Pode ler esta reportagem na totalidade ou clicar no título abaixo inserido para um assunto específico:
- Aldeia da Paradinha
- Descrição da Aldeia da Paradinha
- Localização da Aldeia da Paradinha
- Mapa da Aldeia da Paradinha
- Aldeia da Paradinha junto ao Rio Paiva
- Ficha técnica da Aldeia da Paradinha
- Aldeia de Portugal da Paradinha
- Paradinha Aldeia de Xisto e Ardosia
- Associação dos Amigos da Paradinha, Cabranca, Janarde e Meitriz
- Pontos de interesse da Aldeia da Paradinha
- Casa do Cerieiro - Maior casa da Paradinha e na posse de arouquenses
- A reconstrução e recuperação das aldeias tradicionais
- Arte na Aldeia da Paradinha
- Alojamento e gastronomia da Aldeia da Paradinha
- Avaliação geral da Aldeia da Paradinha
- Galeria de fotos da Aldeia da Paradinha
Aldeia da Paradinha
Descrição da Aldeia da Paradinha
"O xisto e a ardósia dominam o casario de Paradinha, uma aldeia da freguesia de Alvarenga, em Arouca, nascida na montanha e a ela encostada. O Rio Paiva e a paisagem natural de montanha criam um enquadramento especial a esta pequena aldeia que é um recanto de outro tempo para descobrir.
Durante a viagem, comece por se embrenhar na magnífica vista enquanto envereda por uma estrada antiga pontuada de curvas e contracurvas. Para começar a visita, pode subir ao miradouro “Mira Paiva”, um ponto panorâmico sobre toda a área abrangente até ao Rio Paiva, na sua margem direita. A partir deste local, desfrute de uma panorâmica ampla, de onde pode observar a Aldeia da Paradinha, com o seu casario de xisto e ardósia, os pequenos campos de cultivo em socalcos e a Praia Fluvial da Paradinha.
Depois desça à povoação. Além das casas tradicionais, aqui encontra muitas marcas das antigas tradições e quotidiano do local, como mós, moinhos, carros de bois, arados e outros utensílios ligados à agricultura, mas também eiras, canastros, espigueiros, fornos, adegas, lareiras e lagares de azeite que faziam parte do quotidiano de outros tempos. Já a paisagem auditiva é marcada pelo correr constante das águas do Rio Paiva, música tranquila para os ouvidos de quem percorre a aldeia. O som já encantou muitas pessoas que, em agosto, têm ocorrido ao concerto “Sons da Água”, que tem lugar junto à Praia Fluvial da Paradinha. O Rio Paiva, além de conferir colorido e frescura ao local, é também palco para a prática de diversos desportos radicais. Não perca a oportunidade de caminhar pelos trilhos e apreciar as cores da natureza na diversidade de vegetação que a aldeia abraça, tornando-a um local de rara beleza.
A tradição cultiva-se em tarefas ligadas à produção de diversos produtos típicos, como azeite, mel e velas, além da tecelagem do linho e das redes. Os trabalhos anuais combinam com as atividades tradicionais da aldeia que se desdobram pela sementeira, desfolhada, vindimas, matança do porco e pesca. Uma altura festiva para visitar Paradinha é durante a festa em honra da sua padroeira, a Senhora da Saúde, que acontece em agosto, e que, por um dia, enche a aldeia e a sua pequena capela."1
Localização da Aldeia da Paradinha
A Aldeia da Paradinha fica localizada na Região Centro Interior de Portugal, pertence à freguesia de Alvarenga, concelho de Arouca, distrito de Aveiro. GPS: N: 40.935743 0 -8.173162.
"A aldeia encontra-se a 50 metros do RIO PAIVA (um dos rios menos poluídos da Europa) e a 5 km dos PASSADIÇOS DO PAIVA (a 4 de Setembro de 2016, foram eleitos como projeto turístico mais inovador da Europa, na edição de 2016 dos World Travel Awards, na categoria de Projeto de Desenvolvimento Turístico Líder na Europa, considerados os Óscars do Turismo a nível mundial).
Desfrute de uma natureza em estado puro. Refresque-se nas águas límpidas do Rio Paiva. Observe a biodiversidade do local, com espécies em vias de extinção na Europa. Deslumbre-se com cinco geossítios do Arouca Geopark, durante o percurso. Faça uma viagem ao passado, com mais de mil anos de história."3
Mapa da Aldeia da Paradinha
A Aldeia da Paradinha fica perto de uma das extremidades dos Passadiços do Paiva e Ponte 516 Arouca, na estrada que liga Arouca a Alvarenga. Depois de passar o acesso para a Praia fluvial do Areinho, irá encontrar antes da Ponte de Alvarenga, do seu lado esquerdo, a maior escadaria em madeira dos passadiços.
