio, verifica-se a existência de vários moinhos."
Rio Paivô ou Rio Covelo
"O Rio Paivô, nasce na Serra da Arada, deságuando no rio Paiva, a jusante da aldeia de Paradinha, no concelho de Arouca. Por passar na localidade de Covelo de Paivô, existe quem o designe de Rio Covelo e recebe as águas da Ribeira de Regoufe."11
Rio Paivó5
"O Rio Paivó, nasce na Lameira do Padre a norte da aldeia de Relva e passa pelas localidades de Relva, Farejinhas e Ponte do Boto. Encontra-se com o Rio Paiva a montante da Ponte Pedrinha, no concelho de Castro Daire e é a linha divisória das freguesias de Cujó e Monteiras. Ao longo deste rio existem 17 moinhos."11
Rio Sonso5
"O Rio Sonso nasce a 1340 metros de altitude no lugar da Faifa, na Serra de Montemuro e deságua na margem direita do Rio Paiva, em Eiriz, no concelho de Castro Daire."11
Rio Teixeira
"O Rio Teixeira nasce a 1350 metros de altitude na Serra de Montemuro, deságuando no Rio Paiva, no lugar de Pinheiro, concelho de Castro Daire."11
Rio Tenente
"O Rio Tenente nasce a 1298 metros de altitude, no lugar de Sobreda, na Serra de Montemuro, deságuando na margem direita do Rio Paiva, no lugar de Lodeiro, freguesia de Cabril, concelho de Castro Daire."11
Rio Vidoeiro ou Rio Pombeiro5
"O Rio Vidoeiro, a que também chamam de Rio Pombeiro, nasce na aldeia do Mezio, em plena Serra de Montemuro. Perto da aldeia de Lamelas, este curso de água forma um desnível com mais de 100 metros, originando as chamadas “Quedas de Água da Pombeira”. Deságua na margem direita do Rio Paiva, junto à Ponte da Ermida, no concelho de Castro Daire. Ao longo deste rio existem 22 moinhos."11
Ribeira da Carvalhosa
"A Ribeira da Carvalhosa nasce no sítio dos Aguilhões da Carvalhosa, em plena Serra de Montemuro, a uma altitude de 1169 metros. Deságua no Rio Vidoeiro, no lugar da Quinta do Marado, junto à Ponte da Ermida, a uma altitude de 302 metros. Nesta ribeira abunda peixe, sobretudo truta. Ao longo desta ribeira existem 18 moinhos."11
Passadiços do Paiva e Ponte 516 Suspensa - Arouca
Passadiços do Paiva - Arouca
"Os Passadiços do Paiva localizam-se na margem esquerda do Rio Paiva, no concelho de Arouca, distrito de Aveiro. São 8 km que proporcionam um passeio "intocado", rodeado de paisagens de beleza ímpar, num autêntico santuário natural, junto a descidas de águas bravas, cristais de quartzo e espécies em extinção na Europa. O percurso estende-se entre as praias fluviais do Areinho e de Espiunca, encontrando-se, entre as duas, a praia do Vau. Uma viagem pela biologia, geologia e arqueologia que ficará, com certeza, no coração, na alma e na mente de qualquer apaixonado pela natureza."4
- Partida: Areinho / Espiunca;
- Distância a Percorrer: 8700m (linear);
- Duração Média: 2h e 30m;
- Nível de Dificuldade: Alto;
- Desníveis: Acentuados;
- Tipo de Percurso: Pequena Rota;
- Âmbito: Desportivo, Cultural, Ambiental e Paisagístico;
- Época aconselhada: Todo o Ano;
- Passagem por Geossítios:
- Garganta do Paiva (G36);
- Cascata das Aguieiras (G35);
- Praia Fluvial do Vau (G30);
- Gola do Salto (G31);
- Falha de Espiunca (G32);
Gestão e Manutenção: Município de Arouca
Ponte 516 Suspensa - Arouca
A Ponte Suspensa "516 Arouca é a obra mais icónica do Município de Arouca, constituída por gradis e cabos de aço, com 516 metros de vão, 1,20 metros de largura e 175 metros de altura acima do rio Paiva."
