Praia Fluvial de Ponte de Telhe no Rio Paivô sem poluição e natureza intocada
No âmbito do nosso trabalho em Arouca, nós já tínhamos passado várias vezes na aldeia de Ponte de Telhe, na maioria das vezes a caminho da Praia Fluvial de Meitriz ou da Estrada do Portal do Inferno. Foi numa dessas viagens que deixamos o nosso carro nesta aldeia e partimos de bicicleta para conhecer a afamada estrada do demo, que se caracteriza por descer e subir por serpenteantes cristas montanhosas, ladeadas de falésias abruptas e que os mais impressionáveis podem ter problemas em vencer.
No final dessa viagem de bicicleta, como tínhamos o carro ali perto, resolvemos ir conhecer a Praia Fluvial de Ponte de Telhe. O seu açude é visível da ponte sobre o Rio Paivô e ao longe não nos impressionou muito aliado ao facto das fotos que vimos na internet não nos entusiasmaram.
No entanto, ao chegarmos ao local verificamos que estávamos enganados e a mesma era muito bela, extensa e com todos os atributos para no verão a visitarmos.
Foi no local através dum senhor habitual frequentador da Praia Fluvial de Ponte de Telhe, que percebemos que a maioria das fotos e vídeos colocadas online estão desatualizadas, mostrando apenas uma pequena praia.
O que aconteceu foi que num inverno o forte caudal destruiu o açude e quando foi feita a sua reconstrução aumentaram o mesmo em altura e como consequência a praia ganhou outra amplitude, subindo para montante e ganhando profundidade.
A primeira visita de bicicleta acima referida aconteceu no dia 21 março de 2024 e por isso o forte caudal de água passava por cima do açude e apesar da água estar muito fria, demos uns mergulhos para revigorar.
Já neste verão, no dia 28 de julho de 2024, fomos passar o domingo a esta praia e as nossas expectativas foram inteiramente compridas. Estacionamos o nosso automóvel depois da ponte sobre o Rio Paivô e caminhamos cerca de 300 metros até à praia, que é visível para montante na ponte.
O caminho fica do lado direito da descida para a ponte, um pouco escondido, por debaixo de uma ramada. O mesmo passa por um moinho, levada e acaba junto ao açude. No local resolvemos ficar do lado oposto à pequena praia de cascalho grosso, debaixo de frondosas sombras da densa galeria ripícola.
A água neste dia estava uma maravilha, subimos e descemos a mesma a nadar, demos mergulhos com segurança, descansamos nas sombras e conhecemos o único pato que tristemente nada no local e vem à nossa beira pedir comida. Durante a tarde fomos tomar a nossa cerveja ao Café/Mercearia Rocha's e assistimos a cenas que tiveram tanto de cômico como de perigoso.
Neste dia a afluência aumentou consideravelmente durante a tarde, aglomerando-se as pessoas numa zona de gravilha do lado direito da praia, do outro lado do açude, que já dava para passar devido ao caudal ter baixado no verão.
Na praia os jovens destacaram-se pela animação, loucos saltos para a água e tropelias que pregavam aos amigos. O que nos deixa apreensivos é muitos passarem o dia com cervejas na mão, comerem os petiscos e intercalarem com mergulhos nas águas, não esperando pela digestão.