Depois de passar a ponte, que é ela própria um ponto de interesse, a estrada começa a subir e irá aparecer do seu lado direito uma placa informativa com o acesso à Aldeia de Portugal da Paradinha. Antes de chegar à aldeia irá encontrar dois importantes geossítios, o Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas e Geossítio G38 - Miradouro "Mira Paiva" - Paradinha.
O primeiro fica localizado alguns quilómetros à frente do lado esquerdo, tendo sido construída uma escadaria em terra batida e outra metálica com piso em madeira para aceder ao local. Esta estrutura permite aos visitantes acederem ao geossítio e pelo caminho estudarem outros pontos de interesse deste afloramento rochoso do Paleozóico.
O miradouro fica antes da descida para a aldeia do lado direito e tem uma grande visão para a aldeia e vale por onde corre o Rio Paiva.
Na estrada de acesso à Aldeia da Paradinha referida no ponto anterior, irá encontrar pela ordem abaixo referida estes quatro motivos de interesse assinalados no mapa acima exibido:
- Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas;
- Geossítio G38 - Miradouro "Mira Paiva" - Paradinha;
- Aldeia de Portugal da Paradinha - Alvarenga
- Praia fluvial da Paradinha;
Aldeia da Paradinha junto ao Rio Paiva
"Depois de serpentear pela montanha, a curva apertada deixa, à esquerda, o pequeno cruzeiro. Um pouco à frente, a pequena capela parece vigiar a aldeia, que a vista começa a encaixar, ao subir da montanha. As casas de xisto e ardósia dão ao cenário a magia que faltava, com o marulhar das águas do Paiva ao fundo.
O caminho de acesso à aldeia aparece à direita, e é como se, de repente, voltássemos atrás no tempo. A Paradinha adota-nos, como se ali vivêssemos desde sempre. Voltam a ganhar vida as eiras, os canastros, os fornos e as adegas. Voltam a ganhar vida as casas. E todos os anos, em agosto, a música associa-se ao correr do rio, no concerto «Sons da Água». A Paradinha é «Aldeia de Portugal. A Paradinha vive."2
Ficha técnica da Aldeia da Paradinha
- Classificação da Aldeia da Paradinha:
- Aldeia de xisto;
- Aldeia de montanha;
- Aldeia de Portugal;
- Localização:
- Alvarenga - Arouca - Aveiro - Portugal;
- GPS: N: 40.935743 0 -8.173162;
- A Aldeia da Paradinha fica localizada a 50 metros do Rio Paiva (um dos rios menos poluídos da Europa) e a 5 km dos Passadiços do Paiva e Ponte Suspensa 516 Arouca;
- Habitantes: Povoação de ocupação sazonal sem moradores permanentes;
- Alojamento: Alojamento local e um conjunto hoteleiro;
- Pontos de interesse da Aldeia da Paradinha:
- Capela da Paradinha - Nossa Senhora da Saúde;
- Casario em xisto e ardósia na Aldeia da Paradinha;
- Centros informativos/interpretativos:
- Natureza:
- Praias fluviais:
- Miradouros: Geossítio G38 - Miradouro "Mira Paiva" - Paradinha;
- Icnofósseis: Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas;
- Locais de piqueniques: Parque de Merendas da Paradinha;
- Animação: Concerto anual Sons de Água, em agosto";
- Aldeias de montanha e xisto perto da Aldeia da Paradinha:
Aldeia de Portugal da Paradinha
"Das mais de 80 “Aldeias de Portugal”, duas delas fazem parte do concelho de Arouca, sendo elas a Aldeia de Meitriz e a Aldeia de Paradinha. Existem ainda, duas outras nas proximidades, a Aldeia de Covas do Monte e a Aldeia da Pena que integram o concelho vizinho, São Pedro do Sul."21
Paradinha Aldeia de Xisto e Ardosia
As casas da Aldeia de Portugal da Paradinha foram construídas recorrendo a materiais locais como xisto e a ardósia. É esta consistência de materiais naturais extraídos das entranhas da terra que em conjunto com técnicas tradicionais e usos e costumes dão a beleza a estas aldeias. Ao olharmos para estas aldeias ficamos surpreendidos pela sua simplicidade e harmonia envolvente.
Quando o homem ainda vivia em Castros, como a Citânea de Briteiros, também construímos da mesma forma e talvez por isso sejamos atraídos para as suas formas, cores e sabores, que nos liga inconscientemente com o nosso passado ancestral.
"A lousa ou ardósia de que temos jazidas bem conhecidas no Ordovícico de Valongo, Arouca e Foz Coa, pode considerar-se como um tipo particular de xisto argiloso. Lousa ou loisa é, entre nós, um termo antigo, oriundo do latim lausia. Ardósias são rochas metassedimentares, de baixo grau metamórfico, formadas a partir de sequências argilosas e síltico-argilosas.