Praias fluviais e zonas de recreio e lazer do Rio Paiva em destaque
Classificação de praias fluviais
"As praias fluviais são zonas balneares junto ao rio que servem como alternativa à praia ou como uma opção para quem gosta de frequentar zonas de águas doces, especialmente nas terras do interior do país. São, geralmente, situadas em zonas verdes. A dinamização da economia regional é um dos muitos benefícios destas praias.
Embora, vulgarmente, todos os espaços verdes que se encontram na margem do rio e que são ocupados pela população para recreio e lazer sejam designados de praias fluviais, apenas aquelas em que foram realizadas análises à água durante três anos consecutivos e cujos valores se encontram dentro dos parâmetros previamente definidos é que são declaradas como praias fluviais pela Agência Portuguesa do Ambiente."11
Praias fluviais e Zonas de recreio e lazer do Rio Paiva
Praia Fluvial de Folgosa - Castro Daire
"A praia fluvial de Folgosa foi inaugurada a 18 de agosto de 1998. Esta praia pertence ao Clube Desportivo de Folgosa e o Município apenas apoia com alguns recursos necessários para o bom funcionamento da mesma. O Município de Castro Daire é responsável pelas análises à água e colocação de nadadores salvadores para proteção dos banhistas e o Clube Desportivo de Folgosa por desportos e atividades que aí decorrem.
Para a realização de diversas atividades recreativas foram construídas diversas infraestruturas como um bar com esplanada e casas de banho com balneários, um parque de merendas com mesas, grelhadores e lava loiça; um campo de futebol de praia; um açude para a prática de remo e concursos de pesca; uma zona para aluguer de gaivotas; um parque de estacionamento e uma área reservada a campismo selvagem.
As variações no caudal do rio e o desnível do leito permitem a realização de desportos aquáticos (ex: kayak, rafting e canyoning). Um pouco abaixo da praia fluvial, existem grandes pedras retangulares, denominadas poldras, que constituem uma forma tradicional e rudimentar de atravessar o rio."11
Zona de Recreio e Lazer Foz de Cabril - Castro Daire
"A Praia Natural de Cabril (Lodeiro de Cabril) foi inaugurada em 12 de abril de 2014, está localizada num local onde deságua o rio Tenente, num meandro do rio Paiva. É rodeada por magníficas zonas verdes e árvores de grande porte, onde os banhistas podem abrigar-se do sol. A praia dispõe de bons acessos e de infraestruturas de apoio à prática desportiva e aventura mas não tem vigilância."11
Zona de Recreio e Lazer do Pêgo - Vila Boa – Mões - Castro Daire
"A Praia Natural do Pêgo é uma zona fluvial discreta e isolada, de fácil estacionamento, tem um parque de merendas bastante arborizado, com várias mesas e bancos em granito e uma zona onde têm uma churrasqueira. A zona fluvial tem areia branca para colocar a toalha, mas como tem águas calmas, acumula resíduos no fundo, daí o fundo ser lamacento."11
Zona de Recreio e Lazer de Parada de Ester - Castro Daire
A Zona de Recreio e Lazer de Parada de Ester fica localizada em Nodar.