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Menu de navegação
- Descubra o paraíso escondido na Praia Fluvial de Ponte de Telhe
- Descrição da Praia Fluvial de Ponte de Telhe
- Localização da Praia Fluvial de Ponte de Telhe
- Como chegar à Praia Fluvial de Ponte de Telhe
- Mapa da Praia Fluvial de Ponte de Telhe
- Caminho para a Praia Fluvial de Ponte de Telhe
- Açude da Praia Fluvial de Ponte de Telhe
- Areal na Praia Fluvial de Ponte de Telhe
- Zona de toalhas da Praia Fluvial de Ponte de Telhe
- Plataforma de acesso à Praia Fluvial de Ponte de Telhe
- Jovens na Praia Fluvial de Ponte de Telhe
- Nadar e saltar para a água na Praia Fluvial de Ponte de Telhe
- Pato solitário na Praia Fluvial de Ponte de Telhe
- Rio Paivô ou Rio Covelo na Praia Fluvial de Ponte de Telhe
- Café e mercearia Rocha's em Ponte de Telhe
- Moinho da Praia Fluvial de Ponte de Telhe
- Ponte sobre o Rio Paivô - Ponte de Telhe
- Avaliação da Praia Fluvial de Ponte de Telhe
- Ficha técnica da Praia Fluvial de Ponte de Telhe
- Pontos de interesse nas proximidades
- Apontamentos históricos de Ponte de Telhe
- Caminhar e andar de bicicleta em Aveiro, créditos e pesquisas bibliográficas
Descubra o paraíso escondido na Praia Fluvial de Ponte de Telhe
Descrição da Praia Fluvial de Ponte de Telhe
"Na freguesia de Moldes, no lugar de Ponte de Telhe, encontramos uma excelente zona fluvial. Trata-se de um dos locais mais frequentados e adorados pelos habitantes de Arouca. Esta área não tem areal nem é vigiada, mas vale a pena a sua visita, bem como um mergulho nas águas cristalinas do Rio Paivó. Deverá deixar o carro na estrada principal e fazer um pequeno percurso a pé. Na aldeia de Ponte de Telhe, perto desta zona fluvial, existe uma pequena mercearia e um café onde poderá comprar algo para comer ou tomar uma bebida."1
Localização da Praia Fluvial de Ponte de Telhe
O Concelho de Arouca faz fronteira entre o litoral e o interior e as Regiões Norte e Centro de Portugal
"O concelho de Arouca Abrange uma área de 327 km² e situa-se no extremo NE do distrito de Aveiro e no interior sul da Área Metropolitana do Porto, da qual faz parte, assumindo, por isso, a situação de fronteira entre o litoral e o interior e as Regiões Norte e Centro de Portugal.
Fazem fronteira com o seu território os municípios Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra, Santa Maria da Feira, S. Pedro do Sul, Castro Daire, Cinfães, Castelo de Paiva e Gondomar."2
A Praia Fluvial de Ponte de Telhe fica localizada na freguesia de Moldes, do concelho de Arouca, distrito de Aveiro.
Como chegar à Praia Fluvial de Ponte de Telhe2
- Automóvel:
- Não muito longe de eixos viários como a A1 e a A32 (a oeste), a A4 (a norte), a A24 e a A25 (a sul), Arouca fica a uma hora de carro das cidades de Aveiro e do Porto, a cerca de uma hora e meia das cidades de Coimbra, Viseu e Braga, a praticamente duas horas das cidades da Guarda e de Vila Real, e a três horas de Lisboa.
- Depois de deixar as vias principais (autoestradas), as estradas nacionais EN225 e a EN326 são as melhores alternativas para chegar ao concelho de Arouca.
- Sentido Norte/Sul:
- Autoestrada – A1
- Saída: Santa Maria da Feira / São João da Madeira / Vale de Cambra / Arouca;
- Depois de sair da A1, o tempo estimado de viagem até Arouca é de 40 minutos;
- Autoestrada – A32
- Saída: Carregosa / Pindelo / Vale de Cambra / Arouca;
- Depois de sair da A32, o tempo estimado de viagem até Arouca é de 40 minutos;
- Autoestrada – A1
- Sentido Sul/Norte:
- Autoestrada – A1
- Saída: Estarreja / Oliveira de Azeméis / Vale de Cambra / Arouca;
- Depois de sair da A1, o tempo estimado de viagem até Arouca é de 45 minutos;
- Autoestrada – A1
- Sentido Este/Oeste:
- Autoestrada – A25
- Saída: Porto (A1) – Estarreja / Oliveira de Azeméis / Vale de Cambra / Arouca;
- Depois de sair da A25, o tempo estimado de viagem até Arouca Geopark é de 45 minutos;
- Autoestrada – A25
- Estrada Nacional – EN225:
- Cinfães / Castro Daire / Castelo de Paiva
- Dependendo do local de partida, o tempo estimado de viagem até Arouca pode variar entre 30 e 60 minutos.