São definidas como rochas que fendem em pequenas folhas, ao longo de um plano de clivagem resultante de um fluxo de xistosidade, originado por um grau baixo ou muito abaixo de metamorfismo devido à compressão tectónica. São originárias de rochas sedimentares argilosas e pertencem petrograficamente a uma classe que principia na fronteira entre formações sedimentares e metamórficas e termina nas formações filite epizonal-metamórficas.
Os romanos chamavam-lhe lapides lausiae que significa pedra de lousa. O termo ardósia é mais tardio, tendo-nos chegado, vindo do francês ardoise. De cor geralmente negra, azulada, esverdeada ou arroxeada, de brilho acetinado, esta rocha abre-se em lâminas muito finas e planas, fissilidade que a torna particularmente usada na feitura de placas destinadas a lajeamento e à cobertura de casas em substituição das telhas. Muitos de nós escreveu (alguns ainda escrevem), na “pedra” ou ardósia, na qual se escrevia com um “lápis” da mesma rocha. Recorde-se que o termo latino lapis significa pedra."5
Associação dos Amigos da Paradinha, Cabranca, Janarde e Meitriz
Na estrada de acesso à aldeia e Praia Fluvial da Paradinha, a ASAP - Associação dos Amigos da Paradinha, Cabranca, Janarde e Meitriz, colocou placas de xisto com informações sobre as tradições do local, características geológicas ou apenas chamadas de atenção para a preservação. Esta associação nasceu em 13 de março de 2000 e está sediada no lugar da Paradinha, freguesia de Alvarenga, Concelho de Arouca. A mesma tem como objetivos a promoção desportiva, cultural, humanitária e social.
Foi esta associação que construiu este parque de merendas, luta por melhoramentos no local e mantém uma vigilância sobre o que acontece, como o assoreamento do rio junto à praia ou os materiais usados na edificação do novo empreendimento turístico.
Em relação às suas reivindicações que lemos numa exposição enviada à comunicação social em 2021, iremos tentar saber o seu estado atual, onde relataram os seguintes problemas desta aldeia e da praia fluvial: 1º – Estradão de acesso à Paradinha, 2º – Parque de estacionamento auto, 3º – Praia Fluvial, 4º – Iluminação pública, 5º – Novo empreendimento turístico, 6º – Parque de Merendas, 7º – Caminho público Paradinha/Paivó, 8º – Rampa de acesso à direita da entrada do casario, 9º – Sinalética, 10º – Programa “ FAUNA “ da “ ASAP “.6
Como o local está em obras acreditamos que algumas destas reivindicações possam já ter sido resolvidas.
Pontos de interesse da Aldeia da Paradinha
Capela da Paradinha - Nossa Senhora da Saúde - Aldeia da Paradinha
Casario em xisto e ardósia na Aldeia da Paradinha
Praia fluvial da Paradinha
A Praia Fluvial da Paradinha, nasceu junto da Aldeia de Portugal da Paradinha, perto de Alvarenga. No fundo do vale corre o invicto Rio Paiva, que por vezes serpenteia vertiginosamente e arremete desgovernado contra os penedos e seixos das margens. Este é o maior rio que banha as terras de Arouca e ajudou a nascer recônditas e misteriosas praias fluviais de águas amenas e natureza sublime. Esta praia tão bela é mais extensa do que larga e permite nadar, mergulhar e contemplar uma natureza ameaçada e que sustenta outros seres, que como nós têm direito à vida.
Geossítio G38 - Miradouro "Mira Paiva" - Paradinha
"Este geossítio inclui o ponto panorâmico de "Mira Paiva" e toda a área abrangente até à margem direita do rio Paiva. Deste local, de elevado valor paisagístico, é possível observar o vale do Paiva, a aldeia de xisto da Paradinha, classificada como Aldeia de Portugal®. O rio abraça de forma convexa a zona de recreio e lazer anexa a esta aldeia.
Com efeito a corrente é mais forte na margem côncava, erodindo-a mais do que a margem convexa, onde deposita parte da sua carga sólida. Por este motivo, observam-se na margem convexa (e, neste caso, na margem direita) uma área fluvial formada, em grande parte, por calhaus soltos, de origem diversa mas boleados pelo rio, que por si só contam a história geológica da região. É também possível observar a jusante a foz do rio Paivô, que drena uma parte significativa da área sudoeste do Arouca Geopark.
Este miradouro é, ainda, privilegiado para a observação dos desportos de aventura no rio Paiva, em particular do percurso de águas bravas que se estende de Meitriz até ao Areinho, considerado de grau de dificuldade baixo (nível I/II, numa escala de I a VI).