Zona de Lazer da Ameixiosa - Parada de Ester - Castro Daire
"Zona de Recreio e Lazer da Portela - Mões - tem uma pequena dimensão, numa zona em que o rio Paiva faz uma lagoa de águas calmas. É um belo local para descansar e fazer desporto aventura."11
Zona de Lazer de Cabaços - Reriz - Castro Daire
"A Ponte de Cabaços de tabuleiro horizontal, apoiada em arcos, foi construída em alvenaria de granito e apresenta perfil medieval. Atualmente apenas se observa parte da ponte, fruto da degradação ao longo dos anos, tendo sido destruída grande parte dela numa cheia, nos anos 60 do séc. XX. Na pequena Praia Natural de Ponte de Cabaços, percorrem águas transparentes, de tonalidade azul-turquesa, com a companhia de peixes sobre seixos rolados e xistos limados de areias e com uma paisagem fabulosa."11
Zona de Recreio e Lazer do “Poço do Abade” - Reriz - Castro Daire
"O Poço do Abade é um fundão, ou poço no rio, que, segundo a tradição, foi pertença dos abades de Reriz e era aqui que eram pescadas as trutas e outros peixes para os sacerdotes; mais ninguém lá pescava, a não ser em dias autorizados."6
Zona de Lazer de Pinheiro - Castro Daire
A Zona de Lazer de Pinheiro, no Rio Paiva, fica localizada na freguesia com o mesmo nome, do concelho de Castro Daire.
Praia Fluvial de Meitriz para viver momentos inesquecíveis - Arouca
A Praia Fluvial de Meitriz em Arouca, fica localizada junto de uma bonita aldeia de xisto com o mesmo nome. O Rio Paiva que lhe dá vida, é um rio de águas bravas e das mais limpas da Europa e que ainda não foi submergido pelas barragens. Aqui há vários locais para nadar, pular ou mergulhar, sempre com precaução. Apesar do avanço dos eucaliptos pelas encostas ainda há uma grande riqueza na galeria ripícola que acompanha o curso da água. No local foi construído um aprazível parque de merendas, com churrasqueiras, mesas em madeira, casas de banho e chuveiros.
Praia Fluvial da Paradinha paraíso escondido no Rio Paiva - Arouca
A Praia Fluvial da Paradinha, nasceu junto da Aldeia de Portugal da Paradinha, perto de Alvarenga. No fundo do vale corre o invicto Rio Paiva, que por vezes serpenteia vertiginosamente e arremete desgovernado contra os penedos e seixos das margens. Este é o maior rio que banha as terras de Arouca e ajudou a nascer recônditas e misteriosas praias fluviais de águas amenas e natureza sublime. Esta praia tão bela é mais extensa do que larga e permite nadar, mergulhar e contemplar uma natureza ameaçada e que sustenta outros seres, que como nós têm direito à vida. Neste artigo vamos saber pormenores da sua localização, ficha técnica, infraestruturas de apoio, como chegar, outros pontos de interesse, avaliação e apresentar fotos da sua pessoa.
Conheça a bonita e maior praia fluvial do Areinho em Arouca
A bonita e aprazível Praia Fluvial do Areinho é banhada pelo Rio Paiva, ficando localizada na União de Freguesias de Canelas e Espiunca, Arouca, sendo a maior praia fluvial deste concelho, que pertence ao distrito de Aveiro. Junto a esta praia tem início/fim os Passadiços do Paiva e não se vai arrepender se no verão se banhar nas suas temperadas águas. Neste local pode passar momentos magníficos, tomar algo na esplanada do bar local ou ler um livro com uma vista soberba sobre o vale. Os passadiços deram-lhe mais movimento, mas não lhe retiraram o encanto. Se desejar passar o dia nesta praia pode fazer os passadiços começando na Espiunca e terminando nesta praia fluvial. No final do dia não faltam táxis para o levar de volta para o ponto de partida.
Praia fluvial da Zona de recreio e lazer de Janarde - Arouca
A Praia fluvial da Zona de recreio e lazer de Janarde fica localizada na margem do Rio Paiva, na freguesia de Janarde. Junto a esta zona situa-se a aldeia com o mesmo nome, Janarde, aldeia em xisto que dá o nome à freguesia. Preserva ainda as características de ruralidade.