- Variante N326
- Vindo de norte ou do sul, terá que usar a Variante N326 e sair para a freguesia de Moldes. Se vier do sul tome atenção que o corte à direita, fica apenas a cerca de 3 km de Arouca, depois de uma curva com pouca visibilidade para a placa com essa indicação;
- Municipal 567
- Depois de chegar a Moldes irá conduzir pela EM 567, até Ponte de Telhe;
- Conduza com precaução porque está via é muito sinuosa e estreita, tendo em alguns casos sido colocados proteções em cimento nas laterais, junto às ribanceiras para proteger os automóveis de quedas e acidentes;
- Tome atenção que ao depois de entrar na aldeia de Ponte de Telhe, irá aparecer uma placa com indicação de Rio de Frades e São Pedro do Sul, deverá voltar à esquerda e descer até à ponte sobre o Rio Paivó, onde deve procurar estacionamento;
Mapa da Praia Fluvial de Ponte de Telhe
No mapa de cima podemos ver as seguintes localizações:
- Praia Fluvial de Ponte de Telhe;
- Açude da Praia Fluvial de Ponte de Telhe (azul), visível da ponte sobre o Rio Paivô;
- Estrada Municipal M567, onde deve estacionar nas imediações o seu automóvel (verde);
- Caminho em terra batida de acesso à Praia Fluvial de Ponte de Telhe, (vermelho);
- Café/Mercearia Rocha's;
- Capela Nossa Senhora de Fátima;
- Rio Paivó;
- Tenha em atenção à bifurcação entre as estradas M510 e M567, a primeira segue para Rio de Frades e a segunda para Covêlo de Paivó, Janarde, Regoufe, Meitriz e São Pedro do Sul, via Portal do Inferno. O acesso à Praia Fluvial de Ponte de Telhe fica localizada ao fundo na descida, perto da ponte;
Caminho para a Praia Fluvial de Ponte de Telhe
O caminho para a Praia Fluvial de Ponte de Telhe em terra batida não é facilmente visível porque até parece um acesso para alguma propriedade particular. O mesmo fica localizado perto da ponte sobre o Rio Paivô, na subida para a aldeia de Ponte de Telhe, existe do lado esquerdo um pequeno trilho, que não tem nenhuma indicação e que o leva por debaixo de uma ramada até à praia.
Açude da Praia Fluvial de Ponte de Telhe
O açude da Praia Fluvial de Ponte de Telhe, permite que o Rio Paivô encha com as suas águas este vale criando uma bonita praia para que as pessoas deste concelho e alguns forasteiros se divirtam e refresquem no verão. No inverno a água passa por cima dele, no verão é usado para as pessoas caminharem sobre ele e acederam a um pequena areal.
Esta travessia acarreta alguma insegurança, porque o açude não tem proteção lateral e há rochas molhadas que são escorregadias e um desequilíbrio pode originar uma queda de alguns metros.
Areal na Praia Fluvial de Ponte de Telhe
O pequeno areal da Praia Fluvial de Ponte de Telhe é constituído por areia grossa e seixos do rio de vários tamanhos. Existe alguma vegetação que proporciona algumas sombras. Infelizmente durante a nossa visita vimos com desagrado que alguém tinha abandonado no local fraldas descartáveis, não custa nada no final da visita deixar o local limpo para que outras pessoas o possam usufruir.
Zona de toalhas da Praia Fluvial de Ponte de Telhe
Além da pequena praia referida no ponto anterior, algumas rochas espalhadas pelas margens são usadas para as pessoas e juventude tomarem banhos de sol, darem mergulhos e dormitarem. No entanto, os insetos não deixam as pessoas sossegadas e por isso deve levar repelente para não chatearem.