É, igualmente, reconhecido ao sítio de "Mira Paiva" valor do ponto de vista paleontológico tendo sido, no ano de 2010, realizado trabalho de campo que permitiu recolher inúmeros fósseis vegetais, em rochas do Carbónico, comprovando a complexidade da Bacia Carbonífera do Douro."3
Localidade: Aldeia da Paradinha - Alvarenga - Arouca - Aveiro - Portugal;
Altitude: 280 m;
Coordenadas: 40,56139 | -8,10219
Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas
A presente área Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas, incluiu uma série de afloramentos quartzíticos sub-verticalizados localizados nas proximidades de Cabanas Longas (Alvarenga). Estas superfícies rochosas, praticamente verticais, correspondem à face inferior dos estratos quartzíticos onde é possível observar uma quantidade significativa de pistas muito bem preservadas de Cruziana, resultantes da atividade de artrópodes que viveram num mar pouco profundo há cerca de 475 milhões de anos (Arenigiano, Ordovícico Inferior).
Neste sentido, a partir da plataforma de observação dos icnofósseis observa-se uma grande superfície quartzítica repleta de sulcos bilobulados, que correspondem a moldes em relevo inverso das pistas originais escavadas, muito provavelmente, pelas trilobites.
Neste geossítio em particular observam-se duas gerações de pistas, marcadas principalmente por trilhos de C. furcifera e C. rugosa, que se intersetam num ângulo com cerca de 110 graus. De realçar a presença de pistas de C. rugosa muito largas, uma com 21 e outra com 23 centímetros, e ainda uma outra com um comprimento que ultrapassa um metro, dimensões pouco usuais para este tipo de icnofósseis.
O excelente estado de preservação que apresentam estas pistas conferem ao geossítio relevância internacional."3
Localidade: Aldeia da Paradinha - Alvarenga - Arouca - Aveiro - Portugal;
Altitude: 343 m;
Coordenadas: 40,943181 | -8,173606
Casa da Tecedeira
Casa "A Palheira"
Casa do Cerieiro - Maior casa da Paradinha e na posse de arouquenses
Ao visitarmos a Aldeia da Paradinha, a Casa do Cerieiro, chamou-nos logo atenção pela sua localização e construção onde foram aproveitados grandes blocos de pedra. Na sua fachada destaca-se uma inscrição a cinzel com a data da sua construção em 1886. O nosso instinto disse-nos que ali havia uma história para descobrir e posteriormente verificámos que estávamos certos.
As nossas pesquisas levaram-nos a conhecer a sua rica história e que foi propriedade dum antigo morador, através duma notícia de José Cerca - Publicada no jornal “Discurso Directo” nº546 de o3 de setembro de 2021", que pelo seu valor em baixo reproduzimos:
Efetivamente pela sua importância histórica, arquitetónica e esta ser uma "Aldeia de Portugal", concordamos com o autor que deviam ser feitos esforços para a transformar num museu ou centro interpretativo, para os visitantes como nós conhecer e tocar na sua antiga história e num tempo onde o interior não era só visitado por forasteiros, mas onde as pessoas viviam em permanência, trabalhavam, tinham filhos e morriam cumprindo a sua missão.
"É seguramente a maior casa da Paradinha e a única que continua na posse de arouquenses nascidos e criados neste emblemático lugar, o primeiro de Arouca a fazer parte das Aldeias de Portugal em 2012. Todas as restantes casas foram compradas a restauradas por pessoas fora de Arouca, sobretudo a partir de 1995.
Estamos a falar da casa do cereeiro da Paradinha como ficou conhecido o sr. Manuel da Costa e Silva, natural de Fornos, Castelo de Paiva e que viria a casar na Paradinha, onde acabaria por desenvolver uma importante atividade no campo do fabrico das velas de cera para o culto.
Segundo as suas netas, Norvinda e Maria dos Anjos, era um homem muito alegre, comunicativo e muito culto (lia diariamente os jornais) o que lhe permitia dominar qualquer assunto com os muitos amigos que tinha por toda a parte. Era um homem aberto aos outros e possuidor de uma bondade e solidariedade marcantes.
Foi homem de uma grande fé e acreditando que a Senhora da Boa Hora estava sempre presente nas pessoas da sua vida, mandou construir a capela em sua honra. Era, pois, um homem bastante religioso, o que tornou fácil a conquista dos padres daquele tempo, para esta sua atividade, cuja área comercial se estendia não só a Lamego, a cuja Diocese a Paradinha pertencia, como também a Cinfães e Castelo de Paiva, assim como S. Pedro do Sul, S. João da Madeira e Arouca.
Casa do Cerieiro - 1886
Toda em xisto e coberta com lousas de ardósia, tal como as restantes construções deste lugar, a casa do cereeiro da Paradinha é um magnífico espaço, muito bem situado, logo à entrada do lugar e que se estende verticalmente por três níveis, tendo pedaços de rocha natural na constituição de alguns troços das suas paredes.
Na ombreira de um dos seus portais está gravada a data de 1886 acompanhada da inscrição “Mandou F. José S.M.” (mandou fazer José Soares Mendes, que era o bisavô de Norvinda e Maria dos Anjos).