Praia fluvial da Zona de recreio e lazer do Vau - Canelas - Arouca
A zona de recreio e lazer do Vau fica localizada na margem do Rio Paiva, na freguesia de Canelas. O local é muito agradável e com muita vegetação.
Praia fluvial da Zona de recreio e lazer de Espiunca - Arouca
A zona de recreio e lazer da Espiunca fica localizada na margem do Rio Paiva, na freguesia de Espiunca. Junto a esta zona fica localizada a aldeia com o mesmo nome, Espiunca, aldeia que dá o nome à freguesia, que ainda preserva características da sua ruralidade. Junto da mesma é possível praticar desportos de aventura, como canyoning ou canoagem. Este é também o ponto de partida para outros desportos de inverno, como rafting, kayak, rafting e hidrospeed.
Praia Fluvial do Castelo a melhor do Douro e Ilha dos Amores - Castelo de Paiva
A Praia Fluvial do Castelo, fica localizada na freguesia de Fornos em Castelo de Paiva, sendo banhada pelas amenas águas do Rio Douro. O Rio Paiva aqui deságua em frente à sua amada Ilha dos Amores, que outrora fortificada defendia cristãos de ataques de muçulmanas gentes e ajudou a fundar a Lusitânia Pátria.
O seu enquadramento natural, desportos náuticos e infraestruturas oferecidas fazem dela uma das melhores da região. Este é também um lugar para gente jovem, que atravessa a nado até à ilha e do cimo de temerosos penedos se precipitam como loucos, em saltos vertiginosos, para as tranquilas águas do rio. Durante o verão, aos fins-de-semana há uma grande azáfama de embarcações a motor, por vezes fazendo perigar a segurança dos banhistas.
Aldeias em destaque junto ao Rio Paiva
Aldeia de Meitriz
Meitriz em Arouca é uma terra profundamente longínqua, que brotou do fundo do Vale do Rio Paiva e que conserva ainda a sua traça tradicional, recebendo a distinção de Aldeia de Portugal. O rio por ela se enamorou, fazendo-lhe uma vénia ao chegar e oferecendo-lhe uma praia fluvial para se perfumar. Ela deu-lhe volta à cabeça, ele deu-lhe voltas ao rio, tão recortadas de pasmar, não podendo ficar partiu, dando lágrimas ao lugar. Por estas terras se reconquistou e perdeu território para o Sarraceno, Almançor por aqui atemorizou, mas este povo sempre lutou e como em Moldes igrejas sempre edificou.
Aldeia da Paradinha
A Aldeia da Paradinha nasceu em Alvarenga, Arouca, no distrito de Aveiro, entre as serras da Freita e Montemuro. A sua construção vernacular de traça tradicional em xisto e ardósia valeu-lhe a distinção de Aldeia de Portugal. O seu casario em cascata numa encosta montanhosa estende-se até ao Rio Paiva onde nasceu uma aprazível praia fluvial e parque de merendas. Aqui já não existem moradores permanentes, só turistas do alojamento local ou casas restauradas. Muitos desses casebres e empreendimentos hoteleiros foram recuperados ou construídos, por vezes com materiais e técnicas inapropriadas que desvirtuam a sua autenticidade rural.
A beleza desta aldeia e seu enquadramento natural podem ser abraçados do miradouro “Mira Paiva”, que lança vistas para o rio serpenteante no fundo do vale, que desemboca nos Passadiços do Paiva a jusante. Esta região há milhões de anos foi um mar pouco profundo e onde subsistem fósseis e vestígios geológicos, para quem souber procurar. Existem muitos pontos de interesse arquitetónicos, geológicos, naturais e gastronómicos, que podem ser apreendidos e que vamos partilhar.