Se for ao local e colocar os pés na água por vezes há grupos de pequenos peixes que vem pinicar as suas peles, umas pessoas acham piadas outras contudo detestam.
Plataforma de acesso à Praia Fluvial de Ponte de Telhe
Na margem esquerda da Praia Fluvial de Ponte de Telhe, para jusante do Rio Paivô, foi colocada uma plataforma metálica, com cerca de 20 metros, com um fio de aço para as pessoas se segurarem durante a travessia, de forma a que os banhistas possam chegar a uma zona fortemente arborizada e com muitos locais para explorar, descansar e fazer os seus piqueniques.
No final desta mesma plataforma existe uma rocha de onde, principalmente os mais jovens dão saltos e outros sobrem à árvore para arriscarem saltos loucos, com alguma dose de audácia e risco de se poderem magoar.
Jovens na Praia Fluvial de Ponte de Telhe
Pela manhã chegou à Praia Fluvial de Ponte de Telhe, um grupo de jovens de várias freguesias de Arouca, que depressa contagiaram o ambiente com a sua alegria, divertimento e tropelias que aplicavam uns nos outros. As moças bronzeavam-se nas toalhas, mas de quando em vez lá eram voluntariamente ou “à força” metidas nas brincadeiras.
Vamos agora apresentar este grupo, (foto da cima, da esqª para a dtª):
- João Rocha, Santa Eulália - Arouca, 22 anos, trabalhador na construção civil;
- Diana Costa, Rossas - Arouca, 21 anos, operária fabril de calçado;
- Márcio Reis, 28 anos, Figueiredo - Arouca, trabalha numa oficina;
- Ana Pinho, 30 anos, natural de Arouca e com os pais naturais de Ponte de Telhe, trabalha numa lavanderia;
- Nuno Tavares, 19 anos, natural do centro de Arouca, serralheiro;
- Vítor Soares, 19 anos, Santa Eulália - Arouca, madeireiro;
- João Azevedo, 19 anos, Santa Eulália - Arouca, eletricistas;
Os rapazes nadavam, saltavam de cabeça ou subiam a grandes penedos para se arremessar para as águas. Quando queriam descansar subiram para um colchão insuflável e tudo fizeram para testar a sua resistência subindo todos para o seu costado que a custo permanecia à superfície das águas.
Nadar e saltar para a água na Praia Fluvial de Ponte de Telhe
A Praia Fluvial de Ponte de Telhe possui locais para as pessoas que não sabem nadar se refrescarem, principalmente na margem direita do rio, do outro lado do açude.
A mesma permite nadar em quase todo o seu curso, numa extensão total de cerca de 100 metros. Em alguns locais podem ser dados saltos para a água, principalmente na margem esquerda do Rio Paivô, para montante.
O primeiro local para dar mergulhos fica no próprio açude, o segundo a seguir à plataforma metálica e o terceiro mais para montante, os dois últimos com uma rocha para dar impulso. O último a ser mencionado é uma rocha muito disputada pelos banhistas que por vezes só com dificuldade se arrumam para as pessoas mergulharem.
Nestes locais deve ser feito um estudo prévio antes de darem saltos, muitas vezes nadando por cima e mergulhando para ver se há rochas salientes, fazer perguntas a pessoas que conheçam o local e executar os movimentos com a devida técnica. O fundo destes rios está sempre em mudanças, principalmente durante o inverno quando a corrente é mais forte.
Pato solitário na Praia Fluvial de Ponte de Telhe
Na Praia Fluvial de Ponte de Telhe, vive um velho pato, que nada livremente pelas margens e se aventura por vezes pelo meio dos banhistas, sofrendo algumas tropelias que não o incomodam visto já ter muita experiência. Algumas pessoas da terra disseram-nos que já por duas vezes deixaram patas para lhe fazer companhia, mas que desapareceram misteriosamente. O animal deve ter um feitio complicado, ou as aves de rapina tem levado as mesmas para se alimentarem.