Quando nela entrámos, no dia 7 de agosto, após a edição de 2021 da “Missa do Rio” e no final da pré-apresentação do livro “Memórias da Paradinha” escrito em co-autoria por Norvinda Assunção, neta do cereeiro da Paradinha, e por José Cerca, fomos surpreendentemente recebidos pelo esvoaçar chilreante de dezenas de morcegos que fizeram desta casa a sua habitação, encarregando-se do afastamento de qualquer fauna menos desejável que lá tentasse entrar.
À frente desta enorme casa e em nível inferior, junto ao ribeiro, fica a primeira casa do cereeiro da Paradinha, “a casa do ribeiro” como era designada. Foi a habitação primitiva do seu sogro recentemente restaurada pela sua neta mais nova, e tendo adjacente a ela um pequeno terreno com frondosas árvores que, além de sombra lhe dão também beleza.
Casa do Cerieiro: Um museu em potência
Ao percorrermos as diversas divisões, distribuídas pelos 3 níveis verticais, ficámos verdadeiramente surpreendidos com a quantidade de alfaias que ocupam grande parte delas, quer penduradas nas paredes interiores, umas, quer espalhadas pelo chão, outras. São alfaias, muitas delas já raras de se encontrarem e que se referem, não só à atividade agrícola, como ao tratamento do linho e, obviamente, também ao fabrico de velas de cera que chegou a ser uma das primeiras indústrias criadas no concelho de Arouca, por Manuel da Costa e Silva, o cereeiro da Paradinha.
A acrescentar a estas alfaias refira-se ainda a existência de um lagar com o respetivo tanque, a sua monumental prensa e outros diversos objetos relacionados com o tratamento da vinha e o fabrico do vinho. Além deste antigo lagar há ainda, numa outra divisão, uma cozinha com forno a lenha, a sua enorme chaminé, bem como todos os numerosos utensílios, dentro dos quais não faltam obviamente, as panelas de ferro.
Curiosa nessa cozinha é a existência de uma gruta escavada na rocha natural e que faz parte de uma das paredes da mesma. Segundo Norvinda Assunção, esse buraco, qual frigorífico natural, servia para manter frescas as garrafas do vinho.
Casa do Cerieiro: Um restauro que se impõe
Sem pretendermos interferir nas decisões dos proprietários desta histórica casa da Paradinha, parece-nos que será urgente iniciar-se todo um complexo e dispendioso processo de restauro, a começar pela sua cobertura, pois o efeito das infiltrações é já bem notório, sobretudo no nível superior, destinado, originariamente, à sala e aos quartos.
É óbvio que um processo de restauro obrigará a um cuidadoso trabalho prévio de tratamento, inventariação e arrumação das numerosas alfaias que aí se encontram amontoadas, bem como do restante recheio.
Isso implica que se pense seriamente, e em local adequado, na procura de um espaço museológico que permita preservar para a posteridade todo este importante espólio, antes que ele acabe por desaparecer definitivamente. Esta é uma responsabilidade conjunta, não só dos detentores de todo este espólio, como também das entidades que têm a obrigação de preservar o nosso património, não apenas com intuitos turísticos, mas também por motivos históricos e didáticos em função das novas gerações que não podem ignorar o seu passado.
Casa do Cerieiro: Um espaço museológico
No livro “Memórias da Paradinha” recentemente publicado, Norvinda Assunção confessa: “Gostaria de reunir todas as peças dessa fábrica de cera e fazer um pequeno museu para mostrar uma interessante atividade criada pelo meu avô que ficou mais conhecido como cereeiro da Paradinha e que é considerado como um dos grandes homens de Alvarenga, embora andasse quase sempre de alpercatas em casa, o que revela a sua grande simplicidade e humildade.” Aliás esta é também a vontade de toda a família.
Quer venha a ter a configuração de museu, quer de centro interpretativo, a verdade é que se impõe a criação deste espaço em lugar adequado.
E tal como ninguém criaria um centro interpretativo das minas de Regoufe, ou de Rio de Frades, na Vila de Arouca também não nos parece lógico fazer o mesmo com este importante e raro espólio da Paradinha. Fazê-lo seria privar este emblemático lugar de um património autóctone que lhe pertence e que só cumpriria a sua verdadeira função histórica, pedagógica e turística dentro da própria localidade em que ele se insere.
Como amante da Paradinha e como apaixonado por todo o nosso rico e vasto património aqui deixo este desafio. Concretizá-lo seria, certamente, a melhor homenagem que se poderia prestar ao “Cereeiro da Paradinha”4
A reconstrução e recuperação das aldeias tradicionais
A recuperação das Aldeias de Montanha de forma incorreta
"As aldeias de montanha têm sido marcadas, no último meio século, por um processo de transformação profunda que se inscreve num quadro de forte recessão demográfica e de falência das economias rurais tradicionais. A esta transformação tem correspondido uma significativa diversidade de situações que poderá ser percetível no interior de um mesmo núcleo ou resultar evidente da comparação de aldeias mais ou menos próximas com características bastante diferenciadas.