Pontes em destaque do Rio Paiva
Ponte da Pedrinha - Castro Daire5
"Ponte Pedrinha (N2): Construída na 2ª metade do século XIX, veio substituir uma outra que existia anteriormente, construída pelos Romanos, permitindo a ligação de Lamego a Viseu, vencendo a barreira que o rio Paiva representava. Recentemente foi descoberta uma pedra que afirma que a ponte foi construída durante o governo do imperador romano de Caio Júlio Casear."11
Ponte de Cabaços - Castro Daire5
"Ponte de Cabaços (M558): marca um cenário misterioso e romântico neste ponto do rio Paiva que liga Ester a Reriz. De tabuleiro horizontal, apoiada em arcos, foi construída em alvenaria de granito e apresenta perfil medieval. Atualmente, apenas se observa parte da ponte, fruto da degradação ao longo dos anos, tendo sido destruída grande parte dela, durante uma cheia, nos anos sessenta do século XX"11
Ponte de Pinheiro ou do “Brasileiro” - Castro Daire
"Em Pinheiro há uma ponte peculiar- a Ponte de Pinheiro ou do “Brasileiro” - Consta que um “Brasileiro”, dos que eram comuns nestas paragens, voltou da emigração endinheirado e comprou uma quinta do outro lado do Paiva, e como não havia passagem, tratou de erguer ali uma ponte.
Da emigração ficara-lhe a esperteza de tentar ganhar sempre um tostão ou outro, e como a ponte não o servia só a si, mas a população em geral, serviu-se de um estratagema antigo e estabeleceu a portagem. Quanto mais não fosse, para pagar o custo da ponte, o que era justo.
E é assim que na Ponte de Pinheiro, mais chegados à margem esquerda, um de cada lado do tabuleiro de cantaria, se erguem dois pilares, onde outrora se fixavam as cancelas desta ponte de portagem e se cobrava a mesma. Com sorte, poderão encontrar-se lontras a banharem-se nestas águas."11
Ponte de Nodar - divide Parada de Ester e São Martinho das Moitas
Ponte Romana de Moura Morta - Castro Daire
"A Ponte Romana de Moura Morta é utilizada para atravessar o rio Vidoeiro, no antigo caminho romano que ligava as Cidades de Viseu e Vila Real. A mesma ligação foi aproveitada para passagem do caminho interior de Santiago de Compostela, bem como a Fátima."6
Nós passamos sobre esta ponte quando fizemos de bicicleta a peregrinação a Santiago de Compostela pelo Caminho Interior Português, que começa em Viseu.
Ponte de Alvarenga - Arouca
A Ponte de Alvarenga, sobre o Rio Paiva, é também conhecida como Ponte de Canelas, em virtude de fazer a ligação entre estas duas freguesias de Arouca. A mesma começou a ser construída em 1770 e foi terminada em 1791.
Esta ponte passa fica localizada junto ao percurso livre dos Passadiços do Paiva, onde este tem a sua maior subida através de uma íngreme escadaria em madeira, com 310 degraus e mais de 100 metros de altura.
Do cimo da ponte pode ser apreciado para jusante o geossítio G36 - Garganta do Paiva. Para montante, a cerca de 400 metros tem início uma das extremidades dos Passadiços do Paiva, junto à Praia Fluvial do Areinho.
"Ponte de tabuleiro horizontal sobre dois arcos desiguais de volta redonda, sendo o central largo e alto, e o outro, lateral, sobre a margem direita, estreito e baixo, de silharia de granito. Inflexão do tabuleiro a 2 terços do comprimento. Intradorso marcado com seis séries de cavidades para apoio dos cimbres da construção."4
Ponte da Espiunca - Arouca
A Ponte da Espiunca, sobre o Rio Paiva, fica localizada em Arouca, junto a uma das extremidades dos Passadiços do Paiva e G32: Falha da Espiunca caso geológico com 500 milhões de anos. É uma ponte moderna em betão, com um arco.