Este animal vai estando atento às pessoas e quando o chamam ele depressa sobe as margens e vem comer sem medo junto dos seus anfitriões.
Rio Paivô ou Rio Covelo na Praia Fluvial de Ponte de Telhe
"O rio Paivô nasce na Serra da Arada, seguindo depois um percurso montanhoso, com as margens a formarem escarpas e fragas. Desagua no Rio Paiva, do qual derivou o seu nome, a jusante da povoação de Paradinha. Passa nas imediações da localidade de Covelo de Paivô, motivo pelo qual o rio é também popularmente conhecido como Rio Covelo.
Tem pelo menos três afluentes: o Rio de Frades, que se encontra com o Paivô em Bouceguedim, a Ribeira de Regoufe, e um outro curso de água que atravessa o vale de Moldes, e que era conhecido originalmente por Rio de Moinhos. Um dos pontos de maior interesse ao longo do traçado do Rio Paivô é a praia fluvial de Ponte de Telhe, situada junto à aldeia com o mesmo nome.
Ao longo da sua história, foi atravessado por barqueiros, que operavam em certos pontos determinados do rio. Em 2010, tinha sido recentemente planeada a instalação de uma central hídrica de pequenas dimensões, mas este empreendimento foi cancelado devido à oposição das populações, de várias associações locais, e da autarquia."3 e 4
Café e mercearia Rocha's em Ponte de Telhe
A Praia Fluvial de Ponte de Telhe, não tem infraestruturas de apoio, por isso quem for para o local tem que se precaver e levar comida e bebida. Perto do caminho de acesso à mesma, na descida para a ponte, do lado direito fica localizado o único café/mercearia desta aldeia denominado Rocha’s.
Neste estabelecimento pode tomar uma bebida, tomar o seu café e fazer compras básicas. Se quiser comer algo mais substancial vai ter que se contentar apenas com sandes simples, embora nos tenham dito que pontualmente confecionam petiscos.
No dia da nossa visita, durante a tarde fomos tomar uma cerveja gelada e nas imediações deste café estava um pandemônio, onde se destacava um incauto condutor, que nos disseram ser sobejamente conhecido pelo gosto pela bebida e condução atribulada.
O carro que conduzia pelas amolgadelas e componentes partidas era o espelho do dono, que por duas vezes o estacionou de forma bruta em cima do passeio do café, para desespero da funcionária. Um amigo por brincadeira colocou a mesa e cadeira exteriores em cima do capô, que acentuou a irritação da empregada, que não tinha tempo para servir os clientes e ao mesmo tempo tomar conta do espaço. Na última manobra do rapaz o calhambeque ficou mesmo com a roda traseira suspensa no ar e foi preciso ajuda para o retirar do local.
Um habitante mais zeloso travou-se de razões com o condutor, alertando que a brincadeira e aquela condução perigosa podia acabar com alguma morte de morador ou criança que se atravessa-se à frente e a coisa esquentou ao ponto de poderem chegar a vias de facto, felizmente que tudo se serenou e a vida continuou, embora tivéssemos ouvido que a guarda já o conhece.
Moinho da Praia Fluvial de Ponte de Telhe
O Município de Arouca, no âmbito do programa Portugal 2020, concretizou um projeto, para recuperação das Galerias Ripícolas do Rio Paiva e seus afluentes para adaptação às alterações climáticas, com o objetivo principal de proteger o ambiente e promover a eficiência dos recursos.4
A informação referida no parágrafo anterior está exposta num quadro colocado num moinho de rodízio recuperado perto da praia fluvial, a jusante do açude, que é alimentado pelas águas de uma levada.
Ponte sobre o Rio Paivô - Ponte de Telhe
A Ponte sobre o Rio Paivô - Ponte de Telhe, na estrada municipal M567, permite ver para montante o açude da Praia Fluvial de Ponte de Telhe e um quadro informa que em 07 de setembro de 1997 comemorou o centenário da sua inauguração.