Pretende-se retomar aqui a discussão em torno "às arquiteturas que celebram ou esconjuram a história e a tradição", procurando reconhecer as diferentes circunstâncias que marcam a transformação dos aglomerados tradicionais, considerando o abandono de muitos conjuntos edificados, a reconstrução de outros, os modelos e tipologias características da emigração, a valorização do património e o propósito da sua conservação ou a reinvenção de uma tradição, por vezes, com recurso a elementos insólitos na arquitetura vernacular.
Os aglomerados que consideraremos a este propósito localizam-se numa área que se estende dos planaltos da Freita às vertentes meridionais de Montemuro, passando pelas serranias da Arada e de São Macário, correspondendo aos territórios de montanha do norte da Beira que, no interflúvio entre Vouga e Douro, marcam a transição do espaço atlântico para o espaço transmontano.
O património construído em espaço rural tem sido objeto de um conjunto muito significativo de transformações no contexto das profundas mudanças que marcam o território português a partir do início da segunda metade do século passado. Nas regiões urbanas do litoral, constitui um testemunho de anteriores usos e atividades, persistindo no quadro da grande diversidade de formas e estruturas que caracterizam os fenómenos da urbanização extensiva.
Nas áreas do interior, converte-se numa das expressões mais significativas de registo da transformação da cultura do habitar e do construir, num contexto marcado pela recessão demográfica e pela emigração. O propósito da presente comunicação é o de registar os diferentes modos de transformação das aldeias serranas do norte da Beira, sendo identificados quatro temas diversos que serão aqui reportados a quatro núcleos distintos: Drave, Parada de Ester, Albergaria da Serra e Paradinha."20
Paradinha e a edificação sem respeitar a arquitetura tradicional
"A par dos processos de emigração e desertificação já muitas vezes caracterizados nestas, como noutras áreas de montanha do interior do país, têm adquirido gradualmente maior importância os fenómenos relacionados com o turismo cultural e com a presença da segunda habitação nestas geografias.
É nas vertentes de xisto a poente de São Macário, entre as margens do rio Paivó e da ribeira de Deilão (afluentes do Paiva), que se encontram grande parte dos conjuntos melhor preservados da arquitetura tradicional do maciço da Gralheira.
Ainda que os aglomerados localizados no interior desta área não tenham integrado nenhum dos Programas de Revitalização das povoações das áreas de baixa densidade (ao abrigo do terceiro quadro comunitário de apoio), em muitos casos acabarão por se inscrever no imaginário das aldeias tradicionais, o que tanto poderá ocorrer com algumas povoações maiores (Covelo de Paivó, Regoufe, Covas do Monte e Covas do Rio), como com lugares de menor dimensão e onde é mais marcado o processo de despovoamento (como Drave, Fujaco, Pena, Meitriz, Janarde ou Paradinha).
Alguns destes aglomerados acabarão por constituir os espaços privilegiados para a construção da habitação de recreio que se inscreve na redescoberta dos territórios rurais e num imaginário pastoral de construção desta arquitetura, retomando, em termos discursivos, a importância da habitação tradicional e assumindo o desígnio da sua representação, não apenas a partir da intervenção em estruturas preexistentes, mas também da construção de novas edificações.
Em qualquer caso, este desígnio não resulta necessariamente num conhecimento efetivo da arquitetura vernacular e tenderá a coligir um conjunto de temas que tanto podem ser característicos desta região como se inscreverem numa cartilha sem território de (re)invenção das morfologias tradicionais que, nalguns casos, poderá mesmo invocar alguns tópicos da arquitetura "à antiga portuguesa".
Muito frequentemente, a intervenção sobre as edificações preexistentes será objeto de um processo de renovação ou reconstrução com recurso a estruturas de betão armado e a técnicas de revestimento que procuram recriar a materialidade da arquitetura local com maior ou menor atenção aos sistemas construtivos tradicionais.
Simultaneamente, é comum a introdução de alguns outros temas incaracterísticos da arquitetura tradicional destes territórios, como o alpendre, as guardas de madeira e os corpos balançados ou as portadas exteriores de madeira. Independentemente dos equívocos que poderão aparecer associados a esta arquitetura, o seu propósito é a aproximação à expressão da arquitetura tradicional, como é especialmente evidente no lugar da Paradinha junto ao rio Paiva.
Por contraposição com as casas do emigrante, em que se pretendia renunciar à imagem da arquitetura tradicional sem se conseguir libertar completamente dos modos de habitar que lhe eram inerentes, estas novas edificações aspiram frequentemente a representar as antigas casas das áreas de montanha sem experimentar, em contraponto, qualquer afinidade relevante com a sua cultura do habitar.
Este quadro genérico que temos considerado deverá, em qualquer caso, ser relativizado, na medida em que não corresponde, ainda, a uma mudança integral da imagem destes lugares, comportando, na maior parte dos casos, um número reduzido de edificações dispersas entre outras melhor ou pior conservadas.