Ponte de Caninhas - Castelo de Paiva
A Ponte de Caninhas sobre o Rio Paiva, fica situada em Castelo de Paiva, tendo sido edificada em 1897. Esta é a última ponte sobre o rio Paiva antes deste desaguar no Rio Douro. A Ponte de Caninhas faz a ligação do município de Castelo de Paiva, distrito de Aveiro, ao município vizinho, Cinfães, distrito de Viseu. Esta ponte é uma das mais antigas do concelho, tendo sido construída em granito e possuindo três arcos de volta inteira.
A mesma permite uma observação espetacular sobre o curso do rio para montante e a sua foz a jusante, com vista para o Rio Douro e Ilha dos Amores. Junto à sua foz, já no Rio Douro, existe um cais para embarcações e Praia Fluvial do Castelo, que é muito frequentada no verão. O curso do rio é utilizado numa extensão de cerca de 1 km, desde a foz para montante, por barcos de recreio, caiaques e stand-up paddle.
Desportos náuticos no Rio Paiva
O Rio Paiva é consideradas um dos rios menos poluídos da Europa, com águas límpidas e cristalinas, que constituem a melhor pista de águas bravas de Portugal desafiando, os mais aventureiros para desportos de aventura como o rafting, o kayak (Covelo de Paiva), canoagem e canyoning.
Percursos pedestres em destaque no Rio Paiva
PR5 - Trilho do Paiva - Castro Daire
"É um percurso de pequena rota com elevado interesse paisagística, cultural e ambiental. Apresenta uma extensão de 12,7 km de fácil acesso. O encontro é no largo da Igreja Paroquial de Reriz. Ao sair tenha cuidado na passagem da Estrada Municipal.
A placa com a indicação do sentido de direção encontra-se mesmo à sua frente. Antes de chegar a Casal Bom poderá fazer um desvio e passar pelo parque de merendas junto ao Rio Paiva. De regresso ao percurso continue a caminhada até à ponte do Brasileiro.
Com sorte ainda encontra lontras a banharem-se nestas águas. Depois de passar esta ponte encontra-se em Pinheiro. Continue pela EN225 com muito cuidado, devido ao trânsito existente. Passados 300m vire à esquerda e entre num caminho rural em direção a Vila Nova, outra povoação junto ao Rio Paiva. Mais uma ponte terá de atravessar e seguindo as marcações chegará novamente a Reriz e ao ponto de início.
O percurso pode ser feito em ambos os sentidos."7
PR8 - Trilho de Pombeira - Castro Daire
"O Trilho da Pombeira é um percurso circular com 10,3 km de extensão, com elevado interesse paisagístico, geológico, cultural e ambiental."11
"Este percurso inicia-se junto à Igreja da N. Sr.ª dos Remédios em Lamelas, templo majestoso que merece uma visita. Seguem-se as marcações percorrendo o núcleo rural da aldeia até ao alto da Portela.
A serra do Montemuro surge com paisagens deslumbrantes até que se encontram as “Poldras do Meio” do Rio Vidoeiro. Rio de raras belezas naturais, quer pelos seus recantos, quedas de água, moinhos e afamadas trutas.
Continua-se por caminhos rurais e campos verdejantes até ao lugar de Codeçais, onde também se pode observar animais de raça “Arouquesa”. Esta aldeia possui um traço arquitetónico característico de montanha, com 800 m de altitude. A partir daqui, a importância recai sobre o Rio Pombeiro que, a montante e a jusante do lugar da Pombeira, tem a designação de Rio Vidoeiro.
Este rio é frequentemente palco de atividades radicais, tais como, o canyoning. Mas a história mais comum, para estas paragens, é o aproveitamento destas águas pela população local, que durante anos, criaram engenhos que permitiam a moagem dos diversos cereais.
O lugar da Pombeira é sem dúvida um pequeno e mágico recanto, cheio de encantos e histórias de moleiros para contar. Pode-se admirar os vários moinhos existentes e a impressionante cascata da Pombeira. Aqui também se localiza um geossítio, em cima de um dos grandes blocos graníticos, onde se encontram pequenas geoformas provocadas pela erosão fluvial, como marmitas de gigante.
Ao sair deste recanto e para terminar esta caminhada, destaca-se cada vez mais a paisagem, com o Rio Pombeiro a seguir os passos de quem o visitou e a deixar aproveitar estes momentos inesquecíveis."3
Poluição no Rio Paiva
Depois de fazermos e partilharmos este artigo, nas redes sociais foram surgindo alguns comentários, com opiniões válidas que todos temos o direito a ter num estado de direito. Muitas delas não concordavam com o facto dizermos com base na informação oficial que consultamos e conhecimento direito, que o Rio Paiva é um dos menos poluídos da Europa. Alguns faziam referência às descargas e captações de água ilegais, hídricas e poluição que advém do turismo.
Em relação à poluição das águas do Rio Paiva, por exemplo só no concelho de Castro Daire existem trinta e duas estações de tratamento de águas residuais:
“As ETAR’S (estações de tratamento de águas residuais) são infraestruturas que tratam as águas residuais de origem doméstica e/ou industrial para depois serem escoadas para o rio. No concelho de Castro Daire, existem trinta e duas destas infraestruturas (tabela I), de acordo com os dados fornecidos.”3
O que temos a dizer sobre estas opiniões é que as pessoas que têm conhecimento direito destas situações têm o dever cívico de alertarem as autoridades ambientais, SEPNA da GNR, entidades municipais ou linha direta do ministério do ambiente.
“A denúncia de um crime de poluição também pode ser apresentada através da plataforma online. Existe um número de emergência especificamente criado para o alerta de incêndio: é o 117. Trata-se de um número gratuito. Existe, ainda, o 112, que também pode ser utilizado para o mesmo efeito.”
O Ondas da Serra realiza a sua missão e sempre que verificamos uma situação destas damos a conhecer ao nosso público e comunicamos às autoridades. Temos a consciência que damos o nosso contributo para defender e melhorar a nossa região, Portugal e o mundo. Agora não basta às pessoas só criticarem e quando constatam estas situações nada fazem.
Vivemos uma época assolada pelas alterações climatéricas, todos por isso o dever de darmos os nossos pequenos contributos para não sermos culpados por omissão.
Denúncia crime ambiental: FORMULÁRIO DE DENÚNCIA DE CRIMES E INFRAÇÕES AMBIENTAIS
Galeria de fotos do Rio Paiva
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https://mail.ondasdaserra.pt/index.php/arouca-concelho/arouca-fazer/item/654-rio-paiva#sigProIdac4b09b686
Créditos e Fontes pesquisadas
Texto: Ondas da Serra com exceção do que está em itálico e devidamente referenciado.
Fotos: Ondas da Serra
1 - aroucageopark.pt/pt/conhecer/serras-e-rios/rio-paiva/
2 - SOS Rio Paiva, 2013
3 - cm-castrodaire.pt
4 - monumentos.gov.pt
5 - Imagens: Projeto "Viver o Rio Paiva - Concelho de Castro Daire", (Conhecer, Preservar e Usufruir), (setembro de 2020), professores responsáveis: Paula Rolo e Vítor Coelho, Agrupamento de Escolas de Castro Daire
6 - uf-meziomouramorta.pt/index.php/aldeias/aldeia-de-moura-morta
7 - visitcastrodaire.pt/pr5/
Pesquisas bibliográficas
10 - Silva, M. F. O turismo aventura no Rio Paiva e o turismo rural em Arouca (Tese de Mestrado). Disponível na RIA - repositório Institucional da Universidade de Aveiro. (Uhttp://hdl.handle.net/10773/12393)
11 - Projeto "Viver o Rio Paiva - Concelho de Castro Daire", (Conhecer, Preservar e Usufruir), (setembro de 2020), professores responsáveis: Paula Rolo e Vítor Coelho, Agrupamento de Escolas de Castro Daire