No passado, antes desta moderna travessia, estes serviços eram feitos por barqueiros, que atravessavam para a outra banda, numa plataforma puxada por cordas a forças de braços, pessoas, animais e carga. No entanto, nem sempre tudo corria bem, sucedendo por vezes tragédias nos dias de tempestade e grande caudal do rio.
Avaliação da Praia Fluvial de Ponte de Telhe
- Problemática:
- Falta de infraestruturas de apoio;
- Vigilância permanente;
- Sinalização da praia e do seu acesso;
- Falta de respeito de alguns banhistas pelo local, deixando lixo e uma fralda descartável no areal;
- O acesso ao areal do outro lado do açude é feito passando sobre o mesmo, o que é perigoso devido a não ter nenhuma proteção lateral e poder originar ou uma queda de alguns metros para baixo ou para o rio, onde em alguns locais as pessoas podem não ter pé e se não souberem nadar podem correr o risco de se afogarem;
- Falta recipientes para as pessoas colocarem o lixo;
- Positiva;
- Rio Paivô sem poluição;
- Beleza natural da praia;
- Extensão, largura e profundidade da praia;
- Temperatura da água;
- Sossego e pouco barulho, onde nem se quer se ouvem os carros a passar;
Ficha técnica da Praia Fluvial de Ponte de Telhe
- Classificação: Praias e Zonas Fluviais;
- Temáticas: Família, crianças e jovens;
- Localidade: Lugar de Ponte de Telhe, freguesia de Moldes, concelho de Arouca e distrito de Viseu;
- Endereço: EM567, 4540 Ponte de Telhe;
- Coordenadas GPS: 40.910382, -8.186232;
- Curso de água: Rio Paivó, cuja nascente se localiza na Serra da Arada e a sua foz no Rio Paiva, a jusante da Aldeia da Paradinha;
- Tamanho:
- Comprimento: 80 m;
- Largura: 15/30 m;
- Profundidade: Até 4 3/4 metros;
- Exposição solar: Pela manhã e até ao começo da tarde o sol ilumina toda a praia, mas depois devido ao facto do vale ser profundo, começa a ser preenchido por sombras;
- Temperatura da água: Muito agradável, e até se podia querer por vezes um pouco mais fria;
- Zona para toalhas:
- Margem direita do rio, do outro lado do açude, numa zona de areal grosso;
- Na margem esquerda do rio, nas sombras da galeria ripícola muito extensa;
- Nas rochas ao longo da margem esquerda ou por baixo do açude;
- Vigilância: Praia sem vigilância contínua;
- Infraestruturas de apoio: Não existem, apenas o Café/Mercearia Rocha's, perto do caminho de acesso;
- Telefone de emergência: +351 927 916 886
Pontos de interesse nas proximidades
- Aldeia de Xisto de Janarde;
- Aldeia de Cortegaça;
- Aldeia de Silveiras;
- Aldeia de Minas de volfrâmio de Rio de Frades;
- Aldeia e minas de volfrâmio de Regoufe;
- Aldeia de praia fluvial da Paradinha;
- Possibilidade de caminhar ao longo das margens do rio Paiva, no Verão;
- Percurso pedestre PR13 - Na Senda do Paivó;
- Percurso pedestre PR14 - Aldeia Mágica de Drave;
- Percurso pedestre PR5-Livraria do Paiva e Icnofósseis de Mourinha em Janarte
- Percurso pedestres PR6- Caminho do Carteiro na dura volta de Rio de Frades
- Aldeias Regoufe, Drave e Covêlo de Paivó;
- Aldeia e Praia Fluvial de Meitriz
Apontamentos históricos de Ponte de Telhe
A nível histórico pareceu-nos destacar o facto das aldeias desta área, Ponte de Telhe, Regoufe, Rio de Frades, Meitriz, Janarde e toda a freguesia de Moldes, estarem ligadas e devem parte do seu desenvolvimento no séc XX, à exploração de minas de volfrâmio principalmente durante a II Guerra mundial, por companhias alemãs e inglesas
Nestas minas trabalharam homens destas terras e tendo muitos dos melhoramentos sido efetuadas por estas empresas, muitas vezes por interesses próprios, como abertura de estradas, instalação de eletricidade e telefone:
Complexo mineiro de Regoufe ter-se-á começado a estruturar em 1915
"Desde os começos do século XX que os “Manifestos de Minas” declaram numerosas áreas de interesse metalífero na freguesia de Covelo de Paivó, para as quais, em muitos casos, se viria a requerer alvará (Vilar 1998). O complexo mineiro de Regoufe ter-se-á começado a estruturar em 1915, ano em que um francês, Gustave Thomas, obtém alvará de exploração para a designada “mina de Regoufe”, ou Poça da Cadela.