Se o processo de recessão demográfica levou ao abandono e à ruína de alguns dos pequenos lugares serranos, outros, como o núcleo da Paradinha, acabariam, assim, por se converter em povoações de ocupação sazonal sem moradores permanentes. Este é também o caso do lugar da Drave que, perdendo os últimos residentes no início da década de 1990, tem assistido, por um conjunto de circunstâncias diversas, a um interessante processo de conservação de algumas edificações tradicionais e de uma parte significativa do património construído local."20
Arte na paisagem na Aldeia da Paradinha
Nas ruelas e caminhos da Aldeia da Paradinha, integrados na paisagem natural ou arquitetónica podemos encontrar arte embutida na paisagem que nos remete para o imaginário dum tempo povoado por criaturas interdimensionais ocultas das vistas humanas e que vivam segundo as suas crenças e ora se faziam aparecer para ajudar o povo ou lhes criavam dificuldades. Com a nossa mente tudo podemos viver:
- "As Ninfas do Paiva", do artista José Emídio - Pinturas em xisto;
- "SEM TÍTULO", do artista Vítor Ribeiro - Esculturas;
- "DIÁLOGO ENTRE O RIO E O XISTO", do artista João Carqueijeiro - Esculturas;
"As Ninfas do Paiva", do artista José Emídio
Perto da Praia fluvial da Paradinha existe uma pequena escadaria que permite aceder à Aldeia da Paradinha, que ganhou o título de Aldeia de Portugal. As suas casas em xisto, cobertas de lousa, são muito bonitas e muitas delas foram convertidas para alojamento local.
Espalhados pelas suas ruas pode ser apreciado a Arte na Paisagem na Aldeia da Paradinha, como "As Ninfas do Paiva", do artista José Emídio, do ano de 2017.
"SEM TÍTULO", do artista Vítor Ribeiro;
O artista Vítor Ribeiro, criou na Aldeia da Paradinha várias esculturas "SEM TÍTULO", no ano de 2017, como se pode ver pela obra colocada em cima do muro na casa acima exibida.
"DIÁLOGO ENTRE O RIO E O XISTO", do artista João Carqueijeiro
O artista João Carqueijeiro, criou também na Aldeia da Paradinha várias esculturas denominadas "DIÁLOGO ENTRE O RIO E O XISTO", no ano de 2017.
Alojamento e gastronomia da Aldeia Paradinha
Onde dormir na Aldeia da Paradinha
Syntony Hotels - Paradinha Village
Esta unidade hoteleira constituída por pequenos alojamento com piscina podia e deveria ter sido construída com menor volumetria e materiais com o xisto para as paredes exteriores e ardósia para as coberturas, de forma a melhor se enquadrar a nível arquitetónico com a Aldeia da Paradinha. O espaço tem ligação direta para a praia fluvial. Entendemos que o interior precisa de investimento, mas o mesmo não pode ser feito a qualquer preço.
Endereço: Aldeia da Paradinha, 4540-063 Arouca
Telefone: 937 988 661
Cottage da Paradinha - Alojamento Local7
Endereço: Aldeia da Paradinha, 4540-063 Arouca
Telefone: 918 662 883
Casa da Azenha - Alojamento Local
Endereço: Aldeia da Paradinha, 4540-063 Arouca
Casa da Árvore - Alojamento Local
Endereço: Aldeia da Paradinha, 4540-063 Arouca
Telefone: 914 264 431
O Pardieiro - Alojamento Local
Endereço: Aldeia da Paradinha, 4540-063 Arouca
O que comer nesta região de Alvarenga
O Famoso bife de Alvarenga
"Alvarenga é conhecida também pelo seu bife de vitela arouquesa, grelhado ou frito, e regado com um molho soberbo. A composição do molho é segredo, dizem sempre os bons cozinheiros. O bife desfaz-se na boca e é acompanhado por batata frita torneada, um clássico em Alvarenga, arroz e salada. Há quem se desloque até esta aldeia só para se deliciar com o suculento bife, pedido ao peso, e servido em vários restaurantes da localidade:"8
Restaurantes em Alvarenga8
Casa dos Bifes Caetano
Localização: Albisqueiros, Alvarenga - 4540 Arouca
Telefone: 256 955 150
Email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Horário: De Terça a Domingo: 12:00 – 22:00
Site: www.casacaetano.com
Restaurante O Décio
Localização:Trancoso, Alvarenga - 4540-048 Arouca
Telefone: 256 951 666
Horário: De Segunda a Domingo: 11:00 – 22:00
Redes Sociais: Facebook O Décio
Abrigo do Paiva
Localização: Miudal, Alvarenga - 4540-037 Arouca
Telefone: 256 951 682
Horário: De Segunda a Domingo: 11:00 – 22:00
Redes Sociais: Facebook Abrigo do Paiva
Restaurante Zé Mota
Localização: Ribeira, Alvarenga - 4540-045 Arouca
Telefone: 256 955 250
Horário: De Quarta a Segunda: 11:00 – 22:00
Redes Sociais: Facebook Zé Mota
Casa dos Bifes Silva
Localização: Lugar do Paço, Alvarenga - 4540-046 Arouca
Telefone: 256 955 443
Email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Horário: De Segunda a Domingo: 11:00 – 22:00
Site: www.casadosbifes.com
Avaliação geral da Aldeia da Paradinha
Avaliação positiva da Aldeia da Paradinha
- A Aldeia da Paradinha tem a classificação de "Aldeia de Portugal";
- Património arquitetónico. O pequeno aglomerado de casario em xisto e lousa está relativamente bem conservado;
- Património natural. A Aldeia da Paradinha fica localizada no fundo de um vale por onde serpenteia o Rio Paiva, onde a fauna e flora ainda estão bem preservadas, principalmente junto das margens da sua galeria ripícola;
- Ao dirigir-se para esta aldeia pode visitar o importante Geossítio G37 - Icnofósseis de Cabanas Longas. Antes de descer para o vale pode surpreender-se com a soberba vista através do Geossítio G38 - Miradouro "Mira Paiva" - Paradinha. No verão depois de visitar a aldeia e a sua arte na paisagem pode nadar, dar um mergulho ou fazer um piquenique no seu parque de merendas junto da Praia fluvial da Paradinha;
- Foram realizadas obras nos seus arruamentos, com a colocação de bancos e mesas de madeira em determinados locais sombrios. Junto à Praia fluvial da Paradinha foi construído um parque de estacionamento;
- Boa oferta de alojamento local;
- Alguns artistas colocaram as suas belas e inspiradoras criações artísticas embutidas na paisagem rural;
Avaliação problemática da Aldeia da Paradinha
- A recuperação de algumas casas tradicionais foi feita sem respeitar a traça tradicional e introdução de elementos e materiais exóticos;
- A construção de um empreendimento turístico no local foi feita com uma volumetria exagerada e arquitetura sem respeitar a traça da Aldeia da Paradinha, que se caracteriza pelas suas casas em xisto e lousa;
- Junto à Praia fluvial da Paradinha existem quartos de banho e balneários que estão a ser recuperados, mas as obras parecem muito atrasadas e não foram concluídas a tempo da época balnear de 2023. Esta infraestrutura de apoio é muito necessária principalmente durante as épocas balneares;
- Não existe nenhum estabelecimento de restauração e bebidas, por isso nem um café se consegue tomar. Por esta razão quando visitar o local vá prevenido com comida e bebida;
- Pelo que estudamos a "Casa do Cerieiro", construída em 1886, por um homem que marcou esta terra, Manuel da Costa e Silva, natural de Fornos - Castelo de Paiva, que já visitamos, possui um grande valor histórico e arquitetónico e por isso deveria ser preservada para não se danificar e poder ser restaurada para a construção de um museu ou centro de interpretação;
Galeria de fotos da Aldeia da Paradinha
- Aldeia da Paradinha Aldeia da Paradinha
- Aldeia da Paradinha Aldeia da Paradinha
- Aldeia da Paradinha Aldeia da Paradinha
- Aldeia da Paradinha Aldeia da Paradinha
- Parque de merendas da Paradinha Parque de merendas da Paradinha
- Praia Fluvial da Paradinha Praia Fluvial da Paradinha
https://mail.ondasdaserra.pt/index.php/arouca-concelho/arouca-fazer/item/1694-aldeia-paradinha#sigProId897777a647
Créditos e Fontes pesquisadas
Texto: Ondas da Serra com exceção do que está em itálico e devidamente referenciado.
Fotos: Ondas da Serra
1 - aldeiasdeportugal.pt/aldeia/paradinha/
2 - aroucageopark.pt/pt/explorar/o-que-visitar/aldeias-tradicionais/paradinha/
3 - aroucageopark.pt/
4 - mirante.aroucaonline.com/2021/08/13/a-casa-do-cereeiro-da-paradinha/
5 - cienciaviva.pt
6 - discurso-directo.com/2021/08/10/associacao-amigos-da-paradinha-envia-estudo-ao-municipio-de-arouca-sobre-melhoramentos-a-realizar-na-aldeia/
7 - Foto: Cottage da Paradinha - Alojamento Local
8 - casaemalvarenga.com/bife-de-alvarenga/
Pesquisas bibliográficas
20 - Costa, M. R. (2012). Sobre a tradição e a transformação em arquitetura: as aldeias da Beira entre a Freita e Montemuro. Palcos da Arquitectura-II Seminário Internacional de Arquitectura, Urbanismo e Design da Academia de Escolas de Arquitectura e Urbanismo de Língua Portuguesa, 1, 349-358.
21 - Soares, M. F. D. (2019). Memória de uma aldeia em ruína (Doctoral dissertation, Universidade de Lisboa, Faculdade de Arquitetura).