Poucos anos depois, por volta de 1922, são emitidos novos alvarás para as minas mais importantes de Regoufe sob registo de cidadãos ingleses e franceses, mas só em 1941, já em plena guerra, é constituída a principal empresa de exploração, a Companhia Portuguesa de Minas, que funcionava essencialmente com capitais e administração britânicos.
Os trabalhos incidiram numa zona com quartzitos do Ordovícico, em área de granitóides, com mineralizações Sn-W, Pb-Zn-Ag, Sb-Pb (?) e Sb-Au (Martins 2005:309).
Nas minas de volfrâmio trabalharam milhares de operários
A inexistência de registos – já que os arquivos da empresa parecem ter sido perdidos ou dispersados – não permite quantificar o número de operários e outro pessoal empregue no complexo mineiro, parecendo seguro, todavia, que terá chegado a ultrapassar de largo o milhar de pessoas.
A Companhia Inglesa fez e asfaltou a estrada a partir de Ponte de Telhe
À “Companhia Inglesa”, como ficou conhecida, devem-se importantes melhoramentos para a região, designadamente a abertura e asfaltamento da estrada a partir de Ponte de Telhe (aproveitando o facto de até aí ter já sido aberta pela Companhia de Rio de Frades) e a instalação de electricidade e telefone nas minas, de onde mais tarde chegaria ao lugar (Vilar 1998").10 (Silva 2006)
Caminhar e andar de bicicleta em Aveiro, créditos e pesquisas bibliográficas
Caminhe no distrito de Aveiro e pedale de bicicleta pelo norte de Portugal
O distrito de Aveiro tem dezenas de caminhadas e percursos pedestres muito bonitos, na serra, junto do mar, ria e rios, que pode aproveitar para os conhecer. No norte de Portugal há muitas ciclovias, ecovias e ecopistas que se pode percorrer, a caminhar ou de bicicleta, muitas delas por antigas linhas ferroviárias, agora convertidas em pista para as pessoas passearem.
Créditos e Fontes pesquisadas
Texto: Ondas da Serra, com exceção do que está em itálico e devidamente referenciado.
Fotos: Ondas da Serra, com exceção das que estão referenciadas
1 - https://visitarouca.pt/atracoes/zona-fluvial-de-ponte-de-telhe/
2 - https://www.cm-arouca.pt/visitar/informacoes-uteis/como-chegar/
3 - Projeto "Viver o Rio Paiva - Concelho de Castro Daire", (Conhecer, Preservar e Usufruir), (setembro de 2020), professores responsáveis: Paula Rolo e Vítor Coelho, Agrupamento de Escolas de Castro Daire
4 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Paivô
Pesquisas bibliográficas
10 - Silva, A. M. S. P., & Ribeiro, M. C. S. (2006). Os complexos mineiros de Regoufe e Rio de Frades (Arouca, Portugal)–Memórias da contemporaneidade. Actas 3º Simpósio sobre Mineração e Metalurgia Históricas no Sudoeste Europeu, SEDPGYM, Porto, 353-